Por que tão fielmente?!

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Laura...

Sexto dia longe de Marina.

Carlos Henrique havia me chamado para jantar. No momento estávamos no carro indo para algum restaurante qualquer que ele havia escolhido. Eu estava distraída olhando as ruas e as paisagens, não vinha aqui a bastante tempo. As vezes me batia muitas saudades. Eu fiquei tão concentrada nos meus próprios pensamentos que nem percebi quando chegamos ao restaurante, parecia ser um dos melhores da cidade.

Carlos deu a volta no carro e abriu a porta pra mim, sorri gentilmente pra ele e segurei suas mãos enquanto ele me ajudava a sair. Em seguida deu as chaves do carro para o manobrista e caminhamos para dentro do restaurante.

Aquele ambiente tranquilo e com ar romântico me fazia pensar ainda mais em Marina. Lembrava-me das noites em que ela tinha mania de acender velas pela casa, colocar uma música no rádio e dançar feito uma maluca no meio da sala enquanto eu lavava a louça do jantar.

Eu não estava entendendo o que estava acontecendo comigo, eu costumava adorar passar minhas horas com ele, adorava o jeito que sua boca mexia enquanto ele falava, como ele costumava gesticular com suas mãos, como ele tem uma mania insistente de passar as mãos pelos seus cachinhos que eu sempre fui apaixonada, seu queixo e lábios bem desenhados, seus dentes brancos e o seu cheiro que sempre me deixou completamente alucinada. Tão alucinada a ponto de me agarrar nele e não solta-lo até que a manhã aparecesse e eu enfim pudesse dormir agarrada em seu corpo como nós já fizemos várias vezes desde nossa adolescência.
Talvez eu devesse tentar fazer isso com ele hoje, passar minhas horas com ele, dar a atenção que ele tanto merece, afinal esse foi o homem que eu escolhi pra passar a vida.

Já dentro do restaurante, o garçom nos leva até a mesa que estava reservada. O lugar era incrivelmente lindo e aconchegante. Sentados um de frente pro outro pude perceber como Carlos olhava para mim. Era como se ele visse o mundo inteiro bem na sua frente, isso me deixava desconcertada porém muito lisonjeada. Ele foi o meu primeiro namorado e tudo que vivemos não poderia ser desfeito por uma loucura de 1.73m, olhos penetrantes, lábios carnudos e beijos de tirar o fôlego... Ai meu Deus o que estou fazendo de novo?! É melhor eu me concentrar em Carlos afinal ele se esforçou muito para me trazer para um dos melhores restaurantes da cidade e fazer com que eu me sinta a mulher mais sortuda, e talvez eu seja.

Após pedirmos nossos pratos escolhemos o vinho para acompanhar o jantar, Carlos sabia bem os meus gostos, era notável como ele era atento aos detalhes. Entre uma taça e outra e saboreando aquele jantar maravilhoso, Carlos e eu relembrávamos histórias do começo do nosso namoro, como naquela vez quando nos escondemos atrás do carro do pai dele para dar uns amassos e quase fomos pegos. Ou naquele dia quando ele me levou ao cinema pela primeira vez e demos nosso primeiro beijo. Relembrar esses momentos da nossa trajetória me fizeram perceber o porquê de eu ter me apaixonado por ele. Carlos ainda me olha como se tivéssemos 17 outra vez. 

A noite estava sendo incrível, confesso que não conseguia mas pensar em nada além de beija-lo e toca-lo como quando éramos adolescentes. Depois da sobremesa, Carlos pagou a conta e fomos pegar o carro, antes de chegar até o estacionamento, como por impulso me lanço sobre seus lábios e lhe dou o beijo mas quente e apaixonado, ele me retribui segurando firmemente minha cintura e me puxando para mais perto do seu corpo como se dissesse: "Você é minha!". Aquilo me deixou com tanto tesão que eu não podia pensar em outra coisa a não ser me entregar pra ele.

Tínhamos acabado de sair do elevador do prédio de Carlos.

Suas mãos passeavam loucamente pelo meu corpo enquanto seus lábios beijavam e mordiam meu pescoço. Eu peguei a chave de sua mão e me virei em direção a porta para tentar abrir a mesma, porém ficava meio difícil com ele atacando a minha nuca e tentando enfiar as mãos por debaixo do meu vestido. Quando enfim consegui abrir a porta e entrar ele nem ao menos me deu tempo de pensar, me prensou na parede e voltou a atacar meus lábios de forma que me deixava sem ar. Suas mãos subiam pelo meu corpo trazendo meu vestido junto e tirando-o em seguida. Eu desci minhas mãos até sua cintura e puxei sua blusa tirando a mesma de seu corpo, eu adorava observa-lo. Ele me levantou e me puxou para o seu colo enquanto caminhava em direção ao quarto e tirava meu sutiã ao mesmo tempo. Eu definitivamente estava gostando muito de ser tocada por ele, a chama da nossa paixão tinha sido reacendida com sucesso.

Quando chegamos em seu quarto, Carlos me jogou na cama e continuou em pé na minha frente. Enquanto tirava seu cinto observava meu corpo como se fosse um leão observando sua presa, aquilo me deixava extremamente excitada. Quando ele tirou os seus calçados e em seguida a calça e eu percebi o quanto ele estava 'animado'. Eu me dei conta do quanto eu tinha sentido saudade de estar com ele, e que eu iria até o fim, eu precisava ir até o fim.

Ele tirou sua cueca box e ficou completamente nu na minha frente, ajoelhou-se na cama e veio em minha direção. Novamente eu senti seus lábios nos meus, suas mãos no meu corpo, eu enlacei meus braços ao redor dos seus ombros largos e retribuía seus beijos de forma desesperada. Senti sua mão deslizar para dentro da minha calcinha e com movimentos circulares ele foi acariciando meus lábios inferiores. Subtamente ele tira minha calcinha e começa a me chupar, nossa, ele realmente sabia o que estava fazendo. Meu corpo já não era controlado por mim mas sim pelo desejo que tomará conta de todas as minhas ações.

Quando menos me dei conta senti-o entrando de uma vez dentro de mim. Seu corpo viril e quente penetrando o meu com movimentos divinamente sincronizados como ponteiros de um relógio fazendo "tic tac" dentro de mim me levavam a um estado de extase total. De repente fui surpreendida por todas as sensações maravilhosas que ele sempre me causou. O frio na barriga, os espasmos que passaram pelo meu corpo, a sensação de levitar fora de si. Carlos conhecia meu corpo como ninguém e me provou isso pela forma gloriosa que me fez gozar para ele, como ele sempre fazia. Pude senti-lo pulsar dentro de mim depois de gozar e aquilo foi melhor do que eu achei que fosse ser depois de todo o ocorrido com Marina. Carlos tinha conseguido, por alguns instantes, tira-la da minha cabeça mas temo que não tenha sido o suficiente.

Já havia amanhecido. Carlos Henrique continuava dormindo agarrado em minhas costas com o braço ao redor de minha cintura, me mantendo segura em si. Já eu?!
Mais uma noite não havia conseguido dormir, passei a noite toda olhando a lua pela janela. No momento eu estava observando a luz do sol adentrar o quarto e iluminando o tapete bege que combinava com as cortinas. Depois de tudo que aconteceu eu só conseguia pensar no quanto eu estava confusa e desnorteada. Como que depois de uma noite daquelas com Carlos eu ainda pensava tão fielmente em Marina?!


LaurinaOnde histórias criam vida. Descubra agora