Capítulo 1 - Sophie

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- Você demorou.

- Desculpe. Eu tinha que ajudar os garotos a desmontar e guardar nossos equipamentos.

- Tudo bem então.

- Por favor Sophie, não faça essa cara. Eu te conheço, é o seu pai não é?

- Um pouco é isso. Mas não é só ele que me incomoda.

- Se você esta chateada porque ele se esqueceu de você, não fique, pois eu me lembrei.

É claro que lembraria.

- Dessa vez são rosas vermelhas. – ele disse já estendendo o buquê para mim.

- Ownt, são lindas Andy. Não precisava ser um buquê tão grande, uma única rosa branca já me conquistaria. – vi uma sombra de duvida passar pelo olhar dele – você se lembra, não lembra?

- Como eu ia esquecer aquela flor que me custou o meu All Star predileto? – vendo minha cara de "não sei do que você esta falando", ele continuou – Eu meio que invadi um jardim, só pra pegar aquela rosa. Naquele dia descobri que a tua vizinha cria um exercito de cães ferozes em casa.

- Desculpa, estou tentando segurar a risada. – Logico que não consegui.

- Se eu soubesse que você teria essa reação, eu teria te contado antes. Hunf!

- Não faça bico Andryl Evans! – tentei soar séria, mas tudo que consegui foi rir mais.

- Pelo menos eu tirei aquela cara de velório do teu rosto. – ele disse com aquele sorrisinho torto e olhar penetrante – porque está tão longe de mim? Chega mais perto. Ou está com medo?

- Inquisitivo você, mas saiba que eu não tenho medo, eu só tenho meus motivos. – quando fica bravo é extremamente violento, sanguinário, agressivo, mas eu não sou burra de dizer que tinha medo de algo que eu não deveria nem saber.

- Ah é? E quais são esses motivos? Conheceu alguém melhor?

Droga começou a agir igual um babaca, dramático e obsessivo.

- Deixa desse seu ciúme idiota. Eu amo você.

- Você acha que eu não vi que você saiu de casa cedinho, sem dizer pra ninguém aonde ia?

- Eu fui ao médico.

- E não deu tempo de voltar antes do show começar?

- Eu não posso mais entrar nesses lugares, não é apropriado. Espero que você possa entender...

- Que eu possa entender o que Sophie? Olha para as minhas roupas, - ele estava todo de social – esse não era um show qualquer. Foi tudo preparado especialmente para você, porém a estrela principal não compareceu.

Comecei a me sentir culpada. Eu precisava falar a verdade pra ele logo, mas tenho certo receio de qual vai ser a reação dele.

- Parece que você fugiu de mim o dia inteiro.

- Isso não é verdade! – na verdade era sim.

- Posso passar o resto do seu aniversario com você?

- Estou aqui pra isso.

- Você fica bem mais bonita sorrindo.

- E você quando não briga comigo.

- Vem cá e me dá um abraço e resolvemos isso. – Nem me espera andar e já me puxa, eu começo a rir – Porque está rindo?

- Eu não faço ideia de quando é seu aniversario, e já nos conhecemos há um ano. Que dia foi?

Agora quem ri é ele.

- Foi dia vinte e três de setembro.

- Na festa de primavera? – minha voz acaba saindo mais aguda do que o normal.

- Exatamente. Foi uma noite incrível, não foi?

- Foi.

Eu não posso mais enrolar, eu tenho que contar logo.

- Tenho uma surpresa pra você. – mais especificamente o resultado do mês de primavera – Quer saber por que não pude entrar no show?

Ele me solta, segura meus ombros e fica me encarando.

- Aonde você quer chegar?

- Bom, na parte onde lhe digo que a partir de agora temos mais coisas em comum do que imagina.

- Sophie, você está me assustando. O que você quer dizer com isso tudo?

O Piano BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora