Capítulo 6

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(omg eu quero agradecer-vos a TODAS PORQUE VOCÊS SÃO TIPO AWESOMES! estou mesmo feliz que esta fic comece a ganhar um pouco mais de fama porque eu estou mesmo a gostar dela hihi
bem, eu queria fazer um trailer para ela, mas como não tenho quem faça a rapariga não sei se vou conseguir. Alguém sabe de uma menina que corresponde à descrição da Evelyn? x)
anyway, espero que estejam a gostar 

comenteeeeem e voteeem claro :D
xoxo)

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Equilibrei o meu corpo na ponta dos pés caminhando devagar na direcção da divisão de onde o som provinha. Tenho de admitir que estava um pouco assustada com o que poderia encontrar depois daquela porta, eu não sabia quem ele era na realidade nem se a sua história era verdade. No entanto uma parte de mim queria que fosse e gritava no meu subconsciente para acreditar nele, por isso tinha medo de que essa parte, que está directamente ligada aos meus sentimentos, se quebrasse ao descobrir que ele era tudo menos aquilo que dizia ser.

Detestava essa parte de mim, a parte que via sempre o lado bom das pessoas. Normalmente era sempre graças a esse meu aspecto que saía sempre magoada com as pessoas em que acreditava. Dava por mim a gritar sozinha para parar de ter tanta esperança nas pessoas, porque eu sabia que me ia desiludir. As pessoas são assim, cheias de esperança, cheias de promessas que nunca cumprem, desilusões e tempestades com as quais não conseguimos lidar e depois deixam-nos cair num incógnito consumidor. Basta olhar para o meu pai, uma das pessoas que eu mais admirava na minha vida pela sua fidelidade, honestidade e honra. No fim de tudo descubro que não passava de um criminoso que se envolveu com a Máfia e as Milícias. Descobri que desviava dinheiro da empresa para benefícios próprios. Ainda hoje me custava a acreditar nisto, e por muito desiludida que estivesse eu continuava a admirá-lo por todas as coisas em que me fez acreditar desde pequena.  

O meu olhar finalmente alcançou o interior da sala levemente iluminada pela luz que provinha da rua, através da grande janela. À sua frente havia um piano preto de cauda o qual era coberto por uma pequena camada de pó. Nunca mais lhe toquei pelo que as empregadas já nem se preocupavam em limpá-lo frequentemente. Depois voltei-me para a zona dos sofás em frente ao plasma também ele preto, que estava ligado mas sem som.

Assustei-me quando encarei o corpo deitado desengonçado sobre um dos sofás. Harry permanecia adormecido no mesmo e era o barulho da sua respiração que eu ouvi-a. Não consegui evitar sorrir estupidamente quando me aproximei dele e vi a sua expressão inocente, presa nos seus sonhos. Os olhos fechados deixando as suas pestanas claras unirem-se numa única linha aloirada. A boca levemente aberta permitindo-lhe respirar mais facilmente. As suas pernas estavam meias dobradas e abertas, enquanto um braço caía do sofá. O outro encontrava-se pousado sobre a zona do seu estômago e vi a sua mão subir e descer ao ritmo das suas inspirações e expirações. Era adorável e lindo vê-lo assim. Parecia tão inofensivo, tão frágil. A sua pele era cálida, levemente rosada nas maçãs do rosto, e era macia quando passei a mão levemente no mesmo.

Eu não sabia porquê mas eu sentia que a sua entrada na minha vida ia alterá-la mais do que era suposto. Tinha medo deste sentimento pois eu sabia que podia ser o primeiro passo para o meu desastre, mas eu não conseguia evitá-lo. Outra coisa que odeio em mim, eu nunca consigo controlar aquilo que sinto, simplesmente sinto e faço sem conseguir controlá-lo. O Niall diz sempre que sou muito espontânea e isso é uma das coisas que mais gosta em mim, mas eu por vezes não suporto ser assim. Porque eu acabo por gostar das pessoas, acabo por ter certas sensações que não consigo evitar e depois quem fica magoada sou eu.

Depois de alguns minutos a admirar aquele ser tão estranho para mim ergui-me de novo, pois ajoelhara-me à sua beira, e peguei no cobertor que jazia no outro sofá. Coloquei-o sobre o corpo adormecido, tendo o cuidado de puxar o seu braço caído para cima primeiro. Aconcheguei-o levemente e sorri quando ele grunhiu algo que não percebi e se virou para as costas do sofá colocando as mãos sob a sua cabeça. Era tão engraçado ver um agente mortífero daquela forma.

Suspirei e acabei por retornar ao meu quarto. Provavelmente deveria tê-lo acordado e tê-lo mandado embora, mas por outro lado ele parecera-me tão cansado e não tinha coragem de o fazer.

*

O despertador tocou fazendo-me despertar e não demorei muito a levantar-me. Depois de fazer toda a minha higiene matinal vesti o fato de treino e apanhei o meu cabelo num rabo de cavalo. Desci as escadas apressadamente e fui à cozinha onde peguei uma banana e fui comendo pelo caminho. Passei pela sala verificando que o meu suposto protector ainda estaria a dormir e saí de casa para uma corrida matinal.

Passava pouco das setes horas quando regressei à mansão. Acenei ao porteiro que me abriu a porta gentilmente.

“Bom dia Miss Evelyn” Ele saudou com a sua voz rouca mas um pouco adocicada.

“Bom dia George” respondi retomando o meu caminho para a entrada. Mas uma questão deteve-me e voltei-me de novo para o homem de 50 anos. “George?” Chamei enquanto ele dirigiu o seu olhar para mim. “Sabes de alguma contratação de um agente que o meu pai tenha feito?” Ele pareceu surpreendido com a minha pergunta e demorou algum tempo a pensar, como se estivesse a vasculhar no interior da sua mente a sua resposta.

“Que eu me lembre a única coisa foram as alterações na segurança que ainda estão a ser feitas. Mas está a ser tratado pelo menino Zayn” Acabou por dizer e eu assenti recuperando o meu caminho.

A resposta do porteiro matutou na minha cabeça inúmeras vezes. Eu sabia que algo na história do Harry não batia certo e cada vez tinha mais dúvidas sobre ele. Definitivamente não era seguro mantê-lo perto de mim e teria de o mandar embora assim que ele acordasse. Mas estava-me a custar fazê-lo e nem eu percebo porquê. A verdade é que estava um pouco receosa de o mandar embora porque ainda tinha esperança que fosse verdade. Se calhar o meu pai não tenha informado o George sobre isto porque poderia não ser necessário, ou por uma questão de segurança mesmo. Eu já não sei o que pensar, por um lado quero acreditar no Harry mas por outro não porque sei que acreditar nele pode vir a fazer-me mal, muito mal.

Abri a porta de casa respirando aliviada quando tirei os ténis de corrida. Adorava andar descalça, acho que era das melhores coisas na vida, poder sentir o chão frio sob os meus pés, sentir as pedras que mesmo me magoando me fazem sentir ligada à terra. Além de que detestava sentir os pés presos.

O meu braço foi puxado por algo muito forte e o meu corpo foi jogado contra a parede com tamanha brutalidade que tive de fechar os olhos com força para não ficar zonza. Quando os voltei a abrir vi a sua figura irritada fixa em mim. Os seus olhos estavam inchados e os seus lábios fechavam-se numa linha única e tensa.

“Onde raio te meteste?” Quase me gritou deixando-me incrédula com toda aquela situação. Aquele anjo inocente tinha-se evaporado por completo e agora um ser odioso permanecia à minha frente pressionando o meu braço contra a parede impedindo-me de sair do sítio.

Tal como eu disse, eu detesto ter esperança nas pessoas. 

(QUERO SÓ AVISAR DE UMA COISA: a música que escolhi pró Harry e pra Evelyn é este: "Secret Lie - Love me until the end of time" porque a música é tipo LINDAAAAA (embora bue lamechas)  e porque é a música que eu oiço sempre pra escrever os capítulos :3 
DIGAM-ME SE GOSTAM PLEASEEEEE)

Save Yoυ  △ |h.s|Onde histórias criam vida. Descubra agora