Queridinho da mamãe.

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Pedir ajuda naquele momento não sei se seria a melhor idéia, mas resolvi arriscar.
Passei a noite em claro, não entrava na minha cabeça a idéia de perder a minha mãe, seria como o fim do mundo. Virei para o outro lado da cama na expectativa de conseguir dormir, logo uma recordação veio a minha mente, era eu e a Vanessa, rindo sobre bobagens que eu dizia a ela, virei para o outro lado e nada de mim dormir, peguei o meu celular eram 3h 40min.
Na manhã seguinte, levantei, tomei café da manhã e fui para o colégio.

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Meu filho? como? Não entrava na minha cabeça a razão de meu filho se encontra com o mistério, sinto que o mistério está planejando algo, mesmo depois do que aconteceu... o nosso problema já estava resolvido, mas porque o meu filho, tanto cara nesse mundo e ele foi logo escolher um dos Mistério.
Quando chego em casa, já cansado e com a mente cheia pelo que aconteceu mais cedo. Olho pela sala e não vejo ninguém, a sala estava a meia luz só com o abajur ligado. Cerro os olhos e vejo Pedro no sofá. Finjo que não o vi pois estava numa parte escura da sala.

Pedro:sei que me viu hoje...

Lukas:como? Não entendi?

Pedro:com um cara, eu vi você.

Lukas:quem era?-digo num tom calmo.

Pedro: então era você!-sinto um tom de preocupação na voz dele.

Lukas:quem era?

Pedro:o que você estava fazendo por lá pai!- sua voz se altera, parecia que ia chorar.

Lukas: não muda de assunto, e eu tenho uma obra num quarteirão a frente daquele beco, agora responda, como ele chama?

Tinha medo de ouvir a resposta, medo de ouvir o nome que me assombrava, mas ao mesmo tempo me alcamava, que me protegia, que queria minha morte, que queria...me amar.

Pedro: estou conhecendo ele... e ele está aqui.

Pedro acende a luz, um claridade invade meus olhos, queimando-os de maneira suave. Quando consigo finalmente ver a face do individuo, um pouco assustado com minha presença, mas eu não o conhecia, ele era alto, cabelos negros como a noite e bem aparados, olhos azuis como o mar, estava com a mesma roupa de mais cedo, o que me fez pensar que eles estavam ali a um bom tempo, casaco preto, calça jeans lavado com alguns rasgos pelos joelhos da calça. Seus olhos percorriam assustados pelo meu corpo, estava todo social naquela hora.

Pedro: Yuri esse é o meu pai Lukas. Pai esse é o Yuri.

Lukas: prazer.- não me sentia seguro com a presença do rapaz mas peguei em sua mão como uma forma descontraída.

Ele abre um sorriso forçado.
Olho bem para o rosto de Pedro e o chamo de canto para conversarmos.

Lukas: há quanto tempo você conhece esse rapaz?

Pedro:conheci ontem. -ele me olha sem importância.

Lukas:com você traz alguem que mal você conhece para dentro da sua casa?!- exito, e percebo em seus olhos castanhos brilhantes, que, reconhece que está errado. -filho sua mãe sabe que você é gay?

Pedro: eu ainda não contei pra ela...

Lukas: e se ela chegasse e você estivesse com ele? O que você iria fazer?... olha pra mim.-respiro fundo.-eu não acho errado você gostar de outros homens meu filho, porque eu te amo, só que coleque na sua cabeça que você tem que tomar mais cuidado.

Pedro:pai...-diz cabisbaixo, percebo a lágrima escorrer por seu rosto.-me desculpe.
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23h meu coração estava a mil, não conseguia pensar em uma solução melhor, era fato que um possível erro poderia acontecer naquela noite, mas eu sentia que dentro de mim iria dar tudo certo.
Saio de casa rumo a rua onde marcamos, não conhecia muito bem a cidade e então na esquina chamei um taxi que passa por ali.

Lukas:por favor me leve a rua 35, 410.

Ele me olha pelo retrovisor interno.

-tem certeza?-ele levanta a sobrancelha esquerda.

Não respondo ele liga o carro e segue. Chegamos a rua onde fora o combinado, era uma rua deserta e cheia de becos, o táxi para enfrente a um prédio antigo, não conhecia aquele local, nunca havia estado ali naquela rua com tão pouca iluminação.
Desço, caminho até a escada da sacada, mas escuto um barulho vindo do beco ao lado, sigo descendo a escada e chego ao beco havia pouca luz, mas sentia a presença de alguma coisa que me assustava, logo um ser surge das sombras, que usava um casaco preto e uma máscara.
Só faltava um minuto, pelos meus calculos, para o plano acontecer.

Lukas: quem é você? -sentia um pouco de medo por aquela presença, mas ao mesmo tempo um tipo de confiança.
-cadê o diario?- disse isso como uma ordem.
Automaticamente retirei do bolso da jaqueta o pequeno caderno.
-muito bem, você é um garoto muito esperto.-soltou uma gargalhada assim que acabou de dizer.
Derrepende Caleb surge do outro lado da rua pra seguir com o plano.
-quem é ele? eu pedi pra você vir sozinho.
Eu queria rir por ter conseguido dominar a situação. Caleb começou a correr em direção ao beco, mas o mistério saio correndo pela rua e Caleb foi atrás e os segui, o mistério entrou num beco e eu entrei junto.

-mais um passo e ela morre!- disse ele gritando, e acionando o gatilho.
Demorei pra perceber quem era mais quando percebi, era minha mãe, que chorava com a boca tapada.

Lukas: você não é louco.

-você não me conhece...- dizia.

Nem pensei me joguei pra cima dele e ouvi apenas o barulho, a arma havia sido disparada.
Eu estava no chão e vi o mistério sumir no beco, minha mão estava cheia de sangue, mas quando vi minha mãe estava jogada no chão. Pensei em correr atrás do mistério, mas não valeria a pena.

Lukas:mãe!- eu estava em prantos. Olhei pra Caleb e ele estava com o celular na mão pedindo socorro.- Mãe! Fala comigo. - eu dava tapas leves no rosto dela, mas ela não reagia.
O mundo passou pela minha cabeça. Só estava eu e Caleb ali, ele não tinha vindo de carro então a gente precisava esperar a socorro.
Meia hora depois o socorro chegou, mas já era tarde, minha mãe tinha falescido.

★★★★★★★★★★★★★
Oi gente! Tudo bem?
Obrigado por ter voltado pra conferir mais um capítulo.
Deixa ai um gostei☆ que me ajuda bastante.
Bjs amo vcs!

A Procura De Um SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora