Capítulo 10

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Pov Cléo

Quando a Ray falou sobre o tal James fiquei insegura e com medo pois ela não era só uma amiga, ela se tornou uma irmã mais nova, a qual nunca tive. Apesar dela estar em Xangai eu tenho medo pelo que pode acontecer se alguém descobrir e acontecer algo com ela. Mas a Ray sempre gostou de desafios, sempre foi uma garota doce e simpática mas que possui um tigre no peito esperando atentamente para atacar no momento certo. Ela é forte e sei que lutará com unhas e dentes se algo acontecer para continuar livre, mas também sei que possui uma amor platônico pelo esposo mesmo eu dizendo que ele não a ama ela não o esquece, mesmo depois de tudo ela diz que apenas quer se vingar por tudo o que passou, ela quer se enganar, mas eu sei que existe esse amor da parte dela se não já teria reconstruído a vida. Tenho medo dela se machucar se for pega e ficar engaiolada como um pássaro.

Agora com as entrevistas fiquei mais aflita ainda mais pelas escolhas dela, quem em sã consciência coloca o inimigo tão próximo? Só a Ray mesmo! Ela só pode estar ficando louca. Mas eu esqueci de tudo isso no momento em que o homem alto de porte atlético, com seus óculos que só lhe dava um toque a mais no estilo despojado. Um homem sexy, onde não vi nada de nerd, que me fez morder os lábios assim que o vi. Seu aroma amadeirado me fazia ter pensamentos obscenos, fazendo meu sexo pulsar com a ideia de te-lo em mim. Eu o desejei, como posso pensar nisto sabendo de quem se trata! Um inimigo dela é meu inimigo também e não posso cair em tentação. Não posso!

Pov James

Quando Max veio com a proposta nunca pensei que seria tão divertido e excitante. Primeiro por ver Max com medo de outra companhia ainda mais uma recém aberta e outro pela minha chefe a mulher morena e esquia tinha um corpo curvilíneo e perfeito. O corte de cabelo Chanel e os lábios rosados me levava a pensamentos indecentes. Ela tinha o nome e a semelhança da própria rainha do Egito. Cléo era extrovertida e alegre com os outros funcionários mas comigo ela era séria e centrada como se minha presença a incomodasse e isso era algo que teria que tirar a limpo. Aproveitei que ela não me dava muita atenção e desapareci, quando todos foram embora eu esperei ela na porta da agência, a porta dava em um pequeno beco mal iluminado mas ela não parecia se incomodar. Assim que ela saiu, eu estava nas sombras, pude perceber em seu cabelo negro umas mechas roxas mesmo com a má iluminação, seu vestido preto apenas contornava as curvas até a cintura sutilmente deixando imaginar como seria dali para baixo e suas pernas nuas, uns três palmos a cima do joelho para baixo, dizia que tinha pernas perfeitas.

Vi ela colocar a chave na fechadura enquanto pressionava os lábios sutilmente e após o crec da fechadura girou em seus saltos elegantemente, mas antes que pudesse dar o primeiro passo a segurei pela cintura e tampei sua boca rapidamente para evitar que alguém a ouvisse gritar com o susto. Assim que a pressionei na parede, claro que aproveitei para fazer isto com meu corpo enquanto minha mão tampava sua boca e a outra segurou suas mãos que tentava me bater. Ela me olhou com seu olhar castanho penetrante e amaldiçoadamente sexy, esperei ela se acalmar e soltei sua boca ouvindo um suspiro. Em momento algum desgrudei meu corpo do dela já que ela parecia se encaixar perfeitamente ao meu. Minha mão que antes tampava a sua doce boca rosada desceu pelo seu braço sentindo-a arfar ao meu toque. Fazendo-me escutar outro sonoro suspiro de desejo, então resolvi perguntar bem próximo dos seus lábios:

- Porque você me odeia? - ela tinha os olhos fixados nos meus lábios e sabia que ela sentia meu hálito quente próximo a sua boca. Senti ela remexer então um sorriso surgiu no canto dos meus lábios pois tive certeza que ela me desejava. Mas logo este sorriso sumiu.

- Porque eu sei quem você é! - falou com deboche mas sabia sobre o que ela estava falando - e ela também sabe, mas ainda não entendi qual era a ideia dela ter te contratado!

Sem muito esforço depois do meu súbito desligamento do cérebro para processar ela se soltou e deu alguns passos mas a alcancei e a segurei pelo pulso fazendo-a virar para me olhar.

- Quem é ela? - não me recordava de ninguém!

- Horas vamos, tenho mais o que fazer! - puxou seu braço sem muita elegância se livrando do meu aperto em seu pulso - Talvez um dia você e o mundo conheça a nossa diretora - deu quatro passos enquanto falava para se distanciar e sem se virar completou - Ou não!- falou enquanto fugia andando de modo que me pareceu sensual demais.

Ela saiu gargalhando enquanto eu me dirigi a caminho do meu carro pensando quem diabos seria "ela"? Isto eu precisava falar com Max urgentemente.

Casada por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora