A porta da sala de refeições se abriu e a Srta. Brooke entrou com chá e algumas fatias de pão integral torrado. Sorriu nervosamente para Lauren e contemplou Camila com carinho.
— Coma um pouco de torrada - ordenou num tom severo, enquanto colocava a refeição diante da patroa. - Não quer que eu fique montando guarda para ver se vai comer, quer?
— Não se preocupe Ally - Camila murmurou com os olhos molhados, emocionada pela afeição da mulher. - Obrigada.
— Oh! - disse a governanta ao ver as lágrimas. No instante seguinte, Camila foi envolvida por um caloroso abraço. - Vamos, chore - murmurou a Srta. Brooke para consolá-la. - Está precisando chorar. Pensando bem, quem não está? A princesinha estará de volta quando menos imaginar, s senhora verá.
— Sim, claro. - À custa de muito esforço, Camila empertigou o corpo. - Sinto muito. Foi apenas...
— Sei exatamente o que está sentindo - suspirou a Srta. Brooke. - Não precisa me explicar nada, madame. Nada...
Deu um tapinha encorajador no braço de Camila e saiu, deixando-a a sós com Lauren que acompanhara a cena silenciosamente.
— Parece que todos gostam muito de você - comentou - Normani já veio perguntar como está se sentindo e o Sr. Ogletree me parou no jardim pelo mesmo motivo.
— Está surpresa? - ela indagou secamente enquanto segurava o bule com as mãos trêmulas. - Estranha que possam ter carinho por alguém como eu?
Ele levantou-se e parou tensa diante da janela.
— Não - respondeu.
Durante o silêncio que se seguiu, Camila serviu-se do chá e pôs-se a tomá-lo. Lauren não voltou à mesa. Depois de alguns minutos, perguntou:
— Ela é, como todos dizem... Uma princesinha?
Camila contemplou as costas largas da esposa com raiva. Como podia fazer tal pergunta se na noite anterior a impedira de falar sobre a criança?
— Vá para o inferno! - desabafou antes de sair da sala.
A manhã se arrastou numa terrível espera pelo som do telefone. O silêncio era opressor, e a sensação de impotência, angustiante. Para piorar, Lauren decidiu trancar-se no escritório, deixando Camila desamparada. Se ela acreditasse que Clara era sua filha, ficaria tão calma e impassível diante dos acontecimentos? Por fim, Camila não suportou mais a situação. Num ato de desespero, correu para o quarto, vestiu uma velha calça jeans colante, uma camiseta e desceu a escada correndo, enquanto amarrava um avental verde-escuro ao redor da cintura.
— Posso ajudá-la, Sra. Jauregui? - Um enorme guarda-costas a interceptou à porta.
— Não - ela respondeu. - Obrigada. - Quando fez menção de passar pelo homem, ele a segurou gentilmente pelo braço. - Solte-me! - ordenou.
O homem ruborizou, mas manteve a mão firme.
— Recebi instruções de que a senhora não deveria...
— Lauren! - ela gritou, com toda a força de seus pulmões.
Portas se abriram por toda a parte, inclusive a do escritório. Lauren apareceu no corredor, os olhos aguçados ao contemplar a cena no pórtico.
— Diga a ele - Camila ofegava - para tirar as mãos de mim!
Ela simplesmente franziu as sobrancelhas.
— Você sabe que nenhum dos meus homens lhe faria mal.
— Diga-lhe agora! - ela esbravejou, os lábios trêmulos.
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Rumor Has It • Camren G!P [REVISÃO]
RomanceLauren e Camila eram o típico casal perfeito... Até uma suposta traição separar as duas de uma vez por todas. Apesar de todas as tentativas de Camila, Lauren não acreditou em sua inocência e duvidava que Lana pudesse ser sua filha e a mandou de volt...