Sofá

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LEIA AS NOTAS FINAIS

Corro pelas escadas, sorrindo igual boba, todos esses anos ele me ajudando em trabalhos e tarefas escolares, mas nunca estávamos assim, íntimos,nos eramos frios e reprimidos, isso vai mudar, não vou chorar anoite por causa do "bom dia" dele ser seco ou por ele não me abraçar direito. Entro em meu quarto e abro meu guarda roupa onde guardo meus materiais os pegando, quase todos e me olho no espelho,torço meu pescoço e nariz, pois eu pareço uma criança.

Uma blusa gigante de frio, moletom rosa até os joelhos e minha meia branca no pé, será que troco de roupa? Estou me sentindo a vontade e é isso que conta.

Desço as escadas vendo minha mãe sair do quarto e ir para a cozinha, ela meolha e sorri.

- Está tão feliz para estudar. - Me olha de baixo para cima e me pergunta. - Porquê?

- Acho que estou com mais facilidade.

Vou para a sala e encontro o Lucas mexendo no celular e não o sei o por que,mas ele virou seu rosto para a entrada onde eu estou e levantou as sobrancelhas, no que ele está pensando neste momento que me olha,pareço patética?

- Como sabia que estava aqui? - Pergunto colocando minhas mãos na barra do moletom e tentando abaixa-las um pouco mais.

- Pelo motivo que, ha diferença no ambiente e até no cheiro quando não está. -Bloqueia se celular e coloca na calça e vai para a ponta do sofá me dando espaço para sentar em seu lado. Eu não sou o tipo de pessoa que cora por qualquer comentário bobo, mas me sinto um pimentão no momento e eu sei mais ainda que esse comentário não é qualquer comentário.

Por que diabos temos que romantizar tudo?

Por que eu tenho que sentir umas coisas entranhas na barriga e minhas mãos ficarem frias e bochechas quentes?

- Isso foi desnecessário, falar que uma menina exagera no perfume não é uma coisa legal. - O sofá é de três pessoas, ele está sentado e uma ponta então sento-me na outra ponta.

- Não estou querendo falar isso minha garota, só estou dizendo que reconheço seu perfume. - Suspiro derrotada e jogo para ele meu livro de geografia, a página da tarefa está marcada e logo ele a abre e acena para mim. - Geografia, é, me dou bem nessa matéria também, e sei que você é ótima em humanas.

- Não quero fazer sozinha. - Levanto os ombros, que vergonha, ele sabe que tenho muita facilidade para humanas e com certeza sabe que isso foi somente uma desculpa para ficar aqui com ele, perto e sentir sua presença.

- Nem eu. -Fala e logo mostra-me aquele sorriso de lado e olhando-me fixamente nos olhos.

Observo Lucas lendo parágrafo por parágrafo e me explicando frase por frase o que eu já sei, as vezes fazemos piadinhas ou ele me testa para saber se estou mesmo prestando a atenção.

- Meu filho,não foi ao trabalho hoje? - Minha avó entra na sala com sua bolsa preta e toda arrumada para sair, eu acho.

- Peguei horas extras ontem, então hoje não vou. - Responde tirando o livro de seu colo e o colocando na mesinha de centro da sala.

- Vovó, onde a senhora vai? - Pergunto me levantando para ir até ela.

- Uma amiga  está com problemas de saúde, então eu seu avô, vamos fazer uma visitinha. - Ela mexe na bolsa, procurando algo e pela sua cara não o encontra. - Neta, viu o óculos da vovó?

-Aqui mãe. -Olho para trás e Lucas está com o óculos da vovó na mão, ele anda até nosso lado e o entrega. Ela o abraça agradecendo e me abraça também se despedindo.

Ninguém vê (INCESTO) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora