Arthur- Eu não acredito que ela fez isso comigo. - dei a milésima volta pela sala. Fazia uma hora que eu tinha voltado do restaurante. Mesmo que Amanda não quisesse, liguei pros seus pais e contei o que havia acontecido. Não tudo, é claro. Eles pareceram desapontados no início, porém a receberam de braços abertos. Prometeram que iam cuidar dela e eu me despedi apressadamente, estava sem cabeça pra mais problemas.
Matthew estava sentado em um canto bem distante de mim. Ele sabe que é melhor ficar longe nesse momento.
- Ela não seria capaz... - parei de caminhar e sentei. - Ela me amava. Me amava, tenho certeza. Mas isso foi antes de me ver com a Amanda, então... - tive vontade de grunir desesperado, mas me contive. Mel estava dormindo em seu quarto.
- Arthur - Olhei pro meu amigo, que me olhava atentamente. - Se quer saber minha opinião, acho que Sophia só disse isso porque está com raiva. -
Ele estava sério e parecia ter certeza do que estava falando.
Realmente ela estava com muita raiva, isso estava nítido. Porém, era um bebê. Ela não poderia ter mentido com relação a uma criança. Um filho.
Meu Deus, um filho!
Minha ficha ainda não havia caído.
Ela estava grávida. De um filho meu. Nosso.
Sim, eu tinha certeza que era meu. Como cheguei a pensar que não? Por que ela disse sem titubear. Por um instante cheguei a duvidar, mas era a Sophia. Minha Sophia.Aquele bebê é nosso. Tenho certeza. Agora mais do que nunca eu vou atrás dela. Vou reconquistá-la e trazê-la de volta pra mim.
- Você tem razão. Sou um tremendo idiota por duvidar. - ele balançou a cabeça em afirmação.
- O que vai fazer agora? - perguntou.
Peguei o celular e disquei o número de Ros.
Ele atendeu no primeiro toque.
- Senhor. - sua voz estava grogue. Certamente estava dormindo, esse incompetente.
- Sobre Sophia, você tem informações? - fui direto ao assunto.
- Infelizmente Ainda não. Estou fazendo o possível, mas até agora não encontrei nada. - mordi a língua pra não xingá-lo.
- Sério? - ironizei. - Sabe quem eu encontrei hoje em um restaurante da cidade? -
- Quem? - perguntou.
- Sophia, seu imprestável! - Ele soltou um arquejo. - Quero saber pra que porra eu estava lhe pagando ?
- E... Eu Não ... - Gaguejou.
- Sim. Olhe, você tem até amanhã de manhã pra me dar alguma informação concreta, ou senão está no olho da rua, ouviu?
- Sim, senhor. Me desculp... - desliguei.
Matthew estava com um sorrisinho divertido no rosto.
- Esse é meu Arthur! - brincou.
***
Sophia
Arrumei as roupas na mala pequena, enquanto dava goles no leite que já estava morno.
Eu sentia muita falta da cafeína. O médico me alertou que não era bom continuar tomando por conta da gravidez, então minha única alternativa era parar. Eu sabia que era dependente, mas agora eu sentia muito mais falta.Quando terminei de guardar as roupas, resolvi dormir um pouco antes de ir embora. Passei a noite quase toda acordada pensando na merda que eu tinha feito.
Mas, pensando bem, talvez tenha sido melhor. Eu não quero ele perto de mim, e com certeza se soubesse que o bebê era dele, não ia me deixar em paz.
Entretanto, uma parte de mim, uma parte bem lá no fundo queria que ele não tivesse acreditado. Ele me conhece, sabe que eu não sou esse tipo... Acho que sou louca.
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Meu Chefe
Storie d'amoreUma garota humilde de família pobre,Sai em busca do seu futuro na casa dos seus "tios" em outra cidade. Mal sabe ela que encontrará muito mais do que a esperança de um futuro melhor.