Capítulo 11 - Sophie

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Sinceramente eu não entendo o porquê das pessoas jogarem uma bomba em você e depois saírem correndo. Okay, a resposta é óbvia, mas não muda o fato desse ato ser totalmente errado.

Ninguém joga a bomba e fica para ver os estragos, até por que ela pode acabar sendo dilacerada também.

Quando você acha que as coisas estão começando a fazer sentido, tudo desmorona na tua frente, só para você ter certeza que em vez de tudo se ajeitar, tudo está ruindo, e você não pode fazer nada para mudar isso.

- Estou tão cansada de tudo.

- O que quer dizer?

Aparecendo do nada, o Arthur me assusta, descendo das escadarias.

- Você não devia fazer esse tipo de coisa. – o repreendo, ignorando totalmente a pergunta dele.

- Você também não devia dormir aqui embaixo, na sala. Chega a ser um insulto ao tanto de quartos que tenho aqui.

- Ah, foi mal. Acabei caindo no sono aqui mesmo. E quando acordei pela manhã, percebi que minha cadeira está do outro lado da sala. Não tive como voltar para o quarto e fingir que nada aconteceu. – faço minha melhor cara de "me perdoa, por favor!".

- Pode parar com isso. Tudo bem. Só me diga como foi parar ai, se a sua cadeira está lá. – ele aponta para a cadeira, que estava na porta da cozinha. – Você a deixou lá e saiu voando até o sofá?

- Não seja ridículo Arthur! – ele acaba rindo da própria piada, e eu o acompanho. – Passei a noite conversando com seu irmão...

- Richard?

- Você tem outro?

- Não.

- Então!

- Então o quê?

- Ah, eu não sei...

- Fala Sophie.

- Ele me contou umas histórias...

- Historinhas antes de dormir? Isso está ficando estranho...

- Arthur! – eu deixo a graça passar e retorno com um tom mais sério. – Ficamos conversando sobre as coisas que aconteceram na nossa vida. Ele me ajudou a ficar aqui no sofá e deixou a cadeira lá no canto.

- Entendo. Mas porque esta com essa cara?

- Carol Morais?

- O que tem ela? Você a conhece?

- Conheço. Não. Não a conheço. Quero saber se você a conhece.

- Não. Nunca ouvi falar de nenhuma Carol. Por que quer saber se eu a conheço se nem você a conhece?

- Por que ela foi o assunto da noite.

- Como, se você nem a conhece?

- Exatamente. Eu não conheço, mas o seu irmão conhece. Eu insisti bastante, até ele abrir o jogo. Mas eu não insisti tanto assim, ou seja, ele estava querendo falar dela pra alguém. Acabou que eu fui à escolhida.

- Estranho. Eu conheço todos os amigos dele, e nunca ouvi falar sobre essa garota ai. É alguma amiga do colégio?

- Digamos que é mais complicado do que isso.

- Não diga que ele está namorando?

- Muito mais complexo do que isso.

- Eu tenho outra irmã e não sei?

O Piano BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora