Capítulo 11

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Chegamos a Mentor sem mais interrupções.

— Como vamos contatá-los? — pergunto.

Pegamos uma rua sem muito movimento.

— Vamos tentar detectá-los. Eles podem estar usando a mesma tática que nós. Podem estar imperceptíveis.

— E caso estejam, como faremos?

— Faremos a moda antiga. Perguntaremos a cada um que passar.

Will estaciona o carro e nós descemos.

Ele olha para os lados e parece se concentrar.

Ele começa a andar em direção a beco.

— Will.

Ele segue por entre as enormes lixeiras olhando tudo ao seu redor.

Will foi até o fim do beco — que parecia ser sem saída — verificando cada canto.

— Vá por ali — indica uma parte mais estreita do beco.

Aproximo-me calmamente e vejo que caibo ali.

Espremo-me entre as duas paredes.

Olho por entre o beco estreito, mas não vejo nada. Caminho mais um pouco e deparo-me com uma porta de ferro aberta.

Olho para a pequena brecha por onde passei e mesmo temerosa, decido entrar.

O lugar era úmido e cheirava a coisa velha. O local parecia ser os fundos de um prédio velho.

Havia uma escada logo a minha frente. Subi silenciosamente, uma vez que não fazia ideia do que poderia encontrar.

Subi e deparei-me com portas e números nelas.

Passei por algumas portas até ouvir uma batida.

Fico atenta.

Dou mais alguns passos e o barulho tornou a me assustar.

Sentia meu coração acelerar a cada passo que dava.

Cheguei ao fim do corredor onde ele se estendia para os dois lados.

Ao olhar para o lado esquerdo, deparo-me com um vulto. Escondo-me contra a parede rapidamente.

Quando torno a olhar, vejo apenas sua sombra se distanciando. Aproximo-me calmamente, mas quando viro a esquina, sinto uma mão pesada em meu pescoço.

Seus olhos negros deixaram-me estática. Segurei seu pulso tentando soltar sua mão, mas ele apertava ainda mais.

— O que faz aqui? — indaga com sua voz grave.

— Me solte!

Ele analisava-me atentamente.

— O que faz aqui?!

Começo a sentir o ar se esvair.

— Estou procurando uns amigos...

— Que tipos de amigos se procuram num lugar desses?

— Por favor, me solte...

O homem de cabelos claros, como se tivesse dado luzes, analisava-me firmemente. Seus olhos procuravam nos meus indícios de mentira.

A Batalha CelestialOnde histórias criam vida. Descubra agora