Flashback

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Marina...

Depois de descobrir que Letícia era a minha Letícia revivi um verdadeiro flashback naquela sala.

Ela havia me mostrado a foto que eu tinha tirado dela no campus no primeiro dia que a vi.
Eu não sabia o que fazer, afinal, tinham se passado anos e era inevitável não lembrar dá falta que ela me fez.

Levanto-me da cadeira e vou até ela para dar-lhe um abraço.

- Não acredito que é você. Como eu senti sua falta!

- Eu também!

Diz ela retribuindo o abraço e me apertando forte.

Ficamos assim por algum instante até que Jessy nos interrompe trazendo o meu lanche.

- Senhora Marina, aqui está o que me pediu.

- Obrigada Jessy! Mas acho que vou preferir almoçar fora. Temos muita coisa para conversar.

Digo isso olhando para Letícia.

Saímos do meu estúdio e fomos até um dos melhores restaurantes da cidade. Pelo caminho fomos conversando e enquanto Letícia ia me contando sobre o que havia feito nesse tempo todo, eu não conseguia fazer outra coisa a não ser olha-la.

- Nossa, ela está mais linda do que nunca!

Penso comigo mesma.

Chegando no restaurante solicito a mesa de sempre. Eu costumava ir bastante naquele lugar, sua comida era divina. Enquanto esperávamos o nosso pedido ficar pronto continuamos conversando, e algo que não acontecia há muito tempo aconteceu. Nossas mãos se encontraram sobre a mesa enquanto falávamos e mais uma vez não se soltaram. Era incrível como um sentimento podia estar vivo mesmo depois de muito tempo. Senti todas as sensações que vivemos no Kaffee Hill. Era estranho sentir tudo aquilo.

Ao acabar de comermos convidei-a para um passeio, iria leva-la para um dos meus lugares favoritos. Era um Mirante na praia onde costumava ir para pensar. Um Deck de madeira nos levava até o topo do mirante que era relativamente alto. O vento que vinha do mar, o som das ondas quebrando nas pedras e o sol brando batendo no nosso rosto tornava aquele lugar simplesmente perfeito.

Estávamos Letícia e eu mais uma vez juntas. Entre conversas e trocas de olhares o clima foi ficando mais íntimo, parecia que o tempo não tinha passado, até nossas brincadeiras idiotas estavam acontecendo. Foi então que numa dessas, quando comecei a implicar com ela fazendo cócegas a segurei em meus braços quando ela se desequilibrou. Nossos olhos num olhar profundo se fundiram, percebi a minha respiração mudar e a dela também. A tensão cresceu entre nós e não havia outra coisa a se fazer senão beija-la. Uma explosão de sentimentos surgiu quando meus lábios tocaram os dela.

Seus lábios macios, o cheiro de sua pele, o toque de suas mãos em meu rosto... Parecia que eu tinha 18 anos novamente. Quanto mais a gente se beijava mas me dava vontade, eu precisava tê-la novamente. Se eu já queria quando ela era apenas uma modelo que eu iria fotografar, imagine agora sabendo que aquela modelo não era qualquer uma, mas sim, a "minha modelo".

Então, em meio aos beijos sugeri que fossemos para minha casa e ela com um olhar bem malicioso acenou com a cabeça que sim. Caminhando para trás me puxou pela mão em direção ao carro. Ela deixou mais do que claro com aquele gesto que queria tanto quando eu.
E não podia perder tempo, dirigi o mais depressa que eu pude até que chegamos na minha casa.
Nós mal conseguimos esperar chegar ao quarto, só deu tempo de entrar e fechar a porta atrás de nós.

Seu corpo estava relativamente mudado. Antes um menina, agora uma provocante e sensual mulher. Tirando seu vestido pude comprovar melhor essa observação. Ataquei seus belos e redondos seios com a minha boca, para a minha alegria ela costumava não usar sutiã, e bom, nem precisava. Suas unhas, agora grandes, arranhavam as minhas costas enquanto eu ia beijando desde o seu pescoço até seus seios.

Agarrei-a pela cintura e a pus no balcão que separava a sala da cozinha. Abri suas pernas e fui tirando a minha roupa enquanto a observava. O olhar dela sobre o meu corpo dava a entender que ela também tinha percebido que eu não era mais aquela menina. Era visível como ela havia gostado do que tinha visto pelo fato de que ao tirar minha camisa ela começou a beijar e passar suas mãos pelo meu corpo.

Me lancei sobre seu corpo nu e que exalava prazer. Puxei seus cabelos dominando completamente a situação, ela suspirava e gemia como se concordasse com aquilo, deslizei minhas mãos e penetrei meus dedos de forma intensa. Já dentro dela pude sentir seu calor, textura e pulsação, escorria pelos meus dedos todo o seu prazer. Quanto mais a penetrava, mais ela queria. Ela me pedia por aquilo mesmo sem dizer uma palavra. Suas pernas, travadas em minha cintura, me puxavam pra bem junto dela, e eu nem era louca de me afastar naquela hora.

 Mas, eu precisava de mais. Levantei e a carreguei até o sofá onde a pus sentada no meu colo. Fiz ela se encaixar entre as minhas pernas e pus meus dedos delicadamente dentro dela afim de que ela me sentisse invadindo seu íntimo, centímetro por centímetro. Enquanto ela  se posicionava sobre meus dedos puder sentir como ela estava apertada, molhada, pulsante. Que sensação divina, por um instante pensei que fosse gozar simplesmente tocando-a. 

Ela cavalgava sobre mim como na nossa primeira  vez e aquilo era sensacional, poder reviver todas as sensações que nossa paixão nos proporcionava, nossa química era nitidamente forte e a saudade de todo esse tempo distante intensificou ainda mais as coisas. Seus seios balançavam enquanto quicava e rebolava sobre mim como se dançasse uma coreografia perfeita no meu colo. Seu cabelo jogado de lado e suas mãos agarradas nas minhas pernas enquanto seu corpo se jogava pra trás intesificando os movimentos era maravilhoso. Eu estava completamente envolvida e cheia de tesão. Eu não conseguia para de dizer o quão aquilo era maravilhoso e de sussurrar tudo que eu queria e iria fazer com ela e era perceptível pelos gemidos que ela dava que aquilo a excitava bastante e a mim nem preciso dizer.

Em um rápido movimento a coloquei de quatro pra mim com as mão nas costas do sofá, me posicionei por detrás,  agarrei o seu cabelo e puxei dominando-a com força e virilidade. Ela me olhava por sobre os ombros com cara de quem adorava ser dominada. Seu corpo correspondia totalmente os meus estímulos, agora seus gemidos eram altos e sua respiração ofegante. Enquanto metia com força e rapidez meus dedos dentro dela sussurrava palavras maliciosas e ela me pedia mais, mais rápido, mais forte, mais intenso. Estávamos pegando fogo. Num movimento rápido a pus deitada no sofá de frente pra mim. Abri suas pernas e a beijei descendo precisamente para beijar seus lábios, chupei de forma intensa, minha língua a invadia e eu a colocava o mais fundo que eu podia. Sentia seu gosto intenso na minha boca e aquilo era melhor do que qualquer vinho.

Continuei chupando e com meus dedos dentro dela agarrei sua coxa para traze-la pra mais perto da minha boca, minha língua fazia círculos em seu interior, suas mãos acariciavam minha cabeça e a pressionava contra sua virilha como se pedisse pra eu ir mais fundo, e eu fui. Chupei com vontade na mesma medida em que a fodia com meus dedos, até que percebi que ela estava prestes a gozar. Subi até a sua boca e a beijei para que pudesse sentir seu próprio gosto depois sussurrei:

- Não goza! 

 Ela claramente não estava mais aguentando de tanto prazer, foi quando começou a implorar para que eu a deixasse gozar. Ela gemia e gritava me pedindo aquilo que a tanto tempo ela  queria, gozar pra mim, gozar comigo, se sentir minha de novo. Vendo ela daquele jeito não me restou outra escolha a não deixa-la chegar ao seu ápice. Foi quando cheguei bem perto do seu ouvido e sussurrei:

- Goza, mas goza bem gostoso pra eu ouvir...

Bastou apenas isso para que ela gozasse divinamente em meus dedos. O orgasmo mais intenso que já vi. Pude sentir seus músculos internos se contraírem e relaxarem após esse ápice de prazer. Foi mais que uma transa, foi o reencontro de nossas almas.
Visivelmente cansadas ficamos ali jogadas no sofá por um tempo até que a convidei para um bom banho de banheira onde poderíamos repetir a dose outra vez...

LaurinaOnde histórias criam vida. Descubra agora