Capítulo 20

80 13 0
                                    

Chegamos a Mônaco por volta das 15hr30min.

— Está cansada? — pergunta Iran pela terceira vez.

— Um pouco. Estou com sede.

— Vamos parar em algum lugar e comprar água, mas não podemos demorar.

Estacionamos o carro numa rua de pouco movimento. Mal descemos do carro, um homem alto fardado se aproxima de nós e começa a gesticular. Iran parecia entender o que ele dizia.

— O que foi?

— Não podemos estacionar aqui.

Entramos no carro novamente, demos a volta no quarteirão e deixamos o carro num beco.

Fomos até uma cafeteria, que por sinal era extremamente linda e sofisticada.

Descobrimos que na cafeteria vendia apenas e somente café. Não era como as lojas de artigos alimentícios ou até mesmo lanchonetes americanas que vendiam de tudo.

Caminhamos um pouco e entramos numa lojinha. Iran comprou quatro garrafas d'água.

— Caramba, aqui é muito lindo — digo admirando, a bela paisagem de Mônaco.

Mônaco é simplesmente uma das mais belas cidades que já conheci. Nunca viajara muito, mas sabia que cidades como aquela não existiam. Dava para sentir a sofisticação e leveza no ar.

Passeamos numa praça da qual não gravei o nome.

Iran parecia conhecer tudo. Ele contava como Mônaco chegou ao status de ser mundialmente conhecida e de ser um dos grandes pontos turísticos mais procurados.

Dissertava como grandes nomes surgiram no lugar e seus grandes feitos. Como os grandes monumentos que completam o local, faziam uma enorme diferença para a popularidade da cidade.

Caminhando mais um pouco, aproximamo-nos de um homem que fazia pinturas.

Iran trocou algumas palavras com o homem em seu dialeto. Após a conversa, o homem nos indicou que sentássemos junto à fonte que ali tinha.

— Ele irá nos pintar — diz.

Sentamos perto da fonte, um de frente para o outro.

O homem falou algo e Iran, e logo ele se aproximou de mim.

O homem pegou-me pelo pulso e me colocou de pé. De forma um pouco abrupta, ele me empurrou para o colo de Iran e enlaçou meus braços em torno de seu pescoço.

— Ele disse que é assim que um casal faz — diz Iran sorrindo.

Apesar de estar tão próxima dele, não me sentia desconfortável. Não sentia a necessidade de me afastar por estar tão perto.

— Tem razão — concordo.

— Então, já que vamos passar os próximos quarenta minutos sentados aqui, me fala sobre você.

— Bem — começo — descobri recentemente que tenho uma incrível habilidade para desenhos.

— Que tipo de desenhos? — indaga curioso.

— Tudo. Desenho desde flores, a pessoas.

Iran olhava-me atentamente.

— E o que você gosta de fazer? — pergunto.

A Batalha CelestialOnde histórias criam vida. Descubra agora