Beira da insanidade

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Boa Leitura!!

Lucas não consegue raciocinar facilmente quando se trata dela, de sua sobrinha, sua pequena e doce sobrinha. Seu coração batia de uma forma incontrolável, sua respiração acostumava a falhar, e sua mente saia de órbita.

Entre as quatro paredes que a sobrinha e o tio se encontravam naquele momento, o que ele mais queria era esclarecer as coisas, tentar ajeita-las para não virar um transtorno qualquer que seja seu tamanho, seria um difícil obstáculo. A sensação de leveza e ao mesmo tempo energética era até inadequado tentar explicar, aquilo simplesmente não teria como, ou ninguém poderia entender, não conseguiriam.

O modo como ela cruzava as pernas, tão dócil porém atitudes adultas e sua mania de falar a coisa certa, ou como a perfeição de perder o controle ao falar algo que não queria, o modo como seu corpo respondia aos seus toques, tudo isso era demais.

- Você tem essa mania sempre? – Pergunta a garota de língua afiada.

- Qual? – Lucas se senta ao lado da sua sobrinha, que se encolhe com a proximidade.

- De me chamar para uma conversa, e ficar caladão. – Ri, com um riso melodioso e cheio de travessura.

- Não, sinceramente eu gostaria de poder lhe dar um motivo para poder explicar tudo isso que ocorre entre nos, mas...

- Não quero um motivo, muito menos uma explicação. – Interrompe ela. – Poderia a explicação disto. – Estica o braço mostrando ao redor deles. - piorar nossa situação, e não queremos isso, não vou mentir, gosto quando mostra afeto por mim, mas isso me confundi, não sei se é as idades diferentes, ou minha imaturidade, por favor, quero que pare, e que não tente me explicar, nada. – Isabella se levanta virando de costas para seu tio, seus olhos estão ardendo, a sua força de vontade é enorme e não queria mostrar fraqueza na frente de seu tio, pelo qual sente algo sufocante e novo, esse novo a assusta.

Até agora, as falas de sua sobrinha passavam por sua mente, logo agora que ele gostaria de resolver e fazer disso dele algo que os dois, possam gostar, algo escondido, ele estava disposto a passar por cima, de ficar ao lado dela.
Mas sua sobrinha é a mais certa, é louco demais, como uma coisa dessa poderia passar na cabeça de um tio, um tio se sangue.

Maldito DNA!

- A segunda coisa, era para te convidar a tomar banho de piscina, Matheus quer muito te conhecer. – Somente lembrar das palavras e observações de Matheus sobre o corpo e a beleza da sobrinha seu sangue ferve, é como se todo seu corpo estivesse preparado para uma briga, mas não poderia desconfiar de seu amigo, não dele.

Estar inventando essa pequena mentirinha para passar a tarde com ela, talvez, seja sua maior prova de amor por alguém até hoje, quisera ele que ela reconhece-se isso um dia. Mas não, pois isso é uma coisa normal, o tio chamar a sobrinha para um dia a tarde.

E não que, o seu próprio tio estava desesperadamente querendo passar mais tempo e desfrutar de sua companhia.

Não importa se é a coisa mais clichê, o que importa é a verdade, e sim, Lucas nunca precisou persistir ou ser tão delicado nas palavras e gestos, para poder conquistar uma menina. Ele estava tentando conquista-la?

Ele é absurdamente forte para sua idade, seus olhos eram um pecado de tão azuis, tinham seu próprio brilho, inconfundíveis, Isabella sempre achou os meninos de olhos escuros e obscuros mais charmosos, mas a clareza dos olhos de seu tio a chamavam atenção para algo, a palavra charmosos era pouco, não existe discrição, não à igual.

Ela queria muito negar seu pedido e ficar de tarde conversando com sua amiga por celular, e trocar mensagens aleatórias, tudo para esquecer do calor que sentiu no meio de suas pernas quando seu tio passava sua mão, com longos dedos e seus anéis de prata gelados acariciavam discretamente por baixo do pano de mesa a sua coxa.

Não teria como negar, aliais sua mãe a chamou atenção que deveria parar de ficar na cama sem fazer nada e deveria aproveitar, na próxima semana já iria a matricula-la na mesma escola que seu tio termina o ensino médio.

E por mais complicado que seja admitir queria estar próxima de seu tio, mas poderia haver algo que estragaria todo encanto disso.

- Paula vai estar lá? – Se vira de frente para Lucas sentado ainda na cama. – Porque...

- Não, não vai estar lá, e não precisa sentir ciúmes dela, não gosto dela, pode ter certeza isto. – Diz de forma firme, e sério. Querendo acabar de uma vez por toda com esse assunto.

- Mas ela gosta de você. – Afirma a menina de pela clara e olhos encantadores, ela quer arrancar algo da boca de seu tio, e ele ainda não percebeu do que se trata.

- Você é louca, ela sente nada por mim. – Quase cospe essas palavras, é como se de uma hora para outra ele sentisse nojo de saber sobre a Paula. O modo como a sua amiga tratava a sua sobrinha com desprezo o deixou furioso, o modo como ela olhava para a sua pequena fez com que ele arrepende-se de tudo.

- Eu só estou dizendo. – Levanta os ombros como se aquilo fosse somente um aviso, e é só que com uma segunda intenção por trás.

- Eu não me importo. – Lucas se levanta e fica frente a frente com Isabella. – Se você quer saber, não me importo nenhum pouco. – Dá mais um passo diminuindo o espaço entre eles.

- Era isso que eu queria ouvir. – Ela se vira e vai até a porta. – Vou pegar meu biquíni e trocar de roupa. – Manda um beijinho soprado e sai do quarto no maior.

Ele estava lá parado, petrificado, sua imaginação estava a mil tentando imaginar ela de biquíni. Será um rosa, delicado e fofo, um azul claro angelical, um vermelho perigoso ou um preto discreto e sexy?

***

- Vou tirar a minha roupa para entrar na piscina. – Avisa Isabella se distanciando, Lucas arregala os olhos e a chama.

- Onde está indo? – Pergunta de forma grosseira.

- No banheiro? – Responde fazendo cara de deboche para o tio, Matheus que está ao seu lado fica meio assustado, pois Lucas sempre foi dono de um temperamento nervoso e desequilibrado, mau sabe ele que com a sobrinha querida se seu amigo Matheus é feito a paciência que a garota sempre está a cada minuto de sua existência testando.

Se a garota não tomar cuidado, um dia o seu tio poderia explodir e isso não seria nada bom, para nenhum dos dois.

- Ela não vai tirar a roupa aqui, Lucas, com um monte de marmanjo vendo. – Matheus toma iniciativa para que, Lucas não se estresse e acabe magoando a menina.

Lucas olha bem ao seu redor, e observa alguns homens a olhando e mulheres também, uns moleques de 11 anos passam e quebram o pescoço olhando para a bunda da Isa. Lucas atinge seu limite quase inexistente e fala chamando atenção dos dois moleques.

- Espera nascer pelo no saco, antes de olhar a bunda de alguma garota, imbecis! – Os meninos correm de medo, fazendo com que Lucas sorria maleficamente. – Vá logo, estou de olho. – Com uma voz totalmente diferente e mais gentil fala com ela, Matheus arregala os olhos, esperava que ele agisse mais grosseiramente.

- Lucas, cadê o verdadeiro Lucas? – Pergunta seu amigo ainda espantado com o ocorrido.

- Para, eu sempre fui calmo. – Volta a colocar o óculos e encarra serrando os olhos para a entrada do banheiro feminino.

- Sim, mas quando está de mau humor, demora um século para se recompor, cara essa sua sobrinha faz um bem danado. – Com certeza seu amigo estava enganado, um "bem danado"? Obvio que não, ela o deixava louco a beira da insanidade. – Ela é como um remédio para você, ainda bem que ela vai voltar a morar aqui, se não teria que continuar aquentando você enfurecido.

Remédio... Uma porcaria, ela é a maconha que um dia usou e viciou no mesmo instante, ela é melhor que qualquer droga, isso poderia ter certeza, mas também seria certo ela curava ele da solidão e o seu cheiro tomava conta do seu mundo fedido e sem fragrância, de um certo modo ela a curava e também o fazia dependente, sem ao menos perceber.

Mal sabe ele que ele tem o mesmo efeito, nela.

São somente zumbis um longe do outro, perto são vivos a flor da pele.

Se gostarem, comentem e cliquem na estrelinha, se tiverem coragem akakakakka, até sábado que vem, o próximo promete!!!

Ninguém vê (INCESTO) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora