Capítulo 40

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A profunda penumbra da noite e o frio cortante deixavam a situação ainda mais aterrorizante e torturante. Dentro do carro Hisashi conferia as condições de sua arma, assim como mantinha sua voz raivosa ao dar as ordens para que Tadashi chamasse reforços caso algo desse errado, em seus olhos havia uma fúria opaca que transmitia pânico para quem o encara-se, as veias de suas mãos estavam dilatadas e mesmo com o frio havia gotas de suor em sua testa, não era nervosismo ou medo em usar uma arma e sim um corpo manifestando reações diante das informações de desejo de vingança e morte que o cérebro recebia.

– Acabou. – Disse em uma voz baixa, mas firme. – Depois dessa noite, haverá um Huang a menos nesse mundo.

Hisashi abriu a porta e pôde sentir a navalha do vento percorrendo em seu resto enquanto balançava impetuosamente seu paletó. A arma estava em sua mão e seus olhos percorriam o prédio abandonado em uma área apenas habitável por outros prédios velhos e deteriorados.

– Eu vou sozinho. – Afirmou guardando a arma nas costas.

– Não. – Disse Tadashi.

– Eu vou sozinho – Disse pausadamente. – Ele só quer a mim. Siga as suas ordens Tadashi e não ouse em intervir. – Havia raiva em seus olhos.

O velho chinês fez um leve reverência ao jovem que caminhou até a porta daquele prédio em ruína. Estava escuro, porém as luzes que vinham da rua lhe davam o suficiente para caminhar pelos corredores. O único som que ouvia era de seus próprios passos e das gotas de água que batiam nas poças que havia se formado no chão. Na mensagem que havia recebido na casa de Olivia, dizia que deveria subir até o 2º andar onde encontraria uma surpresa, Hisashi pensava no pior em relação a essa surpresa. Caminhou cuidadosamente até avistar as escadas, olhou para os lados em busca de ameaças, porém não havia nada, então subiu ouvindo os ranger dos degraus. Chegando se deparou a mais um corredor vazio e silencioso que deveria percorrer e aquilo o estava deixando sem paciência. Ele andou e um leve barulho ecoou cortando o silencio mórbido. Hisashi sacou a arma e firmou os seus olhos em atenção, foi quando sentiu que algo pressionou a sua nuca, virando vagarosamente se deparou com o cano de uma arma na altura de sua testa.

– Deixe-me adivinhar. "Surpresa"? – Ironizou

– Você não tem ideia do quanto eu quero apertar esse gatinho. – Disse enquanto pegava a arma de Hisashi.

– E por que não o faz? – Provocou

– Porque colocaria todo o meu plano no lixo.

– Oh, você tem um plano. Agora eu tenho mais motivos para temê-lo, Frank. – A expressão fria de Hisashi o irritava.

– Cale a boca e ande.

Frank conduziu Hisashi até uma sala onde havia uma pequena mesa, uma cadeira de ferro e uma lâmpada pendurada que ringia ao balançar.

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