Capítulo 18

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Deixamos-a em seu apartamento, pois ela estava sem condições nenhuma de ir sozinha.

Tomei banho junto com Martin. Ele acariciava todo o meu corpo. Suas mãos, quando me tocavam, despertava uma sensação magnífica. Depois lavou meus cabelos e os secou com cuidado.
Vesti a camisola que ele escolhera para mim, mesmo sabendo que arrancaria do meu corpo em poucos minutos.

Seu quarto era aconchegante, lembrava muito o antigo, na casa de sua mãe.
Deitei em seu braço, na cama. Ele segurou minha cintura e me puxou para mais perto. Nossos hálitos se misturaram. Suas mãos agarraram a parte de trás dos meus cabelos loiros.
- Me desculpe por te fazer sofrer.
Encarei seu rosto tenso e o acariciei.
- Vamos deixar essa história pra depois. Agora eu quero sentir você.
Ele sorriu e mordeu os lábios. Me pôs por cima do seu corpo e me beijou lentamente.
Suas mãos passeavam pelas minhas costas, seu toque me fazia arrepiar dos pés a cabeça. Era tão bom tê-lo tão perto de mim, depois de ficarmos separados. Passei um tempo em dúvida se deveria manter nosso relacionamento, mas naquele momento eu pude ter a certeza, não conseguiria ficar mais um dia longe dele. A ligação que tínhamos ultrapassava qualquer barreira. O amor entre nós era nosso ponto de equilíbrio.

Foi uma noite maravilhosa, uma das melhores que passamos. Ele me beijou, me amou e me deu prazer. Depois deitei em seu peito e adormeci.

Acordei com o espaço da cama vazio ao meu lado. Me levantei e fui ao banheiro lavar o rosto.
Cheguei à cozinha e me deparei com uma mesa linda de café. Com geleia de amora, ovos com bacon, suco de pêssego e morangos com chantilly. Ele sabia exatamente do que eu gostava.
Ele não estava, mas deixou um bilhete junto à mesa.
"Meu bem, aproveite o café que preparei. Nossa noite foi maravilhosa, precisamos ter mais momentos assim. Estou na faculdade e volto às 18:30. Quero te encontar aqui quando chegar. Tenha um bom dia. Te amo."

Recebi uma ligação de Petterson, haviam várias não atendidas dele.
- Oi.
- Finalmente. Já estava ficando preocupado.
- Desculpe. Só vi agora.
- Hum. Tudo bem. Me conte, Martin gostou da surpresa?
- Você precisava ver a cara dele quando me viu só de lingerie. - Gargalhei.
- Ai, meu Deus. Ally. - Ele riu. - Aposto que deixou o cara louco.
- É, deixei. Mas tivemos que esperar um pouco pra matar a saudade de verdade. Ele tocou em um bar com a banda, o acompanhei. Só depois tivemos nosso momento tão esperado. - Sorri.
- Mas foi bom?
- Foi maravilhoso.
- Ótimo. Vai ficar por aí mais um tempo?
- É. Vou dar um jeitinho aqui e já estou indo.
- Tudo bem. Vou estar no curso. Ligue para seus pais quando puder. Sua mãe me ligou.

Quando desliguei, percebi que também haviam ligações da minha mãe. Retornaria depois que ajeitasse as coisas na casa de Martin. Só a cozinha e o quarto, pois o resto da casa estava em perfeito estado.

A campainha tocou quando eu lavava a louça. Sequei as mãos e fui atender.
Me deparei com uma mulher alta, magra com peitos enormes de silicone, cabelos pretos e curtos e boca carnuda. Seu rosto com certeza atraía confusão. Vestia mini saia e uma blusa bem decotada e apertada.
- Pois não. - Disse, a encarando.
Fiz cara de poucos amigos e mesmo assim ela insistiu em abrir o maior sorriso. Mas não me pareceu simpática, tinha cara de vadia.
- É aqui que Martin mora?
Pus as mãos na cintura. Tentei disfarçar o incômodo.
- Sim. Em que posso ajudá-la? Ele não está.
- Não, tudo bem. - Ela passou a língua no dente, pra me provocar. - Eu volto quando ele estiver em casa, e de preferência sozinho.
Fiz uma cara nem um pouco amigável. Ela saiu rebolando o traseiro pelo corredor. Continuei na porta a observá-la. Estava quase virando o corredor quando voltou a me olhar.
- Ah, diga a ele que Tiffany o procurou, e que vai voltar.
Ela deu um sorriso demoníaco e desapareceu do corredor.

Que mulherzinha petulante. Quem era ela e por que estava atrás de Martin? Ele estava morando naquele apartamento tinha pouco tempo. Se ela sabia onde ele morava, era porque ele tinha dito à ela. Uma raiva me consumiu, mas consegui me controlar e voltei a lavar a louça. Conversaria com ele depois, com certeza ele me daria uma explicação lógica e convincente. Confiava nele, mesmo depois de tudo.

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