A Garota

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Eu estava na sala de treinamento duelando com um dos melhores guardas, Lucas, e tentando acertar os golpes com precisão.

- Se continuar assim seu oponente vai te derrubar em questão de dez segundos e você irá morrer – encarei meu pai de maneira irritadiça.

- Estou só treinando.

- São os treinos que vão garantir que esteja viva no final. Não queria que você tivesse que fazer isso.

- Achei que estivesse orgulhoso de mim.

- Isso era antes de saber que era um combate até a morte. Não quero perder minha filha também, onde você estava com a cabeça quando aceitou? – sequei o suor da testa e o encarei.

- Achei que conhecesse os termos da luta.

- Não sabia que era um duelo marwolaeth.

- O que você esperava pai? É obvio que seria duelo marwolaeth ou você esperava que fosse até o primeiro de nós ficarmos cansado? – empunhei a espada novamente.

- Eu não sei o que eu esperava, mas não achava que você arriscaria sua vida com isso.

- Como você já fez tantas vezes? – o encarei seriamente.

- Sim – ele me lançou um sorriso doce, mas pesaroso – eu sei como é perigoso e não queria que você se arriscasse desse jeito.

Meu pai fez um sinal para que Lucas se aproximasse de nós, então tomou a espada de sua mão e testou o peso dela, quando ele finalmente empunhou a espada como perfeito espadachim que era e me encarou.

- O que está fazendo?

- Que tipo de pai eu seria se não apoiasse minha filha quando ela mais precisa? – O encarei, ainda sem entender.

- Em guarda – gritou. E eu entendi.


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