Capítulo 19

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Arthur

Quarta-feira foi um dia cansativo pra mim. Muitas reuniões e muito trabalho a fazer. Passei o dia ocupado fora da empresa e não ví Sophia durante todo o dia.

Estava com saudades, mas amanhã poderei fazer tudo que não fiz hoje. Não vejo a hora de vê-la, ver seu sorriso, seus olhos azuis brilhantes e ver suas bochechas corarem quando eu digo algo.

Fui pra casa, querendo que a quinta-feira chegasse logo, pra eu poder fazer tudo o que penso com ela.
Cheguei em meu apartamento, e como de costume, Amanda estava contando histórinhas pra Mel, que já estava com os olhinhos caindo de sono.

Mas não por muito tempo.

Assim que a pequena me vê, abre os olhos e desçe da cama como pode, para me abraçar. Como amo ela!

-Oi minha princesa! - quando a abraço, noto que ela está um pouco quentinha. Deve ser porque estava com o cobertor.

-Ela disse que não iria dormir, enquanto o senhor não chegasse. - Amanda diz, se levantando do pé da cama.

-E pelo jeito ela cumpriu. - sorrio. Olho para minha pequena, que está cochilando em meu ombro. Boto ela no berço, e a cubro com o cobertor rosa bebê.

Enquanto ela dorme, Amanda me conta, aos cochichos, que Mel estava espirrando muito durante o dia. Acha que ela vai gripar.

Tomara que não! Ver minha filha doente seria uma grande tortura pra mim.

Amanda vai embora assim que seu noivo chega para buscá-la.

Tomo uma chuveirada, e vou para o meu quarto.
Visto uma boxer preta, e deito-me na cama, pegando rapidamente no sono.

~Ω~

Sinto a cama balançar ao meu lado, mas meus olhos não querem cooperar e se abrir.
Sinto mãozinhas quentes mexendo em meu nariz, e bochechas.

-Papa, acoda. - ela diz, e me dá um tapa.
Abro os olhos e sorrio ao vê-la deitada do meu lado. Seu cabelo está emaranhado e seus olhos estão um pouco fundos. Porra!
Encosto do dorso de minha mão na sua testa e pescoço, constato o que pensava.
Ela está com febre. Não muito alta, mas está.

-Papa estou dodói. - ela diz, e deita a cabeça em meu peito. Meu peito se aperta.
Tenho que levá-la ao hospital.
Ela acabou adormecendo, então com cuidado saio debaixo dela, e me visto o mais rápido que posso.

Com cuidado pra que ela não acorde, prendo seu cabelo e pego seu cobertor.
Enrolo ele ao seu redor, e a pego em meus braços.

Pego a chave do carro, e tranco a casa quando saio.
Enquanto espero o elevador, com a mão livre, mando uma mensagem pra Amanda. digo que estou indo pro hospital. Daqui a pouco ligo pra Mattew.

O elevador se abre e quando chega, vou até o carro, coloco Mel no banco de trás e vou pro lugar do motorista.
Tive sorte que não tinha trânsito, então cheguei rápido ao hospital.

(...)

Depois de examiná-la, Carlos, o pediatra da Mel, diz:

-Bom Arthur, a Melzinha está com um resfriado. Você só tem que dar esse xarope, dar esse anti térmico caso ocorra febre e tentar fazê-la ficar em repouso. - ele dá ênfase ao "Tentar". Ele sabe como é difícil fazer a Mel ficar quieta.

Sorrio e aperto sua mão.

-Obrigado.-

-Por nada. Qualquer coisa é só me ligar. -

~Ω~

-Então quer dizer que essa pequena resolveu ficar dodói? - Mattew fazia cócegas na Mel, que estava deitada no sofá, com a bárbara assistindo desenhos.
Ela não faz nada sem essa boneca.

Meu ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora