Quando Jace abriu a porta para mim, meu bolso começou a vibrar.
Mamãe.
"-Alô?
- Filha, está tudo bem por aí?
- Sim, mãe. A banda tocou muito hoje.
- Que bom, querida. Olha, estou mandando o Thomas te buscar. Já está ficando tarde e amanhã você tem aula, mais tarde iremos pro culto. - Sorri no telefone, eu já estava com tanta saudade de ir à igreja.
- Tudo bem, mãe. Pede pra ele me ligar assim que chegar aqui.
- Okay, beijo."
Jace me olhava rindo.
- O que foi agora? - Eu o olhava com os braços cruzados.
- Português é muito diferente. Sua voz muda quando fala em português.
- Meu avô falava isso. - disse sorrindo e Jace me encara novamente.
Acho que ele gosta de olhar nos olhos quando fala, é intenso. Preciso me acostumar com isso.
- Seu avô foi um homem muito bom pra você, não é? - suspirei e sorri fraco.
- Ele foi e continua sendo. Você ia gostar de conhecê-lo, ele tinha sempre um conselho na ponta da língua. - Jace sorriu. Já disse pra vocês que o sorriso dele é a coisa mais legal de se admirar?
- Eu ia amar conhecê-lo, sem dúvidas.
Meu celular vibrou novamente.
Esse cara dirige ou voa?
"- Thomas...
- Senhorita Bell, já estou na rua que sua mãe falou. Qual é a casa?
- A mais luxuosa e grande da rua.
- Certo. Eu espero a senhorita na porta.
- Tudo bem, só preciso avisar a Natalie que estamos indo. Só aguarde um instante.
- Okay, no aguardo."
- Meu motorista chegou. - guardo meu celular no bolso traseiro da calça- Tenho que encontrar a Natalie... Não sei se quero, na verdade.
- Até porque esse drama do West teve que ter um fim. - Arregalei os olhos e ele riu. - Esqueceu que ele é meu melhor amigo? Eu já sabia de tudo o que ia acontecer essa noite.
- Até a minha presença no recinto? - disse me dirigindo para a porta e a empurrando.
- Não, disso eu não sabia.
Seguimos para a cozinha que estava uma bagunça: copos espalhados por todos os cantos, cheiro de vodka forte por todo lugar e o balcão de nachos sem nachos. Estava enojada de ir a lugares assim. Lembrete pessoal: afastar de festas que rolam bebidas.
A sala estava abarrotada de gente dançando e gritando ao som de alguma música eletrônica, as do tipo "não entendo nem a metade do que o cantor está dizendo, mas a batida é boa". Um grupo de rapazes dançavam alternados com seus copos coloridos erguidos para o alto.
Morris me cutucou e apontou em direção as escadas, onde o casal se encontrava. Dylan ria de algo que Nat falava enquanto brincava com um dos seus cachos. Sorri de lado acompanhada por Jace, que me olhou de canto de olho rindo.
- Ahm... É... Olá. - Nat sentou ereta no degrau e as bochechas de West coraram na hora. - Nat, eu tenho que ir pra casa, amanhã começa minhas aulas.
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Odisseia (EM PAUSA)
Misterio / Suspenso" Não espere uma princesa, uma garota rica e maravilhosa ou a filha do presidente dos Estados Unidos. Se estiver esperando uma história com esse tipo de garota, existem outras por aí, sou somente uma garota normal que descobriu uma parte de sua vida...