Capítulo Quarenta e Dois

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A babá de Red, Sylvia, era encantadora, como Bella descobriu quando foi lá no dia seguinte. Ellie já estava lá, engatinhando atrás de uma bola que fazia um barulhinho quando a apertava, e Markie se retorcia nos braços de Bella até ser posto no chão, para poder também tentar engatinhar. Sylvia queria dois bebês para cuidar, disse, porque podiam brincar juntos fazer companhia um ao outro. 

— Só queria fazer isto por uma ou duas manhãs por semana, para começar — disse Bella, mal acreditando que seria capaz de fazer isto, deixar seu filho com uma mulher que parecia simpática, mas era uma estranha. 

— Começamos gradualmente, isso não é um problema, você só tem que combinar e pagar por hora, depois todos ficaremos satisfeitos, não é? — Sylvia dirigiu esta pergunta a Markie, que estava de novo nos joelhos dela, balançando para cima e para baixo, sentado no joelho dela. — Quando você quer começar? — ela perguntou com um sorriso. 

— Hã... posso trazê-lo amanhã por duas horas, e você pode ver como se dão um com o outro. — Bella se ouviu dizer... pensando "Oh, Deus, o que estou fazendo?". 

— Sim, está ótimo. 

Quando saiu da casa de Sylvia, Bella sentiu um tipo de pânico. Oh, meu Deus, será que conseguiria lidar com isto? Enquanto estava pegando o carrinho para subir as escadas da porta da frente, o seu celular tocou. Procurou às apalpadelas por ele na bolsa de trocar fraldas, esperando que fosse Don. Era. 

— Oh, querido — disse, lutando para abrir a porta sem deixar Markie rolar escada abaixo. — Sinto muito mesmo. Sinto mesmo, mesmo, muito. — Empurrou o carrinho pelo hall e se sentou no chão. 

— Escute — disse Don —, estou telefonando porque não vou poder ir aí hoje. 

— OK — Bella disse, temendo que isto quisesse dizer que ele ainda não a queria ver. 

— Meu emprego estúpido, estúpido, de merda — ele disse zangado. 

— Eu deveria ter uns dias de folga, mas agora me deram esta bosta para perseguir, na Costa Sul, por uns dias. 

— Oh — respondeu, sentindo o desapontamento desabar sobre ela. Ele ia de novo embora, não se veriam por mais uns dias e ela não poderia resolver nada. 

— Ainda estou muito zangado com você — Don acrescentou. 

— Eu amo você — ela disse. — Eu amo mesmo você, Don. Nem acredito no quanto fui estúpida. — Agora ela estava quase chorando, ele conseguia perceber. — Não poderia aguentar perder você, querido, por favor... 

Ele deu um longo suspiro e depois disse: — Vou ficar fora até o fim de semana. Acho que nós dois precisamos de tempo para nos acalmar e refletir. 

— Se é isso que você quer — ela disse. — Mas me prometa que vem no fim de semana. 

— OK. 

— Diga-me: como vai Markie? — ele perguntou, mudando de assunto. — Sinto mesmo falta dele. 

— Está lindo — ela disse, tentando engolir as lágrimas. — Está usando um adorável casaquinho vermelho e um gorro de lã. Está sentado no carrinho e olhando para mim. Parece que seus olhos vão ficar escuros como os meus. 

— Ainda bem — disse Don —, gosto de olhos escuros. 

— Eu preferia que ele tivesse os seus olhos, gosto mais dos seus. E o seu novo brinquedo favorito é o molho de chaves de casa, o que é um pouco assustador, porque, quando estamos fora de casa, fico sempre pensando que ele vai deixar cair no bueiro. 

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