16 - Um Grande Inseto

1.5K 152 67
                                    

-Vamos lá – chamei.

-Tem certeza que quer fazer isso, Raposinha? – Sam pergunta.

-Eu não tenho medo de você, mas estou começando a achar que você está com medo de mim.

-Corta essa...

-Eu disse que teríamos nossa forra.

-Disse. Só não esperava que fosse demorar tanto. Trabalhamos juntos há, o que? Dois meses?

-Vamos às regras – cortei – Sem armas, sem trajes voadores.

-Sem esquentar – ele comenta – Não sou estúpido. Se tirar meus brinquedos, tiro os seus também.

-Sem esquentar – concordo.

A sala era ampla o suficiente para a prática de qualquer tipo de arte marcial, e Sam e eu estávamos bem no centro, nos preparando para uma briga que eu prometera que seria muito feia. Era muito estranho o quanto aquilo nos divertia.

-Anda, me ataca – ele chama, e eu não nego.

Ataquei forte e rápido, sem dar tempo ou espaço para ele revidar ou se defender direito.

-Você é uma máquina – reclama entre um golpe e outro.

-Fale menos e bata mais. Isso é uma forma de treinamento, não esqueça.

-Eu não esqueci – e contra-ataca com determinação, me batendo e empurrando pro chão.

Ele tenta me aplicar algum golpe de imobilização, mas eu mantenho meu pé no peito dele, mantendo-o afastado o suficiente.

Então, uma luz vermelha brilha no painel da parede.

-Sexta-feira? – pergunto.

-O radar indica algo se aproximando pelo espaço aéreo.

Nos levantamos do chão e pegamos nossas coisas sobre o banco.

-Você vai pro telhado – digo – eu vou pelo gramado.

Falcão chega do lado de fora bem antes de mim.

-Não estou vendo nada – ele diz no comunicador.

-Sexta-feira não se engana, continue procurando.

Alguns momentos se passam, eu estou quase do lado de fora.

-O invasor é um homem adulto, com um tipo de roupa que encolhe e estica.

-Você só pode estar brincando.

-Estou falando bem sério!

Quando alcanço o gramado, Sam Parece estar lutando sozinho. Quase faço uma piada, mas vejo um homem realmente esticar do nada até se tornar do tamanho normal. Ele e Sam brigam no chão e no ar, o homem aparecendo e sumindo.

-Não posso fazer nada com vocês voando assim. Tenho muito mais chance de te acertar.

-Achei que fosse boa de mira!

-Sou uma Raposa, não um Gavião.

O homem some mais uma vez e Sam anda até a entrada do galpão, ao lado do prédio principal. Eu vou na mesma direção, mas antes de chegar lá, Falcão sai voando descontrolado.

-Ele entrou na minha roupa!

Corro até ele, sem poder ajudar de jeito nenhum até ele cair no chão. Ele levanta e retira os óculos.

-É muito importante que o Capitão nunca saiba nada a respeito disso – ameaça.

-Mas eu sei, o que é muito pior. Seu traje está danificado.

Pequena Stark IIOnde histórias criam vida. Descubra agora