"Promessa é divida"

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O dia está tão lindo em Lisboa, pessoas trabalhando, crianças brincando, pessoas namorando, Alex está o tempo todo do meu lado e eu só sei sorrir, visitamos muitos lugares de Lisboa, fomos em vários restaurantes, até porque Alex come demais. Mas, Alex estava muito calada, e comecei a achar estranho para uma pessoa tão tagarela quanto eu.

Era exatamente 18:00 horas e então decidimos voltar para o hotel, pois, Alex me disse que queria descansar por não estar se sentindo muito bem, perguntei a ela o que ela tinha, mas ela apenas me disse que estava com dor de cabeça.

Quando chegamos finalmente ao quarto de Alex, a abraço apertando sua cintura e posso ver os pelos do seu braços se arrepiarem.

- Está cansada? - pergunto.

- Não muito, gostou do passeio?

- Adorei! Só achei um pouco estranho por você ter ficado calada quase o passeio todo.

- Não é nada, amor, apenas cansaço mesmo...

- O que você disse?

- Quando?

- Agora, a uns 8 segundos.

- Que estava cansada?

- Não, antes do "apenas"

- Amor?

- Sim!

- O que que tem?

- Fala de novo!

Então, Alex me vira ficando atrás de mim, me abraçando quando aproxima os lábios, perto de meu ouvido.

- Assim tá bom, amor?

- uhum...

É a única coisa que consigo dizer, pois estou nas nuvens mais reconfortantes que são os braços de Alex.

Estou perdidamente entregue aos braços de Alex, ainda em arrepios, quando sinto Alex soltar a minha cintura e tirar seu queixo de meu ombro, me viro encarando-a e vejo que Alex está com a mão sobre a testa perdendo o equilíbrio, Alex fica cambaleando de um lado para o outro, tento segura-la mas ela não deixa que eu a toque, até que Alex perde a consciência e desmaia, a seguro a tempo antes que ela caia sobre o chão.

- Alex, fala comigo! Pelo amor de Deus!!

Alex nada responde, bato de leve em seu rosto, e coloco a mão sobre seu nariz. Não sinto sua respiração e começo a entrar em pânico.

Pego o telefone do hotel e peço por socorro, médicos entram no quarto e levam Alex para o hospital. Quando chego, peço ao médico para ficar com ela, mas o médico me impede e pede para que eu me acalme ficando do lado de fora. Começo a andar de um lado para o outro, muitas pessoas passam, umas machucadas, outras passando mal, e nenhum sinal do médico de Alex, meia hora se passa até que um outro médico aparece.

- Quem aqui se chama, Adele?

- Sou eu!! - Respondo me levantando.

- A paciente pediu para te chamar. Mas antes devo lhe informar, que Alex estava com uma substância tóxica no sangue.

- Como assim?

- Alex, parece ter tomado uma substância chamada, mênfato oxdotocídona, achamos a substância no sangue dela. É um tipo de droga que deixa a pessoa anêmica, aos poucos, mas tem um tempo exato para fazer efeito.

- Meu Deus! Mas porque será que ela fez isso?

- Bom, eu não sei, mas conseguimos fazer com que o efeito da substância fosse anulado antes de concluir o tempo que ele precisa para se espalhar pelo sangue.

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