Capítulo 5

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Pov Rayanna

Ao chegar em Los Angeles desembarquei do avião calmamente pois agora eu era Lia Torres, iria me reerguer a partir deste nome, eu seria este nome. Mas primeiro teria que achar um local para comer e principalmente para dormir pois já era noite. Entrei em um táxi e pedi para ele me deixar em algum café pelo centro, ele me prometeu levar no melhor.

O rapaz era gentil que me servira um copo de cappuccino com um croissant, deu um sorriso e se retirou. Não prestei muita atenção ate uma moça morena com o uniforme do café se sentou na minha mesa:

- Quer que eu leia a sua sorte? - eu nunca acreditei nessas coisas.

- Só se você quiser ler meu azar, porque sorte é a última coisa que você irá ler em minha mão. - eu esperei ela desistir mas ela ficou me encarando por alguns milésimos de segundos, depois ela pegou minha mão direita que estava em torno do copo tentando aquecer.

- Eu vou ler mesmo assim! - ela olhou a palma da minha mão por alguns instantes logo depois levantou o rosto e sorriu amavelmente - você esta fugindo, foge de algo que não queria, você veio de longe em busca de uma vida nova, você está fugindo do rapaz que se casou?

Eu ri, não, na verdade gargalhei até sair lágrimas dos meus olhos e ela apenas me observava. Quando meu ataque de riso parou disse:

-Você é uma ótima observadora - ela olhou para mim com um sorriso fraco no canto dos lábios - Mas eu sou melhor!

-Como? - ela olhava para mim como se não acreditasse.

-Você me viu descer do táxi, eu limpei as lágrimas e ai notei a aliança que fiquei tentada a jogar fora. Quando entrei perguntei há um dos garçons se tinha algum hotel próximo, você estava próxima deve ter ouvido. Você apenas supôs.

-É você é boa em observar também. - ela se levantou sorrindo porém antes de ir se virou - Bem vinda a Los Angeles, se você precisar de um ombro amigo pode contar comigo, sinto que seremos grandes amigas.

-Obrigada, mas primeiro vou precisar de um táxi para me levar a um hotel pois meu senso de localização é horrível durante a noite... E dia! - nos duas rimos, fazia tempo que ninguém me fazia rir, no colégio Max fazia questão de me infernizar e as meninas tinham ódio e inveja, se elas o queriam porque não o levarão o arrastando?

-Se você esperar uns instantes eu levo você para a casa que minha mãe aluga quartos, tem uns vagos lá, claro se você quiser.

-Seria ótimo - não que eu fosse louca de seguir uma desconhecida mas eu sabia lutar pois tinha tido aulas de auto defesa e acabei amando lutar, isso me tirava da realidade e fazia eu esquecer os problemas.

-Então aguarde uns minutos que irei me trocar.

Eu a esperei em frente ao café por uns cinco minutos, mesmo sendo noite o movimento era grande. Eu fiquei ali pensando em o que Max deveria estar fazendo, será que ele já estava aproveitando sua vida de solteiro? Aproveitou a festa do casamento para festejar a minha ida? Meus pensamento voaram até sentir um mão feminina em meus ombros e ouvir um vamos? Eu estava no mundo da lua, ou melhor, mundo do Max. Eu realmente o amava para ficar pensando nele a todo instante? Ou estava apenas acostumada a ter alguém me incomodando? Porque sentia que faltava algo? Que havia alguma coisa quebrada em meu peito? Não vi a lágrima escorrer pelo meu rosto. Cléo, eu havia lido seu nome no crachá antes dela ir se trocar, resolveu se pronunciar:

- Se quiser conversar estou aqui Ray.

Ela sabia quem eu era, é claro que sabia pois o Sr. Foster já estava fazendo cartazes de procura-se e colocando na rede de televisão provavelmente , mas no fim ela não contou para ninguém então seria uma aliada, eu acho.

Casada por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora