O Príncipe

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Estendi meu braço para Elizabeth, ela estava obviamente nervosa, a proposito ela se casaria daqui alguns minutos. Ela estava linda, usava um vestido branco simples e um penteado elaborado com algumas flores na cabeça. Sarah havia feito um bom trabalho. Eu e Sarah havíamos nos casado no mês anterior com toda decoração e extravagancia possível, ideia da minha mãe, é claro. Ao contrario da minha cerimonia, a de Lizzy era simples, contava apenas com algumas pessoas, minha mãe e meu pai, eu e Sarah, a mãe dela e o exército de elite, cujo ela fazia parte.

Estávamos no Jardim Azul, como ela chamava, algumas mesas e cadeiras foram dispostas sob a arvore e um pequeno altar formado com ramos de rosas azuis estava um pouco à frente, o sol do fim da tarde deixava tudo especial. Luzes de led se espalhavam para iluminar o jardim no cair da noite. Liz me olhos mais uma vez, lancei um sorriso curto a ela, a marcha nupcial começou a tocar e nos dirigimos em direção ao altar. Theo a aguardava com um sorriso de orelha a orelha e olhava para ela com ansiedade, chegamos a ele.

- Mais alguns segundos e eu achava que ia ter que arrancá-la de seus braços. – disse ele para mim.

- Paciência é uma virtude.

- Uma virtude que eu não tenho.

Liz deu uma risadinha e entregou o buque de rosas azuis para Sarah, que estava ao lado dela como uma perfeita dama de honra. Ele deu um beijo na testa da futura esposa e se puseram em frente ao profeta enquanto eu me posicionava ao lado da minha esposa. Entrelacei minhas mãos as dela e depositei um beijo nelas, ela me olhou com os olhos violetas cheio de ternura e eu me apaixonei por ela outra vez. Acho que seria sempre assim, eu me apaixonaria por ela todos os dias, em cada instante, cada vez que eu colocasse meus olhos nela eu me apaixonaria. Foi assim desde a primeira vez que eu a vi.

A cerimonia foi ótima, bastante romântica. Todos estavam sentados a uma mesa e eu estava sentado à direita de Theo, com Sarah ao meu lado. Eu teria que fazer um discurso em homenagem a minha melhor amiga, não é como se fosse algo exatamente difícil.

- Bem Theodore, nós tivemos um inicio difícil, você morria de ciúmes de mim e eu sei que sou uma pessoa atraente e você estava apaixonado, mas não precisava de tanto – todos riram – Eu teria que fazer um discurso sobre vocês, sobre como vocês sempre me apoiaram e sempre se amaram e tudo mais, seria muito fácil falar coisas assim sobre vocês, seria apenas a verdade. Eu estou muito feliz por essa união ter sido realizada na minha presença, foi muito tempo de espera, mais ou menos uns dez anos, caramba Theo como você é lerdo.

- Não reclama que você também demorou. – ele retrucou.

- Você está certo, eu demorei mais do que gostaria. Eu espero que você a ame todos os dias, e se apaixone por ela a cada instante, a cada vez que você olhar para ela que você se apaixone de uma maneira mais sincera do que a anterior, que você a ame com tudo aquilo que você tem e tudo quilo que é, e nunca a magoe, pois se isso acontecer eu vou ser obrigado a usar minha espada real para arrancar suas bolas.

E assim finalizei meu pequeno discurso, todos brindaram e agradeceram uns aos outros. A cerimonia terminou um pouco tarde e tudo que eu conseguia pensar era em levar minha esposa para casa.

Saí do banheiro vestindo apenas uma calça de moletom cinza e andei descalço até minha cama, querendo encontrar minha esposa, mas ela não estava lá. A porta da sacada estava aberta e minha Sarah cantava uma canção baixinho apoiada no peitoral, em sua mão repousava uma pequena criaturinha brilhante, uma fada mensageira, elas eram raras e só se aproximavam de pessoas com o coração puro, não podiam se aproximar de reis, pois seus poderes eram capazes de confundir nossos sentidos, mas Sarah era acostumada a presença delas. Fiquei as observando por alguns segundos e então a fada foi embora. Sarah não tinha me visto ainda. Aproximei-me devagar e a abracei por trás, passando as mãos ao redor de sua cintura e sentindo a pele quente debaixo da camisola de seda, ela se inclinou ao meu abraço e eu enterrei o nariz em seus cabelos escuros com cheiro de chocolate. Ela se virou para mim e seus olhos estavam cheios de lagrimas.

- O que houve?

- Eu só estou um pouco emocionada com a notícia que recebi.

- O que foi?

Ela abriu a mão e uma pequena flor azul repousava em sua mão, a flor brilhava como as estrelas. A encarei confuso, não entendi o que isso significava.

- Eu estou grávida, é um menino.

Eu sorri e a beijei e a girei no ar. Ela riu gostoso. Seriamos nós três, eu, ela e um garotinho lindo. 

O REINO DAS ESPADASOnde histórias criam vida. Descubra agora