Doentia Paixão

Capítulo 20

- O que? - Perguntei atordoada.

Logan estava olhando fixamente para mim com uma intensidade desconcertante.

- Eu sei que o Caden não é o assassino.

- Como?

Ela me puxou para o interior do quarto e me fez sentar na cama enquanto se sentava na cadeira.

- Eu ouvi o Aspen sair do quarto de madrugada na noite em que a Harlyn morreu. - disse sussurrando.

- Como você sabe que foi o Aspen?

- Eu abri uma fresta na porta e o vi de costas descendo as escadas.

Isso mudava tudo.

Aspen realmente era o assassino?

Eu não desconfiava dele.

Na verdade, não desconfiava de ninguém.

Eu só sentia que não era Caden.

Não falei nada por vários segundos.

Estava tentando juntar tudo na minha cabeça.

- Você tem certeza? - perguntei.

- Absoluta. - Logan respondeu firme.

- Por que não contou para ninguém?

- Eu não queria parecer o Declan - disse dando de ombros. - e também, não queria provocar para me colocar na mira dele.

- Mas você realmente viu alguma coisa, você tem uma prova, nós podíamos fazer alguma coisa com isso.

- Ella, você realmente acha que todos vão acreditar apenas no que eu vi?

Realmente.

Era algo improvável.

Precisávamos de mais provas.

Mas como?

- Precisamos arrumar mais provas, quando as conseguirmos falamos com todo mundo e tudo isso vai acabar.

- Certo, mas como vamos fazer isso? Não sabemos quando vai ser o próximo assassinato, nem podemos deixar na cara o que estávamos fazendo.

- Vamos ter que ficar atentas a tudo o que acontece na casa, cada detalhe, e ser bem discreta, e não podemos ficar o tempo todo juntas falando sobre isso, eles vão desconfiar.

- Verdade, temos que agir como se não estivesse fazendo nada.

- Sim.

- Merda, isso vai ser mais difícil do que eu pensei.

- Eu sei.

- Não conte ao Caden sobre isso, nem pra ninguém, é mais seguro.

- Certo.

- E agora? O que fazemos?

- Vamos acabar o relatório, depois pensamos com mais detalhes como vamos fazer isso.

- Tudo bem.

Enquanto eu e Logan fazíamos o relatório não pude deixar de pensar mais no assunto.

Ela achava que nem todos acreditariam nela.

Por que eu acreditava?

Eu apenas acreditei na palavra dela.

Ela podia estar mentindo.

Ou ter se confundido.

Mas eu ainda assim acreditava nela e iria ajudá-la a provar que estava certa.