No capítulo anterior...
Empresas San Roman.
Alguém também invadia a sala de Estevão nesse exato momento.
- Senhora, não pode entrar desse jeito... - dizia Lupita.
- Vamos ver se eu não posso entrar!
Ela abre a porta com tudo.
- Que história é essa de você me proibir de conhecer os meus sobrinhos, Estevão San Roman?! - disse Maria.
Estevão fica um pouco desconcertado.
- Mas o que está fazendo aqui?! - disse Estevão.
_______________________Continuação...
Lupita tenta se explicar.
- Desculpe, Sr. San Roman. Ela foi entrando e...
- Está tudo bem, Lupita. - disse Estevão. - Pode ir.
Lupita sai deixando Maria e Estevão a sós.
- Pensei que os anos que passara fora do país tivessem servido pra deixá-la, ao menos, um pouco mais educada. - disse Estevão. - Com que direito entra assim na minha sala?
- Eu é que pergunto, que direito você acha que tem pra me proibir de me aproximar dos meus sobrinhos?! - disse Maria.
- O direito que me cabe por ser pai!
- Sabe, muito bem, que não pode fazer isso.
- O que eu não posso é deixar a cabeça dos meus filhos confusa, por causa de uma mulher, da qual ninguém sabe coisa alguma! - disse Estevão.
- Eu sou tia deles!
- Mas nunca se importou com eles, ou com a mãe deles!
Maria se enfurece e desfere um tabefe no rosto de Estevão.
- Nunca mais repita isso, Estevão San Roman! Minha irmã era tudo o que eu tinha, tudo o que já fiz nessa vida, eu fiz por ela! Se não estive com ela todos esses anos é porque eu tinha um motivo muito forte! Mas você não tem ideia da falta que ela me fez! - disse Maria.
- Ela também sentiu sua falta. E onde você estava? Viajando por aí!
- Pior foi você! Que estava ao lado dela e foi um canalha a traindo do jeito que traiu! - disse Maria.
Estevão segura Maria pelos braços.
- Quantas vezes vou ter que repetir essa história?! Eu não traí a Marcela! Jamais! - disse Estevão segurando Maria bem perto de si.
- Eu já disse que não acredito em você! E me solte!
- Você chega de uma hora pra outra, cobrando coisas como se tivesse algum direito, mas não tem!
- Já disse pra me soltar! - diz Maria.
- Não, eu não vou te soltar!... Agora você vai me ouvir! Se pensa que vai bagunçar a vida da minha família, dos meus filhos, ou a minha, você está muito enganada!
- Eu já lhe disse, Estevão, quais são os meus objetivos! E eu não vou abrir mão de nenhum! - disse Maria.
Aquele brilho nos olhos de Maria deixava Estevão ainda mais hipnotizado.
- Tão diferentes e tão iguais! - disse Estevão puxando Maria para perto de si e beijando-a de surpresa.
Maria tentou resistir de todas as formas, mas seu corpo não respondia. Ela acabou por corresponder ao beijo. Um beijo voraz, exigente. Suas línguas exploravam a boca um do outro. Seus braços se movimentavam como se estivessem em sincronia. Maria sentiu seu coração acelerar como jamais sentira antes. E Estevão não entendia bem o porquê, mas não queria soltar Maria.
Maria faz mais uma tentativa e consegue se afastar de Estevão e lhe dá outro tabefe.
- Isso é o que você merece por me beijar a força! - disse Maria.
- A força?! Que eu saiba, você correspondeu ao beijo também! Vai tirar o corpo fora agora?! - disse Estevão.
- Você está avisado, Estevão! - disse Maria. - Você não vai conseguir me afastar da minha família! - disse ela saindo.
- Maria, espera!... Maria.
Maria pega o elevador e vai embora. Estevão volta para a sua sala e fica pensando.
"Mas o diabos deu na minha cabeça pra eu beijar a Maria?!"
Dentro do elevador, Maria estava bufando de ódio.
"Desgraçado! Como pôde se atrever a me beijar?!... E por que eu o correspondi?! Maria, sua idiota!"
Quando estava saindo do prédio, Maria escuta uma voz a chamar.
- Maria!
- Sim, sou eu. Quem é você? - ela pergunta.
- Meu nome é Afonso. Afonso Quinteros.
***
De volta ao apartamento de Alice.
- Henrique, calma. Vamos conversar... - disse Alice.
- Conversar?! Não temos nada pra conversar! - exclama Henrique. - Não te deu nenhum pingo de dor na consciência quando aceitou esse pedido de casamento, não?!
- Já lhe disse que não quero magoar o seu pai. - disse Alice. - Eu também gosto dele!
- Gosta nada! Você não gosta de ninguém! Só de você mesma!
- Isso não é verdade! Eu também gosto muito de você. Sabe disso.
- Então prove. Cancele esse casamento com o meu pai, e fique comigo. - disse ele seguando suas mãos.
- Eu não posso, Henrique. - ela se solta.
- Então eu vou contar a ele sobre nós! - disse Henrique.
- Não faça isso! Quer partir o coração do seu pai?!
Alice era ardilosa. Sabia como pegar no ponto fraco de Henrique. Ele amava seu pai demais para querer vê-lo magoado.
- Muito bem, Alice. Mas quero que saiba que acabou, entendeu? Não vou mais fazer isso com o meu pai. Se você quer mesmo se casar com ele, ótimo. Case e o faça muito feliz. Mas não chegue mais perto de mim! - disse ele saindo e batendo a porta.
"Sinto muito, Henrique. Mas você é peça chave nesse plano! Não posso de deixar em paz, pelo menos ainda não!" pensava Alice.
***
Enquanto isso, em uma cafetería na cidade.
Maria e Afonso conversavam.
- Quer dizer que você é amigo da família San Roman? - pergunta Maria.
- De longa data. - responde Afonso. - Na verdade, eu conheci a Marcela primeiro, e depois apresentei ela ao Estevão.
- Sério? - disse Maria. - Afonso, como era o casamento deles?
- Eles eram muito apaixonados. Mas...
- Mas o quê?
- Maria, não sei se deveria estar lhe contar isso, Estevão é meu amigo.
- Assim como a Marcela também era. Você também acobertava as traições do Estevão, não é? - disse Maria se alterando um pouco.
- Não! Claro que não. Eu sempre fui contra. - mentiu Afonso. - Me doía muito ver ele enganando a Marcela. Até me senti culpado, já que, como eu já disse, fui eu que os apresentei.
- Foi você que contou a ela que sobre as traições dele? - pergunta Maria.
- Não. Apesar de achar errado, eu nunca me meti na vida dos dois, você entende. - disse Afonso.
- Eu compreendo.- Mas Marcela desabafava muito comigo. Eu tive vontade de contar a ela, muitas vezes. Mas eu sei que ela não acreditaria.... Mas e os seus sobrinhos? Já os conhece? - pergunta Afonso.
- Só de longe. Estevão não quer que eu me aproxime deles. - disse Maria.
- Mas isso é um absurdo! - disse Afonso.
- Também acho. Mas eu não vou desistir.
- Você está certa. Se quiser, posso te ajudar nisso.
- Me ajudar? Como?
***
Mansão San Roman.
Helena e Carolina estavam organizando algumas coisas para o jantar de noivado de Estevão.
- Tia, a senhora sabe se o Estevão convidou muita gente pra esse jantar?
- Só uns amigos mais íntimos, por quê?
- Porque temos que contar as taças. Tenho a impressão de que algumas estão quebradas. - disse Carolina.
- Quebradas?... Eu vou dar uma olhada na dispensa.
Quando Helena sai, aparece Tereza.
- Carolina, a priminha prestativa e abnegada! - ela diz com ironia.
- Qual a razão dessa sua ironia, Tereza?
- Carol, você pensa que engana quem? - disse Tereza.
- Não sei a que se refere. - disse Carolina.
- Você pensa que não percebo as suas verdadeiras intenções, priminha?... Tudo o que Estevão te pede, você faz, procura sempre estar de bem com os filhos dele, quando ele está aqui, você sempre está por perto.
- Tereza, do que é que você está falando?
- Estou falando das suas tentativas frustradas de fazer o Estevão se interessar por você!
- Você ficou maluca?! - exclamou Carolina. - Estevão é como um irmão pra mim, sabe disso!
- O que eu sei é que você sempre foi apaixonada pelo Estevão, e ele nunca te correpondeu! - disse Tereza.
- Não acha que está me confundindo com você? - disse Carolina.
- Ora, sua...!
Quando Tereza ia dar um tabefe em Carolina, Helena aparece.
- Mas o que é que está acontecendo aqui?!
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Coração Dividido
FanficDepois de passar anos na prisão, Maria finalmente consegue a sua liberdade. Porém, quando pensa que vai conseguir recomeçar a sua vida, é surpreendida pela morte de sua irmã gêmia Marcela, em circunstâncias misteriosas. Maria então, se vê obrigada...