Uma garota humilde de família pobre,Sai em busca do seu futuro na casa dos seus "tios" em outra cidade.
Mal sabe ela que encontrará muito mais do que a esperança de um futuro melhor.
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Acabei adormecendo naquele banco acolchoado e confortável. O álcool em meu sangue me fez adormecer rapidamente, esquecendo que estava no carro do meu chefe. Mesmo estando bem tensa com sua presença ao meu lado.
Quando dei por mim, já estava sendo carregada aos meus aposentos, ou melhor dizendo, aos aposentos da minha amiga. Abri os olhos e tentei me desvencilhar de seus braços, mas não consegui. Estava fraca e cansada.
-Pare de se mexer, eu vou te levar até a cama. Não quero que você caia por aí. - fiquei tensa quando ele disse que me levaria pra cama, mas não fiquei com medo. Ele me inspira confiança. Confesso que seu cheiro também me acalmou. Um perfume inebriante que serve como um calmante, mas que também atiça algo no mais profundo de meu ser.
Não queria me apaixonar, mas infelizmente creio que isso já aconteceu. Receio que esse sentimento não seja recíproco, mas mesmo assim, minha maior vontade é conhecê-lo de verdade. Conhecer seu interior, seus medos, seus pensamentos, suas vontades, sonhos... Enfim.
Não sei como Arthur abriu a porta, já que estava de olhos fechados, mas sinto ele me deitar no colchão. Abro os olhos e rapidamente me desperto. Sento na cama e vejo que ele está ao lado da mesma ,em pé, analisando-me.
Fico o observando enquanto ele se senta aos meus pés e começa a tirar minhas sandálias. Tensão. Será que ele pensa que iremos ficar juntos?
Ele percebe a tensão, ou talvez seja minha cara que esteja me denunciando. Ele sorri, o sorriso mais lindo que já ví.
-Calma Sophia, Não vou fazer nada... Pelo menos não agora. As mulheres com que fico devem estar bem lúcidas, o que não é o seu caso agora. -
Sei que ele tentou me acalmar, mas soou mais como uma ameaça futura. Não que eu não tivesse gostado, pois sério... Isso me deixou feliz. Mostra que ele pensa em mim, e que acredita que possa acontecer alguma coisa no futuro.
Mas a palavra "mulheres" não passou despercebida. Ele deve ter muitas mulheres, penso. Claro, um homem solteiro, rico e lindo como ele não deveria estar sozinho.
Ele vai em direção à alguma coisa, mas para no meio do caminho.
-Sophia, onde estão suas coisas? - aponto pra bolsa que está no chão, no canto do quarto. Ele vai até ela, e põe as sandálias ao lado. -Você trouxe alguma roupa pra dormir? - espera aí, ele acha que vai me vestir?
Percebo que até agora, não dei nenhuma palavra. Preciso tirar suas esperanças.
-Sim,eu trouxe. - Levanto-me, e antes que ele possa mexer na minha bolsa, eu a pego. Ele sorri, e eu fico tonta. Nunca mais eu bêbo, juro!
Ele segura meus ombros, me firmando no lugar. -Obrigada. - é tudo que eu digo. Pego minha camisola e olho pra Arthur. Ele acha mesmo que vou me trocar na frente dele?
