Sinceramente eu não entendo o porquê das pessoas jogarem uma bomba em você e depois saírem correndo. Okay, a resposta é óbvia, mas não muda o fato desse ato ser totalmente errado.
Ninguém joga a bomba e fica para ver os estragos, até por que ela pode acabar sendo dilacerada também.
Quando você acha que as coisas estão começando a fazer sentido, tudo desmorona na tua frente, só para você ter certeza que em vez de tudo se ajeitar, tudo está ruindo, e você não pode fazer nada para mudar isso.
- Estou tão cansada de tudo.
- O que quer dizer?
Aparecendo do nada, o Arthur me assusta, descendo das escadarias.
- Você não devia fazer esse tipo de coisa. – o repreendo, ignorando totalmente a pergunta dele.
- Você também não devia dormir aqui embaixo, na sala. Chega a ser um insulto ao tanto de quartos que tenho aqui.
- Ah, foi mal. Acabei caindo no sono aqui mesmo. E quando acordei pela manhã, percebi que minha cadeira está do outro lado da sala. Não tive como voltar para o quarto e fingir que nada aconteceu. – faço minha melhor cara de "me perdoa, por favor!".
- Pode parar com isso. Tudo bem. Só me diga como foi parar ai, se a sua cadeira está lá. – ele aponta para a cadeira, que estava na porta da cozinha. – Você a deixou lá e saiu voando até o sofá?
- Não seja ridículo Arthur! – ele acaba rindo da própria piada, e eu o acompanho. – Passei a noite conversando com seu irmão...
- Richard?
- Você tem outro?
- Não.
- Então!
- Então o quê?
- Ah, eu não sei...
- Fala Sophie.
- Ele me contou umas histórias...
- Historinhas antes de dormir? Isso está ficando estranho...
- Arthur! – eu deixo a graça passar e retorno com um tom mais sério. – Ficamos conversando sobre as coisas que aconteceram na nossa vida. Ele me ajudou a ficar aqui no sofá e deixou a cadeira lá no canto.
- Entendo. Mas porque esta com essa cara?
- Carol Morais?
- O que tem ela? Você a conhece?
- Conheço. Não. Não a conheço. Quero saber se você a conhece.
- Não. Nunca ouvi falar de nenhuma Carol. Por que quer saber se eu a conheço se nem você a conhece?
- Por que ela foi o assunto da noite.
- Como, se você nem a conhece?
- Exatamente. Eu não conheço, mas o seu irmão conhece. Eu insisti bastante, até ele abrir o jogo. Mas eu não insisti tanto assim, ou seja, ele estava querendo falar dela pra alguém. Acabou que eu fui à escolhida.
- Estranho. Eu conheço todos os amigos dele, e nunca ouvi falar sobre essa garota ai. É alguma amiga do colégio?
- Digamos que é mais complicado do que isso.
- Não diga que ele está namorando?
- Muito mais complexo do que isso.
- Eu tenho outra irmã e não sei?
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O Piano Branco
RomanceA Sophie não é muito feliz, mesmo tendo "tudo" a sua disposição. Ela enfrenta desafios e passa por processos onde precisa fazer escolhas. Segundo um ditado popular "Você não faz as escolhas, mas as escolhas fazem você". Será que Sophie conseguirá e...