Pov Lia / Rayanna
Amanheceu em Xangai com um céu ensolarado,pensei em sair para correr mas me lembrei do último ocorrido. Fui para a cozinha onde preparei meu café mas antes de toma-lo fui até a porta buscar o jornal. Sentei-me a mesa e servi um copo de café forte e puro com açúcar para acordar, enquanto mordia minha torrada virei algumas páginas e quase me engasgo ao ver a notícia na coluna de fofocas: "Será que é ela mesmo? Apesar de mudar o estilo e o humor nossa menina que como podemos ver virou mulher está em Xangai! Ou será uma sósia?" Corri desesperadamente para o quatro buscar meu notebook enquanto isso meu celular tocava insistentemente, eu já sabia quem era, a única pessoa que tem meu contato para me ligar, Cléo. Meu computador ligou depois de alguns segundos que pareceu uma eternidade, coloquei meu nome no Google e la estava, em todos os sites de fofocas, peguei meu celular que continuava a tocar e atendi calmamente como se não soubesse de nada. Eu me escondi até agora e não iria ser pega sem lutar pela minha liberdade.
- Lia falando - disse normalmente como se nada me atingisse.
- Pode parar sua maluca! Não finja que você não sabe porque estou ligando - falou aos berros e tive que me afastar do aparelho celular para não ficar surda.
- E não sei mesmo! Porque está ligando? - me fiz de desentendida.
Ela bufou como se não acreditasse no que eu falava e cansada de explicar tudo sempre.
- Lia eu estou cansada de falar para você tomar cuidado - fiz cara de "sério não me diga" - e não faça careta estou falando sério!- Cléo me conhece muito bem apesar de termos passado pouco tempo juntas ela conhece minhas manias.
- Cléo eu tomei cuidado mas quando eu caminhava com a neve um ser do além apareceu e me reconheceu, não sei como! Devia ter feito uma plástica facial. - falei com ódio mas é claro que nunca faria isto com meu rosto perfeito.
- Olha só, te peço uma coisa, você tem que sair dai ainda hoje, se "ele" descobrir vai ficar uma fera. - disse ela em tom baixo e se referiu ao Max como ele
- Porque você começou a cochichar? - perguntei curiosa, pois conhecendo Cléo como conheço, ela é sempre escandalosa mas sabe guardar segredo como um defunto a sete palmos acorrentado dentro do caixão com mil cadeados de códigos.
- Acabei de entrar na empresa - falou em tom normal - Você gostaria que enviasse algo para você?
- Sim, os novos contratos que a empresa fechou, quero te-los arquivados todos nos bancos de dados e guardar os originais no arquivo.
- Não sei porque você gosta de arquiva-los ai. Mas mandarei ainda hoje, o endereço de sempre?
- Sim, fico no aguardo. Tchau até mais.
- Até amiga.
Desliguei o celular mas tive uma sensação ruim. Como era cedo resolvi tirar um cochilo e depois fazer um almoço para só depois pensar em resolver os problemas. Acordei horas depois e segui o plano. Decidi que no dia seguinte iria mudar radicalmente meu estilo e também que mudaria de país.
Acordei na manhã seguinte com a campainha da casa tocando, gritei um já vai apressado, sem saber quem poderia ser já que as correspondência da Cléo demoraria um pouco para chegar. Abri a porta e espiei pela fresta que ela me possibilitava, pois a corrente da fechadura estava impedindo de abri-la mais. Meu olhos quase saíram para fora e fiquei sem reação.
- Não vai me convidar para entrar Rayanna - disse ele com um tom de voz grosso e sexy.
Maximilian estava na porta da minha casa, fechei a porta e sai para o quarto, ele não iria me pegar! Peguei a Neve, chave do carro e documentos e sai a caminho da garagem mas no caminho pude escutar a porta sendo quebrada. Entrei no carro parecendo tranquila mas estava desesperada, travei as portas e respirei pois no carro ele não iria me pegar. Assim que a porta automática da garagem começou a abrir percebi que teria um problema mas que poderia ser resolvido. Ouvi batidas no vidro do carro e vi ele novamente.
- Daqui você não passa Ray, não tem saída. - ele sorriu, um sorriso de vitória e isso me deixou com raiva.
Olhei para ele e um sorriso brotou no canto dos meus lábios, ele me olhou como se eu fosse louca, ele não me conhecia e na verdade nunca me conheceu. Eu acelerei o carro uma vez e pisquei para ele ainda com o sorriso no rosto. Ele se afastou um pouco sem acreditar no que eu iria fazer.
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Casada por contrato
Romance-Acho que terei que me acostumar já que vou passar muitos anos acordando você para apenas dar uns beijo ou conversar. - sorri - Fiz seu café. - ele pegou uma bandeja com suco, frutas, bolo e pão com geleia e colocou na cama e falou meio envergonhado...