Maria teve um dia bem cheio, mas pensou que ao menos sua noite poderia ser mais tranquila, jantando com seu amigo Alberto. Porém, ela estava redondamente enganada.
- Olhem só as coincidências da vida! - disse Eatevão. - Faz tempo que Carolina e eu não saímos pra passear, e quando isso acontece, acabamos por encontrar vocês no mesmo restaurante.
- Vejo que quando se trata de você, Estevão, as coincidências são quase que constantes, não é? - disse Alberto com certa ironia.
- Será que podemos nos sentar com vocês? - pergunta Eatevão sem fazer muita cerimônia e sentando direto.
Maria ainda estava séria. Olhava para Estevão e sua prima, como se estivesse escolhendo quem ela torceria o pescoço primeiro. Carolina percebendo que o clima estava ficando meio pesado, resolveu "quebrar o gelo".
- Me desculpem, o meu primo esqueceu os modos dele em casa. - disse Carolina. - Senhor Solíz, sou Carolina San Roman, prima do Estevão, muito prazer. A Maria falou muito bem do senhor.
- O prazer é todo meu, senhorita San Roman. Mas pode me chamar de Alberto. - disse Alberto a cumprimentando amigavelmente.
- E você pode me chamar de Carol. - disse ela sendo gentil.
Estevão sorria triunfante, já que o seu plano parecia estar dando certo, enquanto isso, Maria observava toda a situação.
"Estevão San Roman, você não presta!" pensava ela enquanto tentava disfarçar o sorriso.
- Já que todos estamos devidamente apresentados, preciso ir ao toalete. Vem comigo, Carol? - disse Maria.
- Claro, Mary. - disse Carolina. - Com licença, cavalheiros.
As duas vão em direção ao toalete, e assim que entram...
- Será que eu posso saber o que vocês dois estão fazendo aqui?! - pergunta Maria.
- Ora, Maria!… Estevão e eu viemoa jantar, faz tempo que eu e o meu primo-irmão não temos um programa como esse. - disse Carolina com a maior cara de sonsa.
- Ah, sim!… Você quer que eu acredite que você e o Estevão apareceram aqui por acaso?! Carol, eu na sou idiota! - disse Maria. - Se fui eu mesma que lhe disse que estaria aqui com Alberto essa noite!
Carolina não pôde negar.
- Ai, Maria!… Me desculpa!… O Estevão praticamente me obrigou. - disse Carolina.
- O Estevão te obrigou? - disse Maria com uma cara desconfiada.
- Tinha que ver a carinha que ele fez, não deu pra recusar! - disse Carolina.
- Não dá pra acreditar!… - suspirou Maria. - Quer dizer que ele te faz uma carinha de "cachorro pidão" e te convenceu a fazer um papelão desses?
- Maria, sei que o meu primo é cabeça dura às vezes, mas o Estevão te ama. - disse Carolina. - Ele tá bancando o ridículo só pra te conquistar. Dá uma chance pra ele?
- Por acaso ele lhe falou das coisas horríveis que ele me disse hoje mais cedo? - disse Maria.
- Sim, ele me falou. E eu dei a maior bronca nele por isso. - disse Carolina. - Ele está tão arrependido que nem estava querendo mais vir aqui essa noite, sabe por quê?
- Por quê?
- Porque ele chegou a pensar que não merecia uma mulher como você. - disse Carolina.
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Coração Dividido
أدب الهواةDepois de passar anos na prisão, Maria finalmente consegue a sua liberdade. Porém, quando pensa que vai conseguir recomeçar a sua vida, é surpreendida pela morte de sua irmã gêmia Marcela, em circunstâncias misteriosas. Maria então, se vê obrigada...