Meu Chefe

Capítulo 25- O pedido

Sophia 

Na segunda-feira acordei meio sonolenta. Acho que foi por que voltei tarde da casa de Arthur ontem.

Durante todo o trajeto, Beta não parava de falar de Mattew. De como ele é divertido, estudado e um ótimo partido.
Por um lado, fiquei feliz por ela estar se animando de novo, por estar enxergando novos horizontes e tentando esquecer-se de seu passado. Mas há um outro lado meu que está com medo dessa pressa toda, e de que talvez ela esteja indo rápido demais, e que possa se machucar novamente.
Bem, talvez seja só coisa de minha cabeça.

~Ω~

Tomei banho e lavei os cabelos.
Vesti-me de forma profissional, e rapidamente fiquei pronta pra mais um dia de trabalho.

-Bom dia Beta! - cumprimentei assim que passei por ela.

-Bom dia Soph. Seu chefe já chegou. - dá uma piscadinha.   Olho em meu relógio e ufaa! Não estou atrasada.

Quando chego em minha sala, surpreendo-me ao ver um jarro com uma dúzia de rosas vermelhas posta em minha mesa.
Sorrio. Tem como ele ser mais romântico?

Pego o bilhete que está entre as rosas. Foi escrito a mão. A letra é masculina e incrivelmente bonita e robusta.
Até sua caligrafia me impressiona. Penso.
Está escrito o seguinte:

"Para a mulher que faz os meus dias serem mais felizes."

A. F.

Suspiro. Oh bom Deus. Ele nunca havia me dado algo tão fofo assim.

Sento-me em minha cadeira, e olho tudo que temos a fazer hoje... Muito trabalho.

Vou a sala de Arthur, com um sorriso idiota que não quer deixar meu rosto.

-Bom dia Sr. Finlay. - ele está maravilhoso. Seus cabelos ainda estão um pouco molhados por conta do banho recém tomado. Estão desalinhados fazendo ele parecer selvagem.
Ele dirige seu olhar a mim, e sorri.

-Bom dia Srt.ª Alencar. - ele levanta, ajeitando seu terno- que com toda certeza deve custar todo o meu salário- rodeia a mesa e senta na ponta da mesma.

Sinto meu ar faltar, e as borboletas de ontem voltando a atacar meu estômago.

-Viu o presente que deixaram em sua mesa ?- ele pergunta. Está com as mãos nos bolsos.

-Sim senhor. São lindas. Quem quer que deixou elas lá, tem um ótimo gosto. - seu sorriso se amplia.

-Com certeza tem. - ele fica de pé novamente, e com o dedo, sinaliza que eu me aproxime.

Eu dou um passo pra trás. Tenho medo do que ele possa fazer. Ele exerce tal poder sobre mim, que posso fazer qualquer coisa que ele pedir. Por isso é melhor manter distância.
Ele balança a cabeça, em negação.

-Sophia, Sophia... Você não aprendeu nada ontem à noite? - ele anda mais alguns passos, até que fica bem próximo a mim. Posso sentir seu perfume masculino que me embriaga.
Dou mais um passo para trás, como uma presa  encurralada pelo caçador.
Seu sorriso não sai do rosto. Sei que gosta que eu o desafie.
Ele se aproxima, e eu me afasto o máximo, até que não tenho saída.
Minha bunda encosta na porta atrás de mim, e posso sentir que ele se sente vitorioso.
Nossos corpos se tocam, e perco todo o ar que ainda tinha em meus pulmões.
Ele aproxima sua boca do meu ouvido e eu fecho meus olhos, ele diz, sussurrando:

-Isso é pra você saber que você não tem escapatória. Você é minha, e não pode me negar o que é meu. Agora... - afasta-se de mim, e novamente ajeita o paletó. - vamos trabalhar.  -