25 - O jogo começou

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-Quem era ele? - Steve pergunta à esmo, quebrando o silêncio da sala cheia de gente.

-O nome dele era Glen - a resposta vem de Jason - Estava conosco há alguns meses.

A filmagem exibida na tela ainda estava congelada. Mostrava uma Katherine mascarada pregando Glen na porta com um punhal militar. No peito, um segundo punhal prendia um pedaço de papel; este que agora estava sobre a mesa, sujo de sangue e ao alcance de todos, embora ninguém ousasse encará-lo por mais que alguns segundos. Nele se lia "O jogo começou".

Wanda tinha aparecido e mexia nervosamente os anéis nos dedos, sentada à mesa. Não queria nenhum tipo de envolvimento com a Hidra de novo, e sabia que não era a única. Encarou Barnes por alguns segundos, procurando descobrir se aguentaria o que ele e Katherine aguentaram.

-Por que ela está usando máscara? - perguntou a ele, com seu sotaque alemão.

-Acho que estão querendo marcá-la como um soldado invernal. Eu usava aquela máscara.

Não precisaram de outra informação para constatar que Nicolle tinha sido trazida de volta. Cada um estava receoso de um jeito diferente, e ninguém sabia o que aquilo significava.

-Dane-se a máscara - Anthony corta - Quero saber por que tinha um homem pregado na porta do meu quarto.

-Você disse que sabia o que eles queriam - Steve fala com Jason e todos se viram para ele.

-Achei que a essa altura já fosse óbvio. Vieram atrás dele - indica Anthony com a cabeça.

-De mim?

-O extremis foi aperfeiçoado ao longo do tempo, mas a fase que você e sua mãe estavam nunca teve resultados positivos. Vocês dois foram os únicos que não morreram no processo. Mas Katherine nunca foi o objetivo da Hidra. Sempre foi você.

-Então toda a destruição e morte lá embaixo... - T'Challa começa o pensamento.

-Distrações - Bucky afirma. Tony bufa, irritado com o fato de Barnes estar certo.

-E então? - Anthony questiona, atraindo as atenções para si.

-A Hidra quer você - o pai enfatiza.

-Sim, eu ouvi. Eu estava aqui. Quero saber se vamos ficar parados ou vamos nos mexer antes que eles voltem - ninguém respondeu, era uma questão complicada e nenhum deles sabia qual o próximo passo - "O jogo começou". Jogo é deles; sabem as regras e jogam melhor. Bucky - chamou - e então?

-Eles vão voltar, e vão jogar ela em cima de nós - foi a resposta - Vai matar qualquer um, mesmo que não precise.

-Como Glen.

-É. Eu sinto muito.

Romanoff se mexeu na cadeira, pela primeira vez demonstrando sinal de vida.

-E a única pessoa que é páreo pra ela está na falta de um braço - ela lança um olhar incisivo à Barnes - Devemos a você por isso, certo Tony?

Stark, que passara os últimos minutos sentado perto da parede de vidro encarando o jardim, não respondeu nada.

-Talvez isso não seja um problema - Anthony comenta, pensativo - Eu queria saber mais sobre vocês e a Hidra - diz para Barnes - Vasculhei os arquivos que estavam na rede, e lembro de ter lido sobre o seu braço. Como o fizeram, o procedimento, atualizações... está tudo lá. Pode ser feito de novo. Eu entendi boa parte do mecanismo e da tecnologia, mas não posso fazer isso sozinho - lança um olhar discreto para o avô.

Tony, ainda que aéreo, percebe que está se referindo a ele e vira o olhar para o neto. O pedido de ajuda disfarçado na frase foi quase uma ofensa.

Pequena Stark IIOnde histórias criam vida. Descubra agora