Capítulo 4

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Aquela sala era fria e o cheiro de coisa velha era intenso, sua mesa estava repleta de papeis e pastas de cor parda que formavam um pequeno morro de documentos na qual impedia a visualização de seu abajur que fracamente iluminava a mesa

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Aquela sala era fria e o cheiro de coisa velha era intenso, sua mesa estava repleta de papeis e pastas de cor parda que formavam um pequeno morro de documentos na qual impedia a visualização de seu abajur que fracamente iluminava a mesa. Uma caneca preta com café da noite anterior calçava alguns papeis o computador branco, ainda dos antigos, mostrava na tela a opção de pesquisas de foragidos. Sentado diante desse bagunçada mesa, o Detetive Frank Smith lia minuciosamente o laudo de necropsia do executivo Robert Phillips Henry.

– Lesões em membros inferiores, ausência de unhas em superfície dorsal das falanges distais esquerdas, lesão em tendões do flexor superficial dos dedos... – Lia baixo ao mesmo tempo em que escrevia em seu pequeno caderno preto de anotações. -... Fratura em osso zigomático, vômer, maxilar e mandíbula.

Encostando-se na cadeira de forma mais descontraída o detetive lançou um sorriso sarcástico dado as informações que lia e escrevia.

– Bom dia Frank. – Disse um jovem ruivo vestindo uma camisa xadrez e um paletó.

– Bom dia. – Disse seco

O jovem rapaz tirou o casaco e o colocou pendurado na cadeira e sentou diante de sua mesa que ficava de frente com a de Frank.

– Como vai o seu caso? – Perguntou ligando o computador.

Frank não era muito social, mesmo tendo ao seu redor, vários policiais e detetives sentados em suas respectivas mesas próximos a ele, nunca fez questão de compartilhar informações de seus casos se não fosse necessário, tanto é que trabalhava sozinho sem a presença de um parceiro.

– Se desenvolvendo. – Disse ríspido olhando novamente ao laudo da necropsia.

– Se precisar de ajuda eu...

– Não preciso de ajuda. – O cortou enquanto pegava o telefone de sua mesa.

– Passe-me para pericia. – Disse – Aqui é o Detetive Frank da Homicídios, preciso do relatório das evidencias do caso Robert Phillips Henry, registro n°. 457-8. – Exigiu.

Discretamente o jovem ruivo observava o detetive mais velho em um comportamento estressante e irritado naquela manha. Todos sabiam o quanto Frank era mal humorado, antipático e irritante, mas poucos presenciavam esse tipo de comportamento já aquele jovem testemunhava todos os dias.

– Eu não tenho tempo pra ficar esperando a boa vontade de vocês, preciso das evidencias então levantem a bunda das cadeiras e vão mexer nos seus computadores pra que eu possa fazer o meu trabalho. – Disse batendo o telefone. Os olhos do jovem ruivo arregalaram-se pelo ato violento do detetive. – Algum problema?

– Ãh... Não... Sem problema nenhum. – Gaguejou o jovem

Batendo os dedos sobre a mesa, Frank observava o seu caderno aberto em cima da mesa na qual descrevia de forma sucinta o laudo técnico da necropsia, em seguida direcionou seus olhos ao ruivo que de cabeça baixa escrevia alguma coisa.

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