Capítulo 34- Esclarecimentos

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Sophia

Saber que ele viajou tantos quilômetros por, e para mim, me deixou feliz, claro. Mas mesmo estando contente e satisfeita por Arthur estar do meu lado, precisava tirar algumas coisas a limpo.  Queria poder esclarecer todas as minhas dúvidas, para então, aproveitar cada minuto ao seu lado aqui nesta cidade.
Quero acabar com essa sensação esquisita de que ele tem vergonha de mim. Mas meu cérebro continua insistindo nessa merda.
Qual seria outra explicação para sua súbita indiferença em relação a mim, e, logo depois, atravessar o estado só pra ficar comigo e me apoiar? Não faz sentido.

E era com esses pensamentos, que eu estava a meia hora observando seu belíssimo rosto em sono profundo. Nossas pernas estavam enroscadas uma na outra debaixo do lençol, e minha cabeça estava apoiada em seu peito.
Minha cabeça subia e descia conforme ele inspirava e expirava calmamente.
O cheiro de sexo ainda estava presente nos lençóis e eu fiquei excitada por lembrar o que fizemos na noite passada. Nossos corpos eram um do outro, e não havia como negar a incrível paixão e luxúria que nos consumia assim que entrávamos em contato.
Dei uma olhadinha na mesa de cabeceira e percebi que ainda eram 5:45 da manhã. Pousei meu rosto em seu peito, e fechei os olhos deixando aquele suave movimento me levar.

ACORDEI COM BARULHOS DE BATIDAS NA PORTA, e estiquei-me languidamente.
Arthur não estava ao meu lado. Provavelmente tinha ido tomar um banho, ou tomava café.
Tomei uma chuveirada rápida e me deparei com vários acessórios de higiene pessoal. Tinha uma escova dentes, esponja, xampu, toalhas. Tudo novo.
Arqueei as sobrancelhas ao ver um barbeador rosa, junto a todo o resto.
Ele pensava em tudo!
Vesti as mesmas roupas de ontem a noite, menos a calcinha. Fui até a mala de Arthur, e encontrei uma cueca box preta.
Hmmm, qual seria  sua reação  ao me ver vestida com aquela peça?

Com um sorriso malicioso no rosto, saí de dentro do quarto e o encontrei sentado no sofá da sala,  teclando no notebook. Ele levantou os olhos e me deu aquele sorriso de molhar qualquer calcinha.

Bem, talvez eu vá ter que trocar novamente sua cueca.

- Bom dia, ursinha. – sorri ao ouvir aquele novo – nem tanto- apelido carinhoso de sua boca perfeita. Ele não parecia zangado e nem tinha aquela mesma expressão carregada em rosto de ontem a noite. Estava relaxado e eu acho que isso se deve, em parte, a noite luxuriosa que obtivemos.

- Bom dia. Pediu café? – notei a bandeja grande e recheada na mesa de centro.

- Sim, só estava esperando por você. – então as batidas que ouvi na porta era o serviço de quarto. Ele fecha o notebook e o deixa de lado, em seguida dando tapinhas nas pernas.  – Venha aqui. – diz.

Não me faço de rogada. Vou saltitando para seus braços, e ele me envolve com eles. Sinto o cheiro de sua camisa limpa misturado ao seu perfume. Suspiro. Não há nenhum lugar melhor que seus braços.

- Dormiu bem? – beija minha cabeça.

- Sim. – murmuro. Estou mais concentrada em me acomodar em seus braços. Escuto sua risada.

– Ursinha, não durma de novo. – ele ajeita meus cabelos em suas mãos. – Vamos, levante! – diz.

- Huum. –

- Por mais que eu esteja adorando você no meu colo, temos e tomar café. Seus pais devem estar pensando que raptei você. – ele dá um risinho quando pulo de seu colo e sento do outro lado da mesa.

Com tudo acontecendo, não pensei em meus pais. O que estarão pensando, ao perceberem que não dormi em casa?

Se tinham alguma dúvida que eu não era mais virgem, agora têm certeza.
Mas eles já deveriam ter percebido que estando com um deus grego sexy pra caralho como Arthur, era impossível se manter pura. Só espero que mamãe não me venha com aquela conversa constrangedora sobre me cuidar e contraceptivos.
Isso me faz lembrar do quanto fui irresponsável ontem a noite. Aquilo não deveria se repetir, eu tinha que começar a usar anticoncepcionais.

Meu ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora