Destinos Trocados - REPOSTAGEM A PARTIR DE 26/01/17

Capítulo 17

Boa noite amores! 😊

Como prometido aqui estou eu com o capítulo 17! Estão prontas? Com os lencinhos na mão?

Antes, deixa eu dizer que quem quer ler logo a história completa, o e-book de Destinos Trocados está disponível completíssimo na Amazon com epílogo lindo! 😍😍😍

E que ainda tenho exemplares do livro físico.
O livro vai autografado e com marcadores. Valor R$ 25,00 e frete grátis para todo o Brasil. Interessados (as) mandem um e-mail para autoralusantos@gmail.com.

Agora, vamos de capítulo! Estou aguardando as estrelinhas e os comentários.

Bjs

Gabriela

Meus olhos estão ardendo. Vi o céu escurecer e o sol sair, dando lugar a uma noite estrelada, a lua imponente e cheia, brilhando bem lá no alto. Vi a noite se tornar madrugada e depois o nascer do sol. Vi tudo isso deitada em nossa cama, agarrada ao edredom, olhando em direção à janela enquanto esperava meu marido voltar.

São seis horas da manhã. Permaneci na mesma posição durante toda a noite. Fiz esforço para levantar. Sentindo-me fraca e tonta pela falta de alimento no organismo, principalmente depois de ter vomitado. Vou me apoiando na parede até o banheiro. O que vejo em frente ao espelho é tudo, menos eu.

Olheiras enormes, olhos fundos e tristes, palidez evidente, cabelos opacos. Pela segunda vez, eu virei a noite acordada tentando resolver algo que não tem solução.

Meu corpo protesta com os movimentos para retirar as peças de roupa. A noite toda deitada na mesma posição teve seu preço, mas nenhuma dor física é suficiente para amenizar a dor que meu coração está sentindo.

Entro embaixo do jato de água morna e à medida que meu corpo vai relaxando, as lágrimas involuntárias descem por meu rosto misturando-se à água que cai do chuveiro. Não emito nenhum som. Estou sem forças até para gemer de dor.

Retiro a espuma do sabonete, seco-me e enrolo meu corpo na toalha felpuda. Volto para o quarto e procuro uma roupa leve para vestir. Novamente escolho algo que eu tenha comprado, um vestido soltinho azul. Penteio meu cabelo e faço um rabo de cavalo, recoloco os óculos.

Sem vontade nenhuma de comer, mas precisando ocupar a mente, eu me vejo caminhando para a cozinha. Coloco água para ferver, separo umas torradas, corto queijo, faço ovos, preparo um suco de laranja fresco e levo tudo para a mesa. Comi bem pouco para não passar mal outra vez. Estava difícil engolir e manter qualquer coisa no meu estômago.

Não quero admitir, mas no meu íntimo eu estou pedindo a Deus e torcendo para que Douglas volte para casa e que possamos conversar com mais calma, mesmo sabendo que não tem solução, preciso conversar com ele e dizer tudo o que eu sinto. Ele precisa saber.

Suas palavras foram muito duras e me feriram demais. Achar que eu me aproveitei da situação para ficar no lugar da minha irmã é absurdo. Eu passei a noite inteira evitando os pensamentos que estão surgindo agora. Relembro sua voz grave me acusando, seu olhar feroz e magoado, sua saída intempestiva.

Seco as lágrimas que teimam cair por minha face. O que eu estou fazendo aqui? Ele não vai entender nunca. E eu não mereço ser uma substituta, usurpando o lugar que é da Giovana. O amor que é dedicado a ela. Não mais.

Minha intenção era esperar por ele e conversarmos, mas não aguento mais ficar aqui, onde as lembranças do que vivi há até dois dias atrás estão em cada canto que eu olho, em cada cômodo que eu vou.

Meu coração dispara assim que tomo consciência da minha decisão.

****

Com uma mala grande e pronta, eu me sento na cama guardando alguns pertences menores na bolsa. Fotos do meu casamento, laptop, documentos - que eu sei que são da minha irmã, mas preciso devolver à mamãe - mais algumas coisas e fecho a maleta.