-Vamos lá – chamei.
-Tem certeza que quer fazer isso, Raposinha? – Sam pergunta.
-Eu não tenho medo de você, mas estou começando a achar que você está com medo de mim.
-Corta essa...
-Eu disse que teríamos nossa forra.
-Disse. Só não esperava que fosse demorar tanto. Trabalhamos juntos há, o que? Dois meses?
-Vamos às regras – cortei – Sem armas, sem trajes voadores.
-Sem esquentar – ele comenta – Não sou estúpido. Se tirar meus brinquedos, tiro os seus também.
-Sem esquentar – concordo.
A sala era ampla o suficiente para a prática de qualquer tipo de arte marcial, e Sam e eu estávamos bem no centro, nos preparando para uma briga que eu prometera que seria muito feia. Era muito estranho o quanto aquilo nos divertia.
-Anda, me ataca – ele chama, e eu não nego.
Ataquei forte e rápido, sem dar tempo ou espaço para ele revidar ou se defender direito.
-Você é uma máquina – reclama entre um golpe e outro.
-Fale menos e bata mais. Isso é uma forma de treinamento, não esqueça.
-Eu não esqueci – e contra-ataca com determinação, me batendo e empurrando pro chão.
Ele tenta me aplicar algum golpe de imobilização, mas eu mantenho meu pé no peito dele, mantendo-o afastado o suficiente.
Então, uma luz vermelha brilha no painel da parede.
-Sexta-feira? – pergunto.
-O radar indica algo se aproximando pelo espaço aéreo.
Nos levantamos do chão e pegamos nossas coisas sobre o banco.
-Você vai pro telhado – digo – eu vou pelo gramado.
Falcão chega do lado de fora bem antes de mim.
-Não estou vendo nada – ele diz no comunicador.
-Sexta-feira não se engana, continue procurando.
Alguns momentos se passam, eu estou quase do lado de fora.
-O invasor é um homem adulto, com um tipo de roupa que encolhe e estica.
-Você só pode estar brincando.
-Estou falando bem sério!
Quando alcanço o gramado, Sam Parece estar lutando sozinho. Quase faço uma piada, mas vejo um homem realmente esticar do nada até se tornar do tamanho normal. Ele e Sam brigam no chão e no ar, o homem aparecendo e sumindo.
-Não posso fazer nada com vocês voando assim. Tenho muito mais chance de te acertar.
-Achei que fosse boa de mira!
-Sou uma Raposa, não um Gavião.
O homem some mais uma vez e Sam anda até a entrada do galpão, ao lado do prédio principal. Eu vou na mesma direção, mas antes de chegar lá, Falcão sai voando descontrolado.
-Ele entrou na minha roupa!
Corro até ele, sem poder ajudar de jeito nenhum até ele cair no chão. Ele levanta e retira os óculos.
-É muito importante que o Capitão nunca saiba nada a respeito disso – ameaça.
-Mas eu sei, o que é muito pior. Seu traje está danificado.
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Pequena Stark II
FanficUm ano e meio na Hidra banhando sua vida em suor e sangue. Nicolle Murray não criava expectativas sobre coisa alguma e nem precisava delas, sabia que não tinha escolhas. Era uma soldada exemplar, até que seu melhor (e único) amigo é forçado a esquec...