Capítulo 31

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Acordo com um forte raio de sol em meu rosto.

Meus olhos correm para o local onde o rapaz dormia, mas não o vejo.

— Will?!

Levanto e saio da cabana.

Olho para o mar e vejo uma figura sair de dentro dele.

Ele passava a mão pelos cabelos curtos — que visão maravilhosa — penso.

— Dormiu bem? — pergunta ao se aproximar.

— Melhor impossível...

— Essas suas roupas são um pouco estranhas...

Olho para minhas vestes e concordo, mas não estava em meus planos viajar para a Hawaí em plena década de 70.

— Foram férias improvisadas, então não vim prevenida com as roupas certas.

Ele sorri.

— Quer tomar banho?

Arqueio uma das sobrancelhas.

— Banho?

— Sim. Se quiser, pode tirar a roupa...

Sinto meu rosto ruborizar.

— Não se preocupe, não vou olhar... — diz sorrindo.

Sorrio de volta.

Estava mesmo precisando tomar banho.

— Vou aceitar.

— Certo. Enquanto você toma seu banho, irei atrás de algo para comermos.

Ele se afasta e aproveito para tirar minha roupa.

Fico apenas de roupa íntima.

A água estava quente. Lavo meu rosto e meu pescoço. O ferimento parecia estar bem melhor, ainda saíra um pouco de sangue do ferimento, mas nada muito grave.

Olho para a praia e tento me imaginar ali. Era tudo tão perfeito. Sabia que tinha vivido ali, mas não tinha tantas lembranças.

Saio da água e tomo um susto com uma presença atrás de mim.

— Desculpa, pensei que já tivesse terminado... — a versão praiana de Will olhava intensamente para mim.

Visto-me o mais rápido possível, mas como se fosse de propósito, a roupa não ajudava.

Depois de comer um pouco, decidi que era hora de voltar para casa. Precisava arranjar um meio de sair dali.

Aproveitei que o rapaz saíra; para procurar algo que pudesse me ajudar.

Vasculhei suas poucas coisas, mas não achei nada que pudesse me ajudar.

Saio e decido dar uma volta.

O lugar era simplesmente lindo. Poderia facilmente morar ali.

Aproveito o intenso calor, tomar um pouco de sol.

— De onde você é? — olho para meu lado e o vejo deitado.

— Ohio. E você?

— Daqui mesmo.

Ele faz uma breve pausa.

— Qual seu nome?

Sinto minha garganta secar.

— Susan. E o seu?

— William.

— Will... Nome bonito.

A Batalha CelestialOnde histórias criam vida. Descubra agora