Capítulo 4

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Logo em seguida a ambulância chegou, paramédicos vieram em minha direção e outros entraram na casa. Me desvencilhei de Tonny e deixei que se aproximassem de mim.

Novamente, queriam saber como eu estava, se estava bem. Repeti que o sangue não era meu. A enfermeira verificou minha pressão e perguntou se eu queria analgésicos para a dor de cabeça que ainda pairava em mim antes mesmo de tudo aquilo acontecer. Aceitei, apesar de achar impossível melhorar. Ao passo que o tempo ia passando, a realidade do que aconteceu parecia se consolidar mais. 

- Vamos continuar coletando evidências e investigando. - Trevor disse, quando finalmente saiu de lá - A casa tem que ficar interditada por um tempo, assim poderemos trabalhar na cena do crime. Os corpos serão retirados do local, para ser feita a autópsia. Mas não precisa se preocupar com a parte burocrática, farei isso por você. Terá apenas que assinar alguns papéis e me acompanhar até a delegacia. Tem algum lugar para ficar durante as investigações? - Perguntou Trevor, mantendo os olhos fixos em Tonny, como se esperasse a resposta dele.

- Sim, ela tem. - Ele não demorou em responder.

- Certo, mas antes vamos à delegacia para que você possa prestar depoimento. Isso será muito importante. Sei que é pedir demais, mas é necessário, precisamos de sua ajuda. - Penso que ele trabalha há muito tempo na profissão, fala sempre tentando me manter o mais à vontade possível - Peço que retire da casa as coisas que precisará para se manter em outro lugar. Você tem algum familiar para que possamos entrar em contato? 

- Não próximo daqui, os parentes que Laura tem moram em outra cidade, mas pode deixar que eu os aviso. - Respondeu Tonny novamente.

- Me desculpe, mas que é você? - Indagou Trevor.

- Anthony Scott.

O que me resta?Onde histórias criam vida. Descubra agora