Capítulo 13

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Subo para meu quarto depois que Jacob e David saíram.

Queria evitar Will ao máximo, mas já ele parecia gostar de bancar o "pai" pra cima de mim.

— Será que podemos conversar? — pergunta com a porta entreaberta.

— Entra.

Will se acomoda na poltrona perto da janela.

— Esse quarto é bem diferente do que eu costumava frequentar...

— As coisas mudaram muito — retruco.

— Serei direto; se continuar agindo dessa forma ficará impossível de trabalharmos juntos.

— Agindo dessa forma? Que forma?

— Quero deixar claro, que estou aqui para ajudar Blanco e a você, e não para tentar conquistá-la como fiz outras centenas de vezes.

— O que quer dizer com isso? Sei por qual motivo está aqui.

— Pois parece que não sabe. Acha que não percebi seu jeito quando viu Lana? Sei que estava ouvindo minha conversa ao telefone.

— Aonde quer chegar?

— Sei que ainda nutre sentimentos por mim, mas não devia, pois não sinto mais o mesmo.

Uma pontada forte atingiu meu coração.

— Estou com Lana e é com ela que pretendo ficar.

— Ótimo para você, e para o seu governo, não estou apaixonada por você! — levanto da cama, mas sou barrada por ele.

Will agarra-me pelos cotovelos.

— Tem certeza? —sussurra.

Ele joga-me contra a cama e prende-me contra ela.

— Saia de cima de mim.

— Não é isso que você quer? Sei que me ama — ele aproximou seu rosto do meu — sei que não me esqueceu, sei que Jackie não é páreo para mim — seus lábios estavam tão próximos dos meus — diga que me quer.

Will olhava profundamente em meus olhos. Não parecia o Will que conhecia; romântico, calmo e não tão invasor desse jeito. Ele estava selvagem, quente e extremamente sensual.

— Will... — ele aproximou ainda mais de mim.

Fechei meus olhos esperando que ele me beijasse, mas senti apenas uma leve brisa. Abro os olhos e percebo que ele tinha se afastado.

— Como eu disse... — diz com um sorriso malicioso nos lábios.

— O que? Isso que você fez... — sentia meus olhos arderem — como pode?

O Will que eu conhecia, jamais brincaria com meus sentimentos. Quem era aquele bem em minha frente?

— Conseguiu muito mais do queria; descobriu que eu estava apaixonava por você, e de quebra, conseguiu se superar no quesito destruidor de corações. Como pode se aproveitar dos sentimentos de alguém dessa forma? — berro — você é um tremendo idiota nojento.

O sorriso sumira de seus lábios. Sua expressão era de surpresa misturada com decepção contida.

— Ouça — aproximo-me dele — só continuarei nessa missão, por causa daqueles que correm perigo, pois se fosse por você, poderia morrer que não me faria falta. Odeio você William. Odeio de tal forma, que chego a repudiar o fato de um dia ter deixado você chegar tão perto de mim, de ter baixado minhas defesas para você.

A Batalha CelestialOnde histórias criam vida. Descubra agora