Capítulo 20

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Pov Rayanna

Bom assim que vi que ele saiu me deixando ali resolvi sair, dar uma volta. Ele acha que eu não sei onde estou mas ele se engana, como poderia esquecer a quantidade de vezes que vim até está casa quando comecei a aprender com o pai dele, ele era meu professor. Tudo o que aprendi foi com ele nesta casa, garças a ele sou tão boa na minha área.

Começo a me arrumar esquecendo meus pensamentos anteriores. Tomo um banho rápido, visto uma calça jeans e uma blusa preta, pego uma mochila nela jogo um vestido, um salto, uma bolsa de mão e um kit de maquiagem. Vou até minha penteadeira e pego alguns grampos de cabelo, olho a fechadura e pego dois grampos do tamanho ideal e introduzo na fechadura, fico lá durante uns segundos até ouvir o click quando ela destrava. Guardo tudo em seu lugar e saio fechando a porta com todo cuidado e sigo o corredor, dobro no final do corredor descendo a escada, olho pela janela com cuidado e vendo que nenhum dos seguranças está por perto pulo a janela e fecho rapidamente logo após me deito na moita embaixo da janela que segue em volta da casa. Sei que em dois minutos o segurança irá passar. Espero o que parece uma eternidade assim que ele passa eu corro até as árvores e me escondo atrás dela em um ponto mais escuro observando se eles notaram minha fuga. Tudo certo nenhuma movimentação de que suspeitam da minha fuga, agradeço por Max ter plantado aquelas árvores pois isso facilitou minha fuga. Assim que chego no muro que era na verdade uma grade com cerca elétrica, vou ter que sair pelo portão esperei algum tempo até aparecer um rapaz de esquete e ofereci cem reais se ele tirasse os homens do portão e levasse para o outro lado, daria o dinheiro na terceira esquina em frente à um bar. O rapaz foi e passou reto rapidamente e depois voltou, cumprindo o que pedi, esperei na frente do bar quando o vi vindo de esquete:

- Você demorou, aqui está o dinheiro. Aliás como você fez para tira-los de lá? - eu tinha em um fundo falso da bolsa dinheiro escondido, em todos as bolsas para ser específica.

- Disse que uma moça queria pular e poderia acabar se machucar, quando eles perguntam onde disse no final do muro. Não se preocupe deixei um bilhete dizendo que era trote na volta. Eles vão achar que era trote. Porque queria fugir?

-Meu pai é controlador - dei um sorriso amarelo e quando ele abriu a boca para dizer algo entrei no táxi que estava passando. Mas ele gritou:

- Aquela casa é do... - a voz dele ficou longe o suficiente para não ouvi-lo terminar a frase, mas eu sabia o que ele iria dizer. Depois de alguns minutos parei em frente ao prédio em que Anne residia desde quando a conheço. A vida dela apesar de todo o luxo dos pais ricos era um inferno e com o ex Alex, também amigo do Max, ele não a deixava em paz com os amigos, tanto mulheres e principalmente os homens. Então no seu aniversário de dezoito anos seu presente conforme pediu foi atendido: um apartamento longe o suficiente da mansão onde vivia com a família e ela se mudou de escola. Ela disse que gostaria de ser independente e se tornar uma mulher forte como a mãe, claro que a mãe de Anne nunca foi uma pessoa de fibra e sedia a todos os caprichos do marido, e assim ela ganhou um apartamento com uma empregada e um bom depósito mensal na conta o qual ela usou até completar seus estudos como arquiteta e abrir a própria empresa, que é muito famosa pelos designer inovadores e quase impossíveis de se construir desafiando as leis da física e da gravidade. Ela é a melhor pessoa que eu poderia ter como amiga, ela e a Cléo, e eu a deixei no escuro por anos, agora está na hora de reaver minha amizade. Paguei o táxi e sai em caminho ao porteiro que era o mesmo desde quando ela veio morar então o olhei com um dos meus melhores sorrisos:

- Senhor Antônio! - já sai em sua direção abraçando-o e ele me abraçou meio sem jeito tentando lembrar de mim, o senhor já idoso deve ter me esquecido - Ah vai dizer que não se lembra de mim, claro que não né! Sem óculos, aparelho, os cabelos ruivos presos e roupas largas fico totalmente irreconhecível né! - dei uma gargalhada com a cara que ele fez - Agora se lembrou né!

- Rayanna está diferente, nem parece a garota que fugiu do casamento - ele gargalhou - eu vi sua tentativa de fuga do Max no aeroporto estava torcendo por você minha querida - deu uma gargalhada - mas o que veio fazer aqui?

- Vim fazer uma surpresa para a Anne - fiz um bico e continuei - mas perdi o número dela nesses anos.

- Ela está em casa, pode subir sei que ela ficará imensamente feliz em revê-la já que você é a única amiga dela e depois que você foi embora ela se jogou no trabalho de cabeça e nem sai a não ser para o trabalho, o que é uma pena, uma moça tão bonita ficar trancafiada em casa!

- Pode deixar que a partir de hoje às coisas irão mudar - fui andando até o elevador - obrigada Sr. Antônio.

Entrei no elevador pensando em quando me tornei mentirosa eu tinha o número dela, eu poderia lugar para ela antes, mas tenho certeza que ela me diria não como sempre, Anne sempre foi muito caseira e não gosta de baladas ou coisas do tipo. Cheguei em frente à porta e bati escutando logo um "já vai" tampei o olho mágico como as crianças dos vizinhos tinham costumes. Ouvi ela bufar e segurei o riso virando meu rosto para o outro lado. Ela abriu a porta já raivosa:

- Olha aqui peste, há não só o que faltava agora os adolescentes também! - me virei para ela falando com uma carinha singela e aí mesmo tempo assustada:

- É assim que você cumprimenta os amigos de anos atrás, achava que você sentia falta de mim como eu senti de você!

Ela me puxou para dentro do apartamento que tinha a mesma decoração e o mesmo cheiro aconchegante.

- Rayanna o que está fazendo aqui? Você fugiu de novo? - ela segurou o riso e me abraçou - Nem precisa responder eu já sei! Mas qual é o plano?

A Cléo havia me informado que estaria na cidade a trabalho quando ligou para mim, eu não esperava ter a chance de encontra-la hoje mas parece que os astros conspiram a meu favor.

- Sem planos só quero curtir minhas amiga, pois a Cléo tá na cidade, me empresta seu celular para ligar para ela e pedir esperar a gente daqui uma hora em em frente à uma balada. - quando Anne ia reclamar falei - e nada de não vou senhorita Anne, vou apresentar você a Cléo e curtir o momento com minhas adoráveis amigas. Vamos ligar para ela e nos arrumar.

- Estava com saudades de você amiga! - ela sorriu e me abraçou e assim começou a noite mas agitada, divertida e que seria minha ruína, mas claro que dessa parte eu não sabia.

Casada por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora