Porta aberta

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[youtube]http://https://www.youtube.com/watch?v=gAftMTbgmDw[/youtube] <<<< Trailer, ( pq n pode nas notas inicias)

Lucas>

Faz uns minutos que o filme acabou e ainda estão todos olhando para a TV, que está conectada com um fio que liga até ao computador, melhor pagar nada e ver pela internet né meu? Muito melhor.

Mas então... Que porra de filme é esse? Cara não, não pode, deveria ter um fim que faça você se sentir melhor, para cima, não depressivo ao ponto de querer pegar uma faca e se cortar.

- Vamos dormir? – Meu pai é o primeiro a falar, o que tem coragem, parece que estamos em um cemitério.

- Vamos, vamos. – Minha mãe responde levantando.

- Boa noite gente, vou levar a Maria para dormir, vem carinho. – Diz Vinício ajudando a Maria a se levantar.

- Quer um lenço mana? – Pergunto rindo, tirando uma com a cara dela.

- Para idiota! – Passa as mãos pelo rosto com lágrimas secas.

- Ou, Isabella, vai dormir no meu quarto? – Pergunto tentando disfarçar o meu entusiasmo.

- Não precisa filho, ela vai ficar no quarto da frente, deu tempo de arrumar, é melhor que cada um tem seus espaços, não demorem em irem dormir, ok? – Fala minha mãe, como se ela estivesse preocupada se eu teria minha privacidade, como se eu quisesse privacidade, mau sabe ela.

-Ok mãe.

Viro-me para Isabella que ainda está quieta e chorando, meus pais já foram dormir, e minha irmã e Vinício também. Chego mais perto dela, tocando de leve minha coxa com a dela, eu sinto que ela se arrepia, mas temo que se eu fazer qualquer comentário sem graça ela se chateie.

Minha respiração e a dela são as únicas coisas que conseguimos ouvir, é muito complicado para mim, saber que sinto isso. É como se, se, eu fosse mais forte ao seu lado será que é assim tão errado? Ela para mim é muito mais que só ela, minha sobrinha. Mas não posso, não devo é horrível, eu me acho um monstro por imaginá-la mordendo uma maça e achar sensual.

Uma maça porra!

- Ainda está chorando. – Minha voz sai mais rouca que o normal, ela arregala os olhos como se estivesse se assustado.

- Eu sei, é que sempre que vejo esse filme, sempre me iludo achando que um dia o final será diferente. – Desanimada responde, de inicio acho que ela iria ser rude e só falar "eu sei", mas ela consegue, consegue ser mais que isso, não aquelas pessoas que fazem piadas só para diminuir alguém.

É eu também gostaria que o final fosse outro, um bem melhor, mas posso fazer nada, me sinto um inútil gostaria de matar quem escreveu o livro ou o diretor do filme, qualquer coisa. As vezes tenho medo das coisas que poderia fazer por ela.

Não seria só por ela, seria por nos dois, fazendo ela bem, eu me sinto bem.

- Gostaria de falar o mesmo. – Eu penso igual a ela, mas não posso demonstrar que sou um "fracote", sentimental, que segurou o choro, para não chorar no filme. – Mas é a realidade, tem pessoas que vivem na ilusão, mas temos que viver na realidade, que isso possa melhorar, mas como melhorar se fazemos nada? Não podemos ficar parados, e Isabella uma coisa que aprendi nesses poucos anos de vida é que, você tem que aprender a aceitar o problema, para tentar resolve-lo, ou quando pode fazer nada, só aceitar, sabe? Para não... para não.

- Doer mais. – Isabella completa, minha frase. – Em que parte você aprendeu isso na sua vida? Se não quiser falar, tudo bem, não quero me intrometer.

Ninguém vê (INCESTO) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora