Capítulo 17

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Passamos por uma cortina, e logo adentramos no que parecia ser um camarim.

Havia velas acesas, um sofá, uma mesa com algumas guloseimas e os objetos que integram uma saleta de camarim.

— Sentem — indica.

David e eu sentamos um do lado do outro.

— Querem água?

— Por favor.

Ele abre um frigobar e pega duas garrafas de água.

Tomo alguns goles.

— De onde vieram?

— Ohio — respondo.

— Tinha razão, mesmo que fosse de avião, demoraria um pouco para chegarem.

David secara sua garrafa. Ofereço a minha e ele aceita.

— Então, você e Benicio moram aqui? — pergunto.

— Atualmente sim, mas já moramos em muitos lugares. Argentina, México, Inglaterra e entre outros. Há quase cinco anos estamos aqui. Benicio adora arte, ele respira arte. Ele é pintor e sempre quis morar aqui, e como o tenho como um pai; acatei seu pedido.

Cada palavra dele parecia mensuravelmente pensada. Ele falava calmamente.

— Me fale mais sobre esse plano de vocês. Vocês tem um plano, não tem?

— Temos — David responde — como lhe dissemos, nossos amigos estão atrás de outros como nós.

— Sei... Então pelo o que entendi vocês querem que nós lutemos ao seu lado? — retruca.

— Isso — rebato.

Ele passa a me olhar.

— Ouvi muitas histórias sobre você. Minha preferida é da festa de casamento.

— Festa de casamento? — fiquei confusa.

— Sim, o casamento de Will com Morgana. Não há uma só estrela que não saiba dessa história.

Fico envergonhada. Era uma parte de minha vida que queria esquecer.

— Tenho que dizer — ele retoma — a história de vocês é uma das mais belas que já vi.

— Era — ele arqueia uma das sobrancelhas — acabou há muito tempo. E também, estou noiva. Um dos motivos que me traz aqui é meu noivo; ele foi levado por Antony.

— Ah... — ele olha para meu dedo com a aliança e depois baixa a vista.

Ele olha-me sem jeito, percebendo que o assunto não me agradara.

Alguns minutos depois, ouço alguém se aproximando.

Um homem alto de cabelos loiros e olhos azuis entra na sala.

Ele parecia ter uns quarenta anos.

— Olá Susan — diz com um sorriso calmo — é um enorme prazer conhecer você.

— Olá.

Benicio me observa atentamente.

— Acho que dispenso apresentações, mas não conheço seu amigo.

— David — ele estende a mão e Benicio o cumprimenta.

Ele se senta a nossa frente e passa a me fitar novamente.

A Batalha CelestialOnde histórias criam vida. Descubra agora