12 - Pesadelos

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Anthony se revirou e se espreguiçou na cama. Abriu os olhos e deu um salto quando me viu sentada de frente pra cama dele.

-Hã... oi mãe.

-Oi.

-Eu estou bem, não precisava me vigiar.

-Aparentemente, preciso – joguei a máscara de Ultron em cima dele. Anthony a olha com receio.

-Um dos legionários invadiu meu quarto. Quando entendi, já estava paralisado.

-E o que tem a dizer sobre isso?

Ele parece assustado, mas prossegue falando.

-Era um projeto incrível, mãe! Não tinha como não fazer parte.

-Tem alguma ideia do que estavam fazendo? Do risco daquilo?

-Agora eu tenho.

-Ah, agora tem? Estavam mexendo com coisas que não entendem e colocaram todos em risco. Não só nós, mas o resto do mundo agora. Esperava que fosse mais esperto que isso, Anthony. Quando você vê alguém fazendo burrice, seu dever é parar, não ajudar.

-Ele é meu avô.

-E também o meu pai! E isso não me impede de estar puta da vida com ele. E você ser meu filho não me impede de estar profundamente decepcionada com você.

A expressão dele mostrava um claro choque, tanto que não foi capaz de dizer mais nada pelos segundos seguintes.

-Eu poderia colocar você de castigo, impedi-lo de sair de casa, mas de que isso adiantaria? Enfrentamos um inimigo que ninguém sabe como combater, e a bem da verdade é que podemos acabar todos mortos.

Levantei da cadeira, peguei a mochila de Anthony em cima de uma cômoda e joguei em cima dele.

-Sua aula começa em vinte minutos, é bom correr.

Saí do quarto a esmo, sem saber direito o que pensar ou como agir. Tudo havia sido tão chocante pra mim que eu me sentia deslocada e aérea, passeando sem rumo pelos corredores e salas. Pelo menos até Thor me parar.

-Ficar assim não vai adiantar – cruza os braços.

-Ficar exibindo meus músculos vai? – aponto para os braços dele de forma irônica e ele os descruza.

-Temos trabalho. Venha.

Me leva até uma sala, os outros vingadores estão lá. Steve é o primeiro a se pronunciar quando chegamos.

-Ultron matou Strucker.

-Realmente estou muito triste – comento sem ânimo.

-O que tínhamos sobre Strucker foi apagado – informa Natasha.

-Nem tudo... – responde Tony.

E foi assim que viramos traças, revirando pilhas e pilhas de arquivos velhos e empoeirados. O passado de Strucker era realmente muito sujo. De todas as pessoas com quem ele mantinha qualquer tipo de relação, não houve uma que não me deu vontade de matar. Um deles Tony reconheceu.

-Trabalha na costa africana, mercado negro de armas – Steve o olha torto e ele trata de se explicar – Existem congressos, tá? Lá se conhecem pessoas. Não vendi nada pra ele. Ele queria encontrar uma coisa nova, que virasse o jogo. Tava numa vibe muito louca.

-E isso? – pergunta Thor apontando pro pescoço dele.

-Uma tatuagem.

-Não, não. Isso é uma marca.

Pequena Stark IIOnde histórias criam vida. Descubra agora