Agora

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Abro a porta de casa, e tudo está muito quieto, chega a ser até constrangedor. Jogo minha mochila no sofá e vou até a cozinha. Abro a geladeira pegando a garrafa de água.

- Isa. – Dou um pulo e deixo cair a garrafa no chão, ainda bem que está com a tampa.

- Você, mais que susto! – Grito colocando a mão na cabeça.

- Você se assusta muito fácil, não é culpa minha. – Dou os ombros pegando a garrafa e indo me servir com água, talvez ele tenha razão, me assusto fácil mesmo, mas já que ele sabe fez com certeza de propósito, o que não é nada agradável. – Não quis fazer de propósito.

- Que ousado! – Nego com a cabeça.

- Eu tenho uma coisa séria para te dizer...

- Pegou sífilis? – Bebo minha água vendo ele arregalar os olhos e rir.

- Pensei que me conhece-se abelhinha. – Fala ainda rindo, pega um copo e tira a garrafa da minha mão. Coloca água em um copo e fica igual a mim apoiado na pia.

- O que quer me dizer? – Lembro-me dele querer falar algo sério e fiquei instintivamente curiosa, aliais é ele, claro que ficaria curiosa, estou em uma fase na minha vida que não nego a verdade.

- Não importa, posso falar em outro momento. – Abro minha boca, mas ele logo fica de frente para mim e tampa minha boca com sua mão gigante, reviro os olhos e lambo sua mão. – Nojenta, bom não vou lhe dar seu presente. – Passa sua mão por sua própria camiseta se afastando dois passos de mim.

-Lucas.

- Meu nome. – Olha para mim novamente. – Oh, não faça essa cara.

- Que cara? – Pergunto com "cara de inocente", não sei o motivo, mas quando faço isso os olhos do meu tio ficam mais escuros e ele acaba cedendo a tudo que peço. Dou um passo para ele e pisco lentamente três vezes meus olhos em sua direção, ele nega com a cabeça e as um sorriso de lado, colocando sua mão em cima de minha bochecha acariciando de leve, como se eu fosse uma boneca de vidro.

- Essa. – Curvo meu rosto para apreciar mais de seu toque e fecho meus olhos. – Mantenha seus olhos fechados, ok?

-Tudo bem. – Sussurro.

- E boquinha fechada. – Ouso sua voz sair um pouco rude, mas ainda com ar de diversão. Ele é louco, mas mesmo assim fecho bem meus olhos ficando atenta para meus outros sentidos.

Consigo sentir mais de seu cheiro masculino e Lucas, ele tem um cheiro especifico é refrescante com um cheiro forte, o calor de seu corpo diz que deve estar suficiente perto, ouso um barulho estranho e rezo para que Lucas não tenha se assumido um psicopata logo agora.

Sinto algo ser colocado em volta de meu pescoço, um colar.

- Pode abrir, esse é seu presente. – Sorri graciosamente e coloca as mãos no bolso. – Espero q eu goste.

- Lucas, não preci... Nossa, que lindo! – Pego com meus dedos o colar com maior delicadeza, o colar é aparentemente de prata com pingente de maça perdurada e com uma luz verde dentro.

Uma maça... Ela significa além de sedução, desejo e também fruto proibido, ele soube escolher bem.

- Fruto proibido. – Sussurro, falando mais para mim mesma do que para ele.

- Você é boa em adivinha. – Ri um pouco nervoso, acredito eu que ele queria que eu não tivesse descoberto o significado.

- E você é bom? – Pergunto, ainda olhando para o pingente que agora vou cuidar como se fosse minha vida, minha alma.

- Hã?

-Adivinhar, em adivinhar as coisas, titio. – Olho nos seus olhos e pisco para os mesmo, observando-o ficar com as bochechas coradas e arregalar um pouco os olhos, o peguei desprevenido.

-Isabella. – Falou o nome, sem me chamar por apelidos ridículos ou carinhosos, acho que peguei pesado.

- Me responda. – Dou um passo a frente, deixando mais ou menos uma palma de diferença entre nos. – Adivinha o que quero agora, neste momento.

- Além de me dar um abraço de agradecimento? – Responde-me com um pergunta.

-Tsc tsc, errou.

- Acho que não sou bom nisto, abelhinha. – Coloca uma mão em minha cintura e aperta forte fazendo com que eu prenda um pouco da minha respiração, ele percebe e sorri sacana.

- Eu. – Falo pausadamente, as duas letras separadas passando de leve minha mão por sua blusa.

- Você. – Sinto seus músculos ficarem tensos sobre meu toque, o que me agrada, o corpo delel reage tão bem ao meu.

-Quero...

-Quer. – Cola sua testa na minha sorrindo, esse sorriso que pega toda extensão de seu rosto faz com que minhas pernas fiquem bambas.

- Um beijo. – Lucas gruda sua boca na minha tão delicadamente, como se disse "tem certeza?" e eu aprofundo o beijo dando mais impulso respondendo "Sim, sim, muita certeza" e o que ele faz?

Coloca-me em cima da pia, se aproximando como um leopardo caçando sua preza, mas neste caso não sou vitima, eu estou me entregando, não sou inocente, sou refém deste caso todo.

Quero estar aqui sentindo sua mão fazendo exatamente o que está fazendo, se movimentando por meu corpo queimando-o, e sentir sua língua me invadir e seu corpo aconchegar no meio de minhas pernas, passando suas mãos grandes por minhas duas coxas e subindo para meus braços fazendo caricias doces e rudes, modo loucos apaixonados ativados.

- Outro lugar. – Ele fala não se afastando muito de minha boca.

-Agora. – Respondo. 

Ninguém vê (INCESTO) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora