Cheguei em casa tarde da noite, meu pai havia chegado bem antes, estranhei o fato de estar tudo aceso. Entrei com Theo logo atrás de mim, desembainhei e espada que estava em meu cinto, eu estava com roupas oficiais devido à coroação. Meu coração estava aos pulos, ao chegar à cozinha havia sangue e um copo levando ao fundo da casa, que dava para a floresta, quando abri a porta meu coração parou. Meu pai estava caído no chão completamente ensanguentado com uma flecha negra no peito e Meredith estava de pé um pouco afastada dele com um vestido negro, um arco nas mãos e um sorriso nebuloso, os seus olhos verdes faiscando de raiva.
- Liz, minha querida Liz, vejo que trouxe o seu noivo a nossa pequena reunião.
A confusão em minha mente estava a mil por hora. Meu coração estava borbulhando ódio, raiva e desespero. Ainda podia ver o peito do meu pai subir e descer fracamente.
- O que você fez? – perguntou Theo em um sussurro.
- Me vinguei querido, me vinguei por sua preciosa noiva ter matado meu marido.
- Marido? – questionei.
- O nome Edward Gerard soa familiar para você minha querida?
- Rei Edward – Theo sibilou.
- Oh! Então você o conhece pequeno guarda. Agora eu vou explicar o que vai acontecer: primeiro eu vou atirar uma flecha em sua perna e depois nos lindos olhos castanhos do seu namorado e então eu vou atirar uma nos seus pulmões para que você morra sofrendo e afogada com o seu próprio sangue enquanto assiste a vida deixando seu pai e seu noivo.
Meu sangue gelou e não havia nada que pudéssemos fazer. Meredith ergueu o arco e puxou a corda, eu fechei os olhos e esperei que a morte me acolhesse, eu a ouvi soltar a corda e então nada aconteceu. Meredith engasgou e eu a vi cair sobre os joelhos com uma lâmina atravessada no peito e uma forma de capuz surgiu atrás dela, uma mulher. Ela retirou correu e ajoelhou ao lado de meu pai que ainda respirava com dificuldade, retirou a capa e eu a reconheci imediatamente, os cabelos loiros e cheios.
- Mamãe – sussurrei.
- Liz, venha aqui – meu pai disse ainda mais baixo que eu e com muita dificuldade.
Ajoelhei-me ao lado dele.
- Querida, perdoe sua mãe, ela não se lembrava – Ele disse e teve uma crise de tosse, sua boca ficou suja de sangue.
- Mas agora me lembro de tudo, me perdoe.
- Não é hora disso, minha menina, nunca se esqueça que ser feliz. Meu amor recupere o tempo pedido, nossa filha precisa mais de você agora que nunca e meu garoto, você sempre foi meu favorito e sabe disso, cuide bem dela.
- Papai, não fale como se fosse uma despedida, por favor. – Lágrimas quentes rolavam sobre minhas bochechas.
- É uma despedida meu amor e você sabe, ela acertou meu pulmão com uma flecha, estou sendo afogado pelo meu próprio sangue. Agora alcancei minha máxima honra.
- E que honra há na morte papai? Eu preciso de você vivo.
- Minha honra é morrer por aqueles que amo. - Ele fraquejou um sorriso. - Eu te amo minha pequena, seja feliz.
- Por favor, não, eu não quero te perder.
- Não vai me perder querida, as pessoas que amamos sempre permanecem vivas em nossos corações para sempre. – Eu assenti e tentei retribuir o sorriso.
- Estaremos juntos para sempre. Sua luta acabou James Grant Prímor. – eu disse.
E então ele sorriu, fechou os olhos e deixou-se guiar até Deus.
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O REINO DAS ESPADAS
RomanceElizabeth Prímor nunca foi uma garota qualquer, nem exatamente feminina ou do tipo que só pensava em maquiagem e garotos. Ela era uma guerreira, literalmente. Tinha seu melhor amigo que nada mais era que um príncipe. Uma guerra estava prestes a acon...