16. Present Tense, parte 1

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Olá, galera. Tudo na paz?

Um capítulo curtinho pra vocês (infelizmente), mas uma notícia boa. Como estamos no mês das olimpíadas (e das minhas férias) irei postar mais dois capítulos nesse mês. Fiquem ligados.

Enfim, boa leitura e fiquem com Deus <3


Rosie narra

A neve caia de mansinho através da janela do meu quarto. Uma mórbida terça-feira. Olhei para o teto ainda ouvindo o toque do despertador. Preciso me lembrar de trocar essa porcaria de toque, me deixa mais depressiva do que já sou. Precisava também me arrumar logo para a reunião com a equipe. Adam ainda me fez o favor de colocar um assistente ridículo na minha cola. Qual o problema de querer fazer meu trabalho sozinha?

- Mais um dia, Bowie. Mais um dia. - o peludo agora subia em minha cama e miava para mim.

A parte boa dessa investigação é que a polícia alugou uma casa legal pra mim e trouxe meu gato pra cá. Um caso como esse precisa de total atenção, o que dificultaria minha volta pra casa em Londres. Não dá pra reclamar, os vizinhos de Histon são calados.

Bip bip...

Mensagem no celular.

É, agora meu dia começou.



-Bom dia senhora Banks, a reunião com os investigadores vai começar em dez minutos. A senhora quer um café? - Eu estava querendo explodir a cabeça desse garoto. Era muito branco, cabeça raspada, tinha um físico razoável e uma voz alta demais.

- Qual o seu nome mesmo?

- Phillip, senhora. - Ele falou com um sorriso gigante no rosto

- Certo, Phill. Posso te chamar de Phill?

- Claro, senhora. - parei no corredor e me virei para ele sorrindo, minha mão parou em seu ombro.

- Não me chame de senhora, me chame de Banks. Não faça muitas perguntas pela manhã se tiver amor pela sua vida. E não me atrapalhe em nada que eu estiver fazendo, entendeu ou quer que eu seja mais clara?

O rapaz engoliu em seco e assentiu.

- Ótimo... Agora preciso ir na minha sala arrumar os arquivos. - segui reto e ouvi o panaca me gritar novamente.

- Senh... Banks, eu já arrumei tudo. Está aqui comigo. - Girei o calcanhar e o encarei novamente. Se aquele garoto bagunçou algo no meu relatório... Não me responsabilizo pelo meus atos. - Eu mostro pra senhora.

Entramos na minha sala e sentei em minha cadeira nova. Phill colocou a pasta em minha mesa e parou em pé.

- Senta aí. - falei impaciente.

- Me desculpa Banks, eu estou muito nervoso por trabalhar com você. Eu sou fã do seu trabalho e de sua postura. Sempre sonhei em trabalhar em um caso importante com você. - Tudo bem, talvez eu não queira matá-lo.

- Tudo bem, Phill. Só não pisa na bola... - suspirei - Okay, o que você fez com o meu relatório?

Phillip ajeitou-se na cadeira e abriu a pasta na minha direção.

- Bom, a ordem das provas no relatório começava dos mais importantes para as provas menos importantes. Achei que esse modelo poderia prejudicar o raciocínio das informações... O que fiz foi colocá-las em uma ordem cronológica. Pesquisei bastante e vi que esse modelo ajuda bastante, caso a senhora ainda não viu outro detalhe. Todas as cópias estão aí: a autópsia do Sr. Bell, o depoimento da família, testamento, resultados da balística e das análises do corpo.

Odisseia (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora