O ato covarde. Ela fugiu.

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Depois de provoca-la daquela forma tão insinuante preferi tomar o meu café em silêncio. Porém, o meu olhar era fixo em Laura e isso a deixava visivelmente incomodada. Acabando de tomar o meu café peguei as minhas coisas para trabalhar, mas antes não podia deixar de dar um beijinho de "bom trabalho" em Laura. Eu não podia resistir em fazer isso, eu adoro ver o jeito que ela fica quando a provoco.
Laura já estava na lavanderia que fica do lado de fora saindo pela cozinha. Chegando lá, chamo por Laura sussurrando o seu nome encostando-me na porta atrás dela. Laura achando que eu já tinha ido trabalhar pelo silêncio na casa, se assustou ao perceber a minha presença ali. Nesse momento o balde que ela segurava com água vira sobre sua Baby Look rosa claro que fica visivelmente transparente e para minha surpresa, grata surpresa, ela estava sem sutiã. Vi então seus belos seios arrepiados pela água fria. Não resisti e comecei a rir, a cara de espanto dela era um tanto quanto engraçado. Porém, o jeito que ela ficará era muito provocante.

- "Tudo bem Laura?" eu pergunto

- "Não foi a minha intenção te assustar... Mas sabe, até que não está tão mal a visão daqui..."

Brinco esboçando um sorriso sarcástico e indo em sua direção pegando uma toalha no varal.

- "Deixe-me te secar, não quero que fiquei resfriada"

Laura visivelmente irritada toma a toalha da minha mão e diz:

- "Não precisa se preocupar dona Marina, eu posso me secar sozinha. A senhora já deveria estar no trabalho a essa hora."

Laura nunca tinha falado comigo daquela forma, mas isso até que me deixava com um certo tesão. Adoro mulheres bravas. Porém, não queria ser inconveniente.

- "Desculpe-me. Eu só queria ajudar... Bom, vou indo então. Até mais Laura."

Fico sem resposta então, deixo ela se secando e vou trabalhar.

Laura:

Sim, eu sei, eu não deveria ter respondido a Marina desta forma, porém, ficar perto dela quando me olha daquele jeito, como se me desejasse a cada segundo da porra do dia não estava me ajudando a colocar minha mente de volta no lugar. Quando dei por mim já havia arrancado a toalha de suas mãos e respondido grosseiramente.
Observei Marina virar-se e sair do local. Eu respirei fundo enquanto me encostava na parede, fechei os olhos sentindo meu corpo todo relaxar, livre da tensão que eu sentia a dias, sempre quando estava perto dela, por Deus, parecia que isso não ia acabar nunca pelo jeito.
Me desencostei da parede e voltei para dentro da casa indo em direção ao meu pequeno quarto enquanto tentava inutilmente secar minha blusa com a toalha. Ao entrar no quarto tratei logo de pegar uma blusa e um sutiã no armário. Após estar devidamente trocada voltei para a lavanderia, precisava colocar algumas roupas para lavar. Tinha muita coisa pra fazer, arrumar a sala, toda a cozinha, lavar o banheiro e arrumar o quarto de Marina. Eu tinha um trabalho a manter, não podia ficar me dando ao luxo de passar o dia pensando nas sensações que minha patroa me causou enquanto me tocava e me tomava para si daquela forma tão.. Intensa, maravilhosa, deliciosa... Ai ai, como eu adoraria repetir. Penso comigo e logo em seguida... Paro estática no meio do caminho até a lavanderia e arregalando os olhos percebo o rumo que meus pensamentos estão tomando.

- "Você NÃO pode pensar isso Laura! Lembre- se: Você está noiva, NOIVA! Talvez você devesse aceitar o convite de sua mãe e passar uns dias em sua cidade e aproveitar para ver o seu noivo. Quem sabe assim você consegue colocar a cabeça no lugar e esquecer Marina... Isso, é isso que devo fazer"

Balanço a cabeça para afastar meus próprios pensamentos e volto a caminhar, decidindo momentaneamente deixar Marina fora da minha cabeça...

Será que eu consigo?!

LaurinaOnde histórias criam vida. Descubra agora