Passara quase três horas desde que saímos de Mônaco.
— Está com fome? — Iran oferece um pacote de salgadinhos. Recuso.
Olho para o celular — 19hr48min.
Sentia meu coração apertado. Sentia saudades de Jackie. Queria saber se ele estava bem.
Sentia raiva de Will. Sentia remorso de ter aberto a porta para ele e ter deixado que ele invadisse novamente minha vida.
— Em que está pensando? — Iran interrompe meus pensamentos.
— Em Jackie.
Passam-se alguns segundos até ele continuar.
— Gosta muito dele?
— Muito. Ele é extremamente importante para mim. Depois da morte de meus pais e de minha avó, só me restou ele e Hank. Antes mesmo de tudo acontecer, ele sempre esteve ao meu lado. Sempre me apoiou me ajudou me amou... — nesse momento percebo o quanto Jackie sempre esteve presente, até mesmo quando dei um fora nele por conta de Will. Até mesmo quando o deixei chorando enquanto ele dizia me amar; e eu simplesmente batia a porta em sua cara, para correr para os braços de outro homem.
Iran olha-me rapidamente.
— Não sei o que será de mim se algo o acontecer...
— Nada vai acontecer á ele ou a você. Não pense no pior.
— Eu sei, mas o que garante que Ozius não irá machucá-lo ou fazer algo pior? Ele não tem nada a perder. Já eu...
— Benicio e eu faremos o possível e o impossível para salvá-lo. Confie em mim. Dou-lhe a minha palavra.
— Obrigada.
Recosto minha cabeça no banco.
— Depois pego o volante — digo — você precisa descansar.
Iran sorri.
Após algumas placas sinalizando que as estradas estavam em obra, Iran passou para o banco do passageiro e eu assumi o volante.
Segui em velocidade constante.
Não fazia ideia do quão maravilhoso era viajar a noite. Tão calmo e tão belo. A paisagem se torna ainda mais bela.
Aumentei a velocidade para 100 KM/h.
Sorria para a imensa escuridão. Sentia-me livre.
Reduzi quando me deparei com uma curva.
Tornei a aumentar a velocidade logo que retornei a linha reta da estrada.
Olhei para Iran que dormia calmamente.
Olho para a estrada e avisto um algo próximo demais para frear o carro e não atingi-lo.
Giro o volante o mais rápido possível.
O carro capota algumas vezes até parar.
Tusso um pouco e olho para Iran que permanece desacordado.
— Iran — tento soltar seu cinto, mas estando de cabeça para baixo ficava mais difícil.
Tento soltar o meu e consigo.
Arrasto-me para fora do carro e olho em direção ao ponto em que começamos a capotar. Vejo alguém em pé. Parecia olhar diretamente para nós.
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A Batalha Celestial
AdventureÉ verdade que o passado ficou para trás, mas isso não quer dizer que ele não possa voltar á nos atormentar. Susan se ver com sua vida tranquila novamente, mas o que ela nem desconfia; é que enquanto ela vive tranquilamente ao lado de Jackie, seu in...