Capítulo 30

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Sinto areia em meu rosto e minha pele está aquecida.

Abro os olhos com dificuldade e observo o ambiente.

Apoio-me nos cotovelos e dou de cara com o imenso mar á minha frente.

Sento e limpo meus olhos.

Olho ao redor e vejo apenas coqueiros.

Levanto e sigo alguns passos.

— Iran? Will? — a única resposta que tenho é do mar.

O medo começa a me acometer.

Corro na direção que convém.

Não encontro nada além de areia e muitos coqueiros.

Cansada de tanto correr, e com sede, caio de costas na areia e olho para o céu.

Fecho os olhos, e por um breve momento tenho a impressão de ouvir uma voz.

Onde você está?!

— Will? Estou aqui!

Levanto e começo a acenar para o nada.

Tento ouvir sua voz novamente, mas nada acontece.

Observo o lugar mais atentamente e percebo pegadas na areia.

Sigo alguns metros e vejo uma pequena trilha.

Depois de alguns minutos de caminhada, avisto uma barraca.

Sorrio aliviada e me aproximo.

Ao longe avisto um homem sentado á beira da água.

— Oi! — grito.

O homem se levanta e se vira para mim.

— Por favor, preciso de ajuda...

O homem põe a mão sobre os olhos para tentar me ver melhor.

Faço o mesmo e paro no mesmo instante.

O jovem rapaz estava nu da cintura pra cima. Tinha o físico escultural e definido. Sua pele brilhava feito bronze.

Meu coração acelerou de uma forma inconfundível.

— Will? — sussurro.

Estávamos a poucos metros um do outro.

— Posso ajudar? — sua voz soava grave.

Permaneço parada enquanto vejo aquele "estranho" se aproximar.

— Posso ajudar moça? — Will pergunta como se não me conhecesse.

Fico parada esperando que ele me reconheça, mas isso não acontece.

— Eu... — tento falar, mas nada sai.

— Você tá bem?

— Não... — sentia-me enjoada e tonta.

Antes que pudesse sair correndo, minhas pernas falharam. Senti minhas forças se esvaírem. Sinto meu corpo sendo movido involuntariamente para frente. Acabo caindo de cara na areia.

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Minha cabeça doía, parecia que tinha levado uma pancada muito forte.

Olho para o teto e vejo palhas de coqueiro.

— Will... — tento chamar alto, mas sai mais como um sussurro.

Tento olhar para o lado, mas a dor de cabeça não deixa. Estava tonta.

Levanto calmamente e me sento no que parecia ser uma cama de palha.

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