Capitulo 20

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(capitulo no tablet)

O meu olhar sobressaltou-se e o coração começou a bater bastante forte e rápido contra o meu próprio peito. Finalmente alcansei o homem que me segurava spela zona do cotovelo e suspirei aliviada quando encontrei o par esmeralda fixo em mim. Estava sério e o redor dos seus olhos estava dilatado num negro suberbo, que fez a minha pele arrepiar-se de imediato. A força que ele estava a exercer sobre o meu braço estava a começar a reproduzir-se numa dor aguda que me chegava ao osso. Tentei libertar-me com um safanão mas ele não me permitiu permanecendo no mesmo sitio.

"O que é que te deu?" Refilei já a sentir os nervos e a irritação inflamarem nas minhas veias. Senti as minhas bochechas escaldarem quando ele ficou calado, sem me responder e mantendo o olhar fixo em mim. "Vais falar ou vais ficar aí tipo espantalho, a magoar-me o braço?" Ergui o sobrolho nao impedindo o meu tom de voz de ser frio e cruel aos ouvidos mais sensiveis. Harry puxou-me para um canto junto de alguns bancos vazios e onde a sombra do edificio coicidia.

"Com quem é que estavas a falar?" Perguntou pausadamente, como se buscasse toda a calma que conseguia nas suas entranhas, tentando puxa-la para fora e camuflar o seu temperamento.

"Então tu não és o super espião? Devias saber perfeitamente quem ele é." Dei de ombros demonstrando que não queria saber da fúria que o assaltava de momento. Mas a verdade é que por dentro contorcia-me várias vezes, com medo que ele perdesse a cabeça e os seus socos dirigidos à parede se tornassem noutros actos reproduzidos em mim ou em outro alguém.

"Não brinques comigo Evelyn, qual foi a tua ideia?" O seu tom de voz era áspero e tão frio que eu quase podia sentir o meu próprio corpo gelar com as suas palavras. Os olhos verdes que eu tanto admirava (admirava?) estavam fixos nos meus de forma aterradora demonstrando a sua superioridade. "Tu não podes andar sozinha e muito menos falar com estranhos!" Harry continuava a gritar comigo e eu senti alguns olhares presos em nós,  curiosos.

"Primeiro o Marcel não é nenhum estranho, segundo quem é que me proibe?" Berrei-lhe de volta colocando-me em bicos dos pés para lhe tentar fazer frente, quando na verdade a vontade que tinha era de desaparecer o mais rápido possível da sua frente, com medo do que a sua raiva poderia fazer.

"Eu proibo!" Respondeu aproximando-se ainda mais de mim, olhando-me de cima evidenciando a diferença de alturas. Mas a sua resposta foi o que mais me perturbou. Ele proibe-me? Mas quem pensa ele que é? O meu medo dissipou-se num instante e a vontade de o esbofetear alastrou-se até às minhas mãos. Mas com receio de fazer algo de errado coloquei-as atrás das costas e dei um passo atrás, com os olhos esbugalhados.

"Tu não és meu pai, tu não és ninguém para me proibires do que quer que seja." As minhas palavras saíram suaves e tive de recompor-me para a voz não quebrar. Nao podia deixar que isso acontecesse à frente dele, nem pensar. Senti os olhos arderem com violência e pressenti o choro a chegar. Não de tristeza, ou medo ou ate mesmo por estar magoada, mas sim pela fúria intensa que crescia em chamas dentro de mim. "Deixa-me em paz Harry" pedi com alguma brutidao e tornei a virar-lhe as costas para entrar no centro comercial. Dirigi-me de novo para a loja de tecnologia e encontrei a Amy e o Niall sorridentes, mas logo os seus lábios caíram numa linha neutra assim que me viram. Limpei o rosto com as costas das mãos e obriguei-me a sorrir. Por muita vontade de girtar que tivesse. Não podia deixa-los preocupados e mesmo que fosse os meus melhores amigos não estava com vontade de lhes contar o que se havia passado ou sentir os seus olhares penosos sobre mim.

"Está tudo bem?" Niall questionou com preocupação mas eu afastei-me da sua mão que tentava pousar no meu ombro. Ele pareceu um pouco magoado com o meu gesto mas depressa o entendeu.

"Está tudo perfeito, já sabem o que vão dar à Miriam?" Mudei de assunto rapidamente para que eles não tivessem sequer a oportunidade de fazer mais perguntas. Eles entenderam a minha vontade e, como sempre, não me pressionaram, o que eu agradeci.

Save Yoυ  △ |h.s|Onde histórias criam vida. Descubra agora