Capítulo 13

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- Laura, me responde. - Sinto meu corpo ser chacoalhado por diversas vezes. - Por favor! - Suplica a voz de Tonny, estranhamente controlada.

- O que houve? - Há uma dor de cabeça intensa que faz meus olhos latejarem e tento abri-los com dificuldade.

- Temos que sair daqui agora. - Diz com grande preocupação.  

Tento me levantar, mas meu corpo está abatido e inseguro. Olho ao redor para reconhecer o lugar, meu quarto. Esforço-me a lembrar o que aconteceu antes de me encontrar naquele estado, mas meus pensamentos são interrompidos ao percorrer meus olhos pelo chão e ver uma faca com manchas escuras perto de mim. Aquilo me assusta profundamente. 

- O que faremos a respeito disso? - Tonny nota o espanto em meu rosto - Se nos pegarem aqui e com a faca, vão achar que fomos nós que fizemos tudo, temos que ir.

- Isso é o que estou pensando? - Aponto com as mãos trêmulas para a faca e num impulso meu corpo se lança para trás, grosseiramente, numa tentativa de me afastar de tudo aquilo. Solto um grito fino e reprimido, uma das mãos de Tonny cobre minha boca e a outra me junta para perto de seu corpo buscando me acalmar.

Meu olhar de desespero o percorre ao perceber que passos estão se aproximando do quarto. Não sei o que fazer, meu corpo simplesmente paralisa, enquanto Tonny tenta me fazer reagir. Estamos muito encrencados. 

- Tem alguém aí? É a polícia, identifique-se. - Grita uma voz, enquanto a maçaneta da porta é girada.

Levanto rapidamente, me aproximando da janela, mas a porta se abre antes que possamos passar por ela e armas são apontadas em nossa direção. 



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