Capítulo Quarenta e Sete

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Bella estava enfiada em seu pequeno escritório do sótão, trabalhando duro desde que Markie fora para a casa de Sylvia, às 8h45 da manhã. Agora gostava muito mais do ambiente amarelo brilhante. 

Tinha instalado prateleiras novas, um arquivo, uma mesa com cadeira e uma máquina de café expresso. Assim que fechava a porta no alto da escada, era fácil esquecer o bebê e o resto da casa, e entrar direto no ritmo do trabalho. 

A Prentice fornecera um fantástico computador novo, com todos os acessórios necessários, e um celular prateado minúsculo, igual ao de Susan. 

Bella tinha se divertido muito quando tudo chegou em caixas marcadas "Bebê da Bella". 

Estava muito concentrada nas propostas que apareciam no monitor à sua frente quando o soar estridente da campainha a assustou. 

Oh, Deus! Não estava pronta para atender outra testemunha-de-jeová, marcador da companhia de eletricidade ou vendedor de xampu para carpetes. Ficou sentada, esperando que quem quer que fosse desistisse. A campainha soou novamente, por bastante tempo. Droga. Fechou o arquivo e desceu dois lances de escada, batendo os pés. Abriu o trinco, escancarou a porta e viu Don, cansado, amarrotado, com uma grande sacola de viagem no ombro. 

— Olá, linda — ele disse com um grande sorriso. — Perdi minhas chaves. 

— Olá!! — ela gritou. — Achei que você só iria voltar esta noite. 

Eles se abraçaram e se beijaram na porta. Não o via há duas semanas e morreu de saudades dele. 

— Bonito casaco — ela disse quando ele entrou. Apoiou a bochecha no ombro dele, cheirou seu pescoço e o beijou. 

— É, minha esposa me deu. Não conte para ela que eu vim ver você primeiro — ele sorriu e beijaram-se novamente. 

— Você parece muito cansado. Quer tomar café na cozinha? — ela perguntou. 

— Não, não, estou bem. Markie não está? — Não, fica com a Sylvia até a uma. Como foi a viagem? — Absolutamente horrível, mas não faz mal, foi a última. — Ele deu um sorriso provocador e entrelaçou as mãos atrás da cintura dela. 

— O quê? — Ela o empurrou para olhar para ele. 

— Bem... tenho uma novidade para contar... — ele parou, adorando o suspense. — Acabei de ser promovido a editor de reportagem. 

— Não!! — Ela estava realmente chocada. — Você está brincando!! — Não estou. — Don parecia muito satisfeito consigo mesmo. — Fiquei sabendo esta manhã. Disse que não queria aceitar, porque teria que passar mais tempo na redação, mas eles vieram com uma proposta salarial ainda melhor e que eu poderia trabalhar quatro dias por semana a partir de janeiro. 

— Meu Deus! Você está feliz? — ela perguntou, algo desnecessariamente. 

— Estou absolutamente extasiado — ele respondeu com um sorriso. 

— Mas não haverá mais viagens ao exterior... — ela disse, certa de que ele sentiria falta delas. 

Mas ele a surpreendeu, dizendo: — Puta que pariu, até que enfim! — com uma gargalhada. 

— Bom, parabéns. Quatro dias por semana... isto é maravilhoso. 

— Então... — ele disse. — E você? — Bem... Eu também tenho novidades. — Ela o olhou intensamente. 

— Você vai ter uma pequena surpresa. — Ela parecia nervosa e ele começou também a ficar. 

— Acabei de descobrir que estou grávida novamente. Foi um completo acidente, e desta vez é verdade — ela acrescentou. 

— Oh, meu Deus! — Ele engasgou e colocou os braços ao redor dela. Apoiando o queixo no ombro de Bella, ele deu um assobio baixo e disse: Meu Deus, Bella. 

— Deve ter sido naquele sábado. Estava tão feliz com a sua volta... nem sequer pensei nisso. 

— Sim — ele cortou sua frase —, foi um encontro quente. — Ele olhou para ela, carinhosamente. — É um sinal. — Ele sorriu. — Era para ser. Ela o abraçou apertado. 

— Obrigada, Don — sussurrou e sentiu as lágrimas chegando. 

— Deus — ele disse novamente e limpou as lágrimas dela com o polegar. — Tudo vai dar certo, eu prometo... agora preciso mesmo de um café. 

Enquanto andavam juntos pelo hall em direção às escadas da cozinha, ela parou subitamente, perguntando com um sorriso: — Espere um pouco... você conhece algum editor de reportagens que tenha permanecido casado? — Não, mas eu encaro isto como um desafio — ele respondeu, sorrindo de volta. 

— Agora você vai ganhar mais do que eu? — Só um pouquinho a mais, acho. Mas não recebo bônus... portanto... 

— Está tudo bem, então!! — Ela riu e o virou, para que pudesse beijá-lo na boca. 

— Hummm... — ela disse. — Só eu e você, aqui no hall... é como nos velhos tempos. 

— O que você tem exatamente em mente, sra. McCartney? Desabotoando o casaco dele e deixando-o cair no chão, ela respondeu: — Que tal simplesmente eu mostrar a você, sr. Browning?

                                                                              FIM!!!

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