DESTINOS TROCADOS - Unidos pelo acaso
Sinopse:
Você conseguiria ser feliz sabendo que essa felicidade não seria sua, caso o destino não tivesse embaralhado tudo?
Suportaria saber que você ocupa o lugar de outra pessoa? Uma pessoa que você ama muito...
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Quinze dias depois
Depois de tanta insistência por parte de Giovana, me animei a tirar uns dias de férias. Conversei com meu editor-chefe e depois de algumas horas, consegui meu mês de descanso que começa hoje.
Assim que soube o dia que poderia viajar, liguei para minha irmã, que ficou extremamente animada. Combinamos tudo e começamos a nos organizar para a viagem.
Comprei uma mala, porque a minha estava velha. Aproveitei para consumir tudo o que poderia estragar durante o meu período fora, comprei umas roupas e aproveitei e comprei presentes para todos da fazenda, até para os empregados mais antigos que me viram crescer e correr por aquelas terras.
Então hoje é o meu primeiro dia oficialmente de férias. Resolvi arrumar a casa e deixar tudo organizado para quando eu voltar. Giovana só poderá ficar uma semana e, a princípio, eu também. Mas tudo vai depender de como serão esses dias na fazenda, posso mudar de ideia e ficar o mês inteiro por lá, matando a saudade de velhos amigos e da minha família.
Com muita paciência, arrumei minha mala. Eu sou obcecada por organização, um enorme defeito, pelo menos eu acho. Minhas roupas foram dispostas por tipo e cores, meias organizadas, sapatos ensacados e colocados em ordem de tamanho. Demorei um bom tempo organizando tudo e quando vi, já tinha três malas lotadas.
Giovana e eu fomos ao mercado comprar algumas besteiras para a viagem. Desde pequenas, quando viajávamos com nossos pais, já que gostávamos de comer durante a viagem. Mas não é simplesmente comer, é o "desafio" que torna tudo mais engraçado e prazeroso.
Então compramos todo o tipo de guloseimas, gordices e refrigerantes. A viagem até Belo Horizonte dura cerca de cinco horas, então teremos muitos desafios pelo caminho. Parecíamos duas crianças no supermercado comprando só besteiras. Já deixamos tudo arrumado no banco de trás do carro dela e amanhã só precisarei colocar minhas malas e estar bem disposta para me divertir e revezar a direção com ela.
A noite chegou e com ela a ansiedade também. Faz muito tempo que não vamos à Fazenda Raio de Sol, muito tempo que não vemos nossos primos, tios, amigos, vizinhos e, os mais importantes, nossos pais e avós.
Fátima e Augusto, nossos pais, são pessoas animadas e simples que gostam da vida no campo. Assim que se casaram foram para o Rio de Janeiro. Mamãe fez faculdade de administração e papai de agronomia e após terminarem, voltaram para Belo Horizonte e passaram a administrar a fazenda dos meus avós paternos. Mamãe já não tem seus pais há muito tempo. As terras dos meus avós maternos eram coladas nas terras do papai, por isso decidiram unir as fazendas e torná-las uma só.
Só em pensar neles, meu coração aperta. Estou com tantas saudades deles que chega a doer. Faz longos dois anos que não nos vemos. Já imagino a festa que será quando chegarmos na fazenda. Vovó Maria já mandou nos avisar que está providenciando tudo o que gostamos de comer. Bolos, tortas, doces, compotas, simplesmente tudo. Quando mamãe me ligou e contou que vovó estava na cozinha fazendo nossos doces preferidos, meus olhos se encheram de lágrimas, uma vontade sem tamanho de abraçar minha vozinha tomou conta de mim.
